Existem dois grandes grupos de indivíduos que se distinguem na indústria do cavalo: profissionais e amadores
Os profissionais, domadores, treinadores, tratadores e instrutores, são os prestadores de serviço, responsáveis pelo cuidado e manutenção do animal e também pela condução do seu treinamento e condicionamento físico. Eles cuidam diariamente do bem-estar do cavalo, e supervisionam qualquer outra atividade à qual ele seja submetido.
Cabe aos profissionais, ainda, orientar os seus amadores sobre todas as regras, regulamentos, direitos, deveres, prazos e providências necessárias para que o amador e seu cavalo possam desfrutar do esporte.
Muitos donos de cavalo não montam, mas sendo o caso, também cabe ao profissional o treinamento e a instrução do contratante do serviço. O cliente, em geral, é um cavaleiro amador que monta apenas por hobby, e não necessariamente tem o contato diário com o animal, com a rotina de cuidados, ou mesmo com as tarefas que são necessárias para a prática da equitação.
Por uma questão de segurança, via de regra, o profissional e sua equipe fornecem todo o suporte e orientação para que o amador possa montar sem qualquer preocupação.
Porém, é vital que o próprio amador tome para si as responsabilidades de verificar algumas condições da montaria e da atividade em geral, independente de fiscalização do seu treinador e da situação.
Afinal, o cavaleiro é o primeiro responsável por sua segurança e do seu cavalo, e deve estar atento a tudo que está relacionado à atividade que se propõe a realizar. Além de proporcionar conhecimento, participar das atividades que envolvem a preparação do seu cavalo também influenciam a conexão entre cavalo e cavaleiro.
Eu particularmente gosto de fazer tudo, de me certificar pessoalmente de cada detalhe. E sou tão controladora que no caso dos clientes do meu pai que treinam com a gente no rancho, também faço a mesma coisa, porque entendo que é nosso dever.
E antes de apontar dedinhos, faço uma ressalva de que felizmente nunca tivemos problemas com esse tipo de assunto. E no geral todos são bem conscientes, tanto quanto à parte burocrática, quanto à prática, sempre perguntam, sempre querem aprender, querem entender cada passo. Mas eu já vi muita coisa, e já cometi esses erros também. É assim que aprendemos!
Por isso, atenção:
Apertou a barrigueira? – Enquanto o cavalo não está efetivamente ‘trabalhando’, a barrigueira pode ficar mais folgada para não incomodar o animal. Mas quando for realmente treinar ou entrar em pista, confira a barrigueira para evitar acidentes ou mesmo, no melhor cenário, interromper sua performance.
Você e seu cavalo estão equipados? – Antes de entrar em pista, confira se você e seu cavalo estão devidamente trajados e equipados. Para a prova, atenção para colocar na mala tudo que você precisará, como chapéu, cinto e calça de couro. Na hora da prova, verifique se o número do conjunto está na manta, e se os equipamentos de proteção estão em ordem.
Está cumprindo o regulamento? – Cada modalidade tem seu regulamento, por isso é importante ter ciência de tudo que é permitido, obrigatório ou proibido e repassar o checklist antes de entrar em pista. Crina ou rabo estão trançados? A embocadura é legal? Qual o momento de fazer a inspeção? Fique atento.
Qual a programação? – Cabe ao cavaleiro acompanhar o cronograma de prazos (nominação, licença de competição, inscrições, reservas) e do evento em si, e saber qual o horário dos treinos e da prova. Em caso de dúvida, consulte o treinador ou os organizadores, mas não dependa deles para ter a informação. Isso ajuda a controlar a ansiedade e permite que você se organize para aproveitar com mais tranquilidade os momentos livres.
Tudo ok? Então agora é só aproveitar!
Por Karoline Rodrigues
Plusoneandahalf