Cavalgada em Machu Picchu sob os olhos de Gloria Schöenburg

Paulo Junqueira convidou Gloria Schöenburg, que já viajou a cavalo com a Cavalgadas Brasil para vários destinos no Brasil e diversos países, a reproduzir uma experiência que teve em Machu Picchu

Nesta semana convidei a Gloria Schöenburg para escrever sobre uma cavalgada que fez para Machu Picchu. Viagem que foi relatada no Projeto de Pesquisa ‘Turismo Equestre’, que ela escreveu para a Escola Suíço-Brasileira de São Paulo, aonde estudava, aos 15 anos na época. Confira!

Paulo Junqueira convidou Gloria Schoenburg, que já cavalgou com a Cavalgadas Brasil, a reproduzir uma experiência que teve em Machu Picchu

Pluralidade Cultural

Viajar para lugares diferentes do que nós estamos acostumados, sempre nos enriquece culturalmente. O que o turismo equestre tem de diferente dos outros tipos de turismo é o jeito de conhecer o local que está sendo visitado. A cavalgada leva o turista a conhecer o lugar de outro ponto de vista, do ponto de vista dos moradores locais. Enquanto um tour nos leva a conhecer o que todos conhecem, a cavalgada nos leva ao interior, aos lugares isolados e tradicionais.

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Turismo Equestre

Turismo Equestre está muito ligado à saúde

O Turismo Equestre está muito ligado à saúde, pois quem o realiza está em constante movimento além de trazer paz e tranquilidade, pois estabelece uma conexão com o animal e com a natureza.

O Turismo Equestre busca locais inóspitos, afastados e bonitos. Isso gera um equilíbrio perfeito e melhora consideravelmente a qualidade de vida de muitas pessoas, ao mesmo tempo que mostra ao mundo locais que antes eram isolados e desconhecidos.

Paulo Junqueira convidou Gloria Schoenburg, que já cavalgou com a Cavalgadas Brasil, a reproduzir uma experiência que teve em Machu Picchu

Machu Picchu

O nosso estudo de caso é sobre Machu Picchu, a cidade sagrada dos Incas no Peru. Lá eu realizei uma cavalgada de uma semana, que percorria a Trilha Inca, estrada que os Incas utilizavam para chegar a Machu Picchu.

Os cavalos eram muito bons e muito resistentes, já que estávamos, em média a 3300m acima do mar. Um enfermeiro nos acompanhou, pois a altitude pode fazer mal. Como a altitude era alta, nós tínhamos que cavalgar lentamente para não fazer mal aos cavalos.

As acomodações eram muito boas, funcionais e aconchegantes, e a comida também era bem feita. Além de cavalgar, nós visitamos, um jardim de orquídeas e no último dia nós caminhamos em vez de cavalgar. Todo dia, ao chegarmos ao lodge, o guia, que se chamava Guido, contava um pouco sobre o Peru, sobre as ruínas que visitamos no dia, e também, sobre os Incas e Machu Picchu.

Paulo Junqueira convidou Gloria Schoenburg, que já cavalgou com a Cavalgadas Brasil, a reproduzir uma experiência que teve em Machu Picchu
Caminhos na montanha

Detalhes da cavalgada

Os caminhos que percorremos, eram rochosos e montanhosos, os cavalos andavam sob esses caminhos e se equilibravam incrivelmente bem e muitas vezes, ao lado dos caminhos havia barrancos um tanto altos.

Para levar a carga, como carros não passavam naquelas trilhas, usavam-se burros de carga, muito fortes e que levavam muita carga para o tamanho deles. Ao longo do caminho, nós encontramos várias tropas desses burrinhos de outras pessoas que também estavam levando alguma carga a algum lugar.

Paulo Junqueira convidou Gloria Schoenburg, que já cavalgou com a Cavalgadas Brasil, a reproduzir uma experiência que teve em Machu Picchu
Burros com a carga

Nós visitamos uma fazenda de café que, para o vento não derrubar os pés, bananeiras eram plantadas entre eles. Visitamos também a casa de uma moradora local, que tinha em sua cozinha, a qual o chão era de terra, uma criação de porquinhos-da-índia. Lá é normal as pessoas terem esses animais em sua cozinha, pois eles fazem parte de sua alimentação, são como as galinhas para nós.

Percebemos que as pessoas que trabalhavam na cavalgada eram conhecidas e quase sempre muito benquistas pela população dos poucos vilarejos nos quais passamos. Elas conheciam todos e eram sempre muito gentis e bem-educadas.

A grande maioria das pessoas que estavam trabalhando lá morava naquela região isolada só por causa do turismo e quando estavam de folga iam visitar a família ou para Cusco, a cidade mais próxima.

Porquinhos da índia na cozinha da casa

Entrevistas

Quando fiz a cavalgada, entrevistei Minty Clinch, uma jornalista independente inglesa. Ela já tinha realizado várias cavalgadas, pois escreve sobre viagens e muitas vezes suas viagens são as próprias cavalgadas.

Também entrevistei o guia, que se chamava Guido Huaman. Desde os tempos de escola, ele pensava em trabalhar com turismo e logo que se formou ele começou a, realmente, por seu pensamento em prática, apesar de não ter trabalhado sempre no Turismo Equestre. De acordo com Guido, o contato com o animal e com a natureza é o que chama a sua atenção.

Logo depois, eu entrevistei Paulo Junqueira, dono da empresa de Turismo Equestre Cavalgadas Brasil. É interessante que, na entrevista um ponto importante foram os lugares onde as cavalgadas ocorrem.

O último entrevistado foi um jornalista da Rede Globo, Dirceu Martins. Ele já realizou algumas cavalgadas das quais, uma delas foi ao deserto do Atacama, onde eu o conheci. Ele diz em sua entrevista que o Turismo Equestre gera muitos empregos, pois é um fator econômico importante.

Colaboração:  Paulo Junqueira Arantes
Cavaleiro profissional e Diretor da agência Cavalgadas Brasil
www.cavalgadasbrasil.com.br

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