A prova é para animais inéditos, ou seja, que correm o ciclo pela primeira vez
Mais uma super disputa do cavalo Crioulo no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS. Promovido pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos a prova, que classifica animais inéditos, ou seja, que correm o ciclo pela primeira vez, selecionou 16 animais da raça – oito machos e oito fêmeas – para a grande final do Freio de Ouro, realizada durante o primeiro final de semana da Expointer. No total, 96 exemplares, sendo 48 machos e 48 fêmeas, disputaram as vagas.
A programação foi intensa de 4 a 8 de abril em Esteio. Alternância de posições durante os dias de competição mostraram prova acirrada e disputada em alto nível. Depois de quatro dias, onde os cavalos e ginetes buscaram alcançar as médias para atingir o lugar mais alto do pódio, foram definidos os campeões do Bocal de Ouro. O tempo colaborou, fator que ajudou no andamento da competição e na presença de público, que foi importantíssimo na reta final.
O título máximo desta etapa ficou com a égua Xiba do Infinito (Fêmeas), da Agropecuária Infinito, de São Sepé/RS, guiada pelo ginete Miguel Souza, e com o cavalo Assuero do Rancho Aruanã (Machos), das Cabanhas KLE e Querência Crioula, de Parobé/RS e Morro Redondo/RS, montado pelo ginete Cézar Augusto Schell Freire.
Para Roberto Davis, proprietário da grande vencedora Xiba do Infinito, trata-se de uma excelente égua, de muito temperamento, mansa e que fez uma excelente pontuação concorrendo com fêmeas muito qualificadas na pista. “É o terceiro Bocal de Ouro que ganhamos, um há 24 anos e outro há dez anos, e foi uma honra participar com esta égua fantástica”, afirmou. Karine Cruz, da Cabanha KLE, criadora do Assuero do Rancho Aruanã, classificou como indescritível a importância da vitória no Bocal de Ouro. “Há muitos anos esse cavalo vem sendo preparado e depois da campanha morfológica passou muito tempo no preparo para que pudesse ter o seu melhor momento, que realmente chegou com esse resultado”, ressaltou.
O presidente da ABCCC, Eduardo Suñe, afirmou que foi um Bocal de Ouro acima das expectativas e com uma grande variação entre as pontas, o que determinou um equilíbrio. “Tivemos animais muito competitivos e um gado excepcional o que nos mostra o que será o Freio de Ouro. Os exemplares classificados e os que ficaram na reserva são todos muito competitivos. A prova nos surpreendeu pela qualidade e superioridade dos animais.
A relação completa de classificados encontra-se no site da ABCCC. Ciro Manoel Canto de Freitas, Luis Rodolfo da Costa Machado e Thiago Schilling Ávila julgaram os Machos, e Carlos Cattani, Jorge Rosa Demiatti Junior e Mário Móglia Suñe, as Fêmeas.
Mas não foi só de prova que o amante do cavalo Crioulo viveu o fim de semana. A liquidez chamou a atenção nos cinco leilões realizados durante o Bocal de Ouro, sob o comando da Trajano Silva Remates. Foram vendidos os 250 cavalos da raça Crioula ofertados nos remates. O total alcançado nos Leilões das cabanhas Carpe Diem, Mapocho e Passo da Lage, Infinito e Convidados, Don Marcelino e La Castellana, Cabanha Malke e Reconquista Agropecuária foi de R$ 4,44 milhões, 7% acima do faturamento do ano passado, que foi de R$ 4,15 milhões.
As atenções dos crioulistas agora se voltam para a FICCC, a ‘Copa do Mundo’ do Cavalo Crioulo, que ocorre de 14 a 20 de maio também em Esteio, onde será realizada mais uma classificatória ao Freio de Ouro. Antes, a pista do Parque de Exposições Assis Brasil ainda recebe a final do Crioulaço, de 20 a 22 de abril.
Colaboração: Assessoria de Imprensa
Fotos: Felipe Ulbrich
