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Empresa utiliza o cavalo para reabilitação de crianças com deficiência

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O Instituto Horsoul tem uma história que começou lá nos anos 1990

Claudia Poci em atendimento

São mais de 100 atendimentos realizados mensalmente no Instituto Horsul, sediado em Itu, interior de São Paulo. Ao longo de cinco anos, período que a empresa como está configurada hoje existe, são muitas as histórias felizes a compartilhar: uma afinada equipe de voluntários, o trabalho com as pessoas com necessidades especiais e suas famílias. E tudo começou com a mudança de cidade da psicóloga Claudia Poci.

“Saí da capital e fui morar no interior há cerca de 25 anos e mantive alguns pacientes do consultório de psicologia. O resgate das raízes fazendeiras reacendeu a paixão pelos cavalos, companheiros de infância e juventude. Eram muitas as evidências do bem que fazia o contato animal. Então surgiu a ideia de unir as paixões e passei a convidar os pacientes para fazermos as seções a cavalo, conversar montados”, conta ela.

Alguns aceitaram e ela passou a desenvolver esse trabalho. Há mais ou menos cinco anos, começaram a chegar pacientes com necessidades especiais e seus cuidadores. “E assim, olhando para cada família recém-chegada como um sistema indissolúvel, fui transformando em método o que nasceu como pura intuição, para atender hoje a população mais vulnerável, algo que começou de forma espontânea, com os encaminhamentos da Escola de Cegos Santa Luzia, Orfanato Casa de Belém, APAE de Itu, APAE de Cabreúva, entre outros”.

O conceito do projeto é o de contribuir e promover a melhoria da qualidade de vida de pessoas com necessidades especiais, ou que apresentem dificuldades motoras, afetivas, cognitivas e emocionais, trazendo o cavalo como instrumento que proporciona saúde mental e física por meio de atividades terapêuticas, de lazer e esportivas. “Além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das famílias e cuidadores destas pessoas, pois acreditamos no cuidado com olhar sistêmico”.

Quem procurar o Instituto Horsul irá encontrar serviço de habilitação e reabilitação à crianças, adolescentes, adultos e idosos e a promoção de sua integração à vida comunitária no campo da assistência social, realizando atendimento, assessoramento, defesa e garantia de direitos, de forma isolada ou cumulativa, às pessoas com necessidades especiais. E não são somente os pacientes que são atendidos, o Horsul faz questão de prestar assistência à família ou cuidadores destas pessoas através de terapias em grupo. Entre esses mais de 100 atendimentos mensais, pacientes de Itu e cidades da região, como Salto, Sorocaba, Indaiatuba, Monte Mor.

Claudia explica que o cavalo é o principal terapeuta do projeto, além de, pelo menos um, terapeuta voluntário junto ao atendido. Quando o paciente não consegue ir sozinho no cavalo, é acompanhado de um terapeuta como garupa. Caso consiga, o terapeuta o acompanha no chão, caminhando juntamente, ao lado do paciente e do cavalo. Quando necessário, são envolvidos mais de um voluntário por atendido. “Temos a visão de que os pacientes se beneficiarão muito mais entrando em contato com elementos da natureza, além de outras pessoas, o que contribui para um maior desenvolvimento da socialização entre indivíduos e de sua percepção do mundo externo. Por isso são realizados ‘passeios’ com pacientes em grupos, ou pelo menos duplas pelas propriedades da fazenda”.

Então, enquanto um grupo de pacientes é atendido com o cavalo, seus cuidadores são assistidos através de terapias em grupo, juntamente com o auxílio de mediadores, afim de prestar assistência emocional e promover uma melhor qualidade de vida. É uma forma de ajudá-los a cuidar e enfrentar as dificuldades de uma maneira cada vez melhor.

Como o foco do Horsul é dar preferência à famílias que não têm condições de pagar sessões de equitação terapêutica, assim como pessoas com maiores dificuldades ou limitações, eles precisam sempre contar com ajuda financeira de terceiros. Uma das formas de prover essa ajuda financeira é uma escolinha de equitação, que funciona no mesmo espaço do Instituto, e ainda aulas particulares, ajuda de voluntários. Outra forma são as doações, que podem ser feitas diretamente para a conta bancária do Instituto – Banco Bradesco | Agência: 328-0 | Conta Corrente: 14215-8 | CNPJ: 23.160.965/0001-47.

Para ser voluntário é necessário ter muita disposição em doar e compartilhar amor, atenção, responsabilidade e felicidade, segundo Claudia. E ela já conta com uma super ajuda de 15 pessoas envolvidas no projeto atualmente. Além dela, diretora-presidente, e de Edimilson Mota, vice-diretor presidente e instrutor, o Instituto Horsul tem o trabalho de Julia Leonforte, Heloisa Tannuri, Melissa Von Zuben, Sandra Guidetti, Natalí Felix, Mariana Bernardi, Abiner, Giba, Alvaro Braga, Sergio Sakayemura e Isis Solato, que atuam diretamente com as crianças, Vera Miguel e Cintia Biscaro, participam da terapia familiar, e ainda de Seu Zé e Marquinhos, cuidadores dos cavalos.

Se você se interessou em saber mais, quer se tornar um voluntário, acesse http://institutohorsoul.org/

Por Luciana Omena
Colaboração Verônica Formigoni
Fotos: cedidas

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