Dalva Marques dá dicas em seu artigo da semana sobre o melhor ajuste da sela para que a cavalgada seja prazerosa do começo ao fim
Parece óbvio, mas devido à minha experiência constatei que muitos cavaleiros não sabem ajustar o principal equipamento da equitação, sua sela. De fato, não é só a turma que monta aos finais de semana que comete erros. Vejo com frequência equitadores profissionais selando seus cavalos de forma errada.
Primeiramente, devemos raspar e escovar o animal, certificando-nos de que nada ocasione ferimento ou desconforto à região dorso-lombar, onde colocamos a manta e a sela. Assim como devemos manter limpo o local onde apertamos a barrigueira, a fim de evitar possíveis incômodos ao equino.
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Coloque a manta de forma a aliviar a parte anterior, com o intuito de evitar pressão ou desconforto à cernelha do animal. Algo que pode prejudicar o seu desempenho quando montado, não só nas competições como também nos passeios. Não a deixe nem pra trás nem muito em cima da cernelha, sobrecarregando-a.
Já o ajuste da barrigueira deve ser de forma suave e aos poucos, de maneira que a sela fique firme e não vire ao ser montada. Reitero: sem exageros no aperto. O equipamento deve estar preso ao animal, não sufocá-lo.
Ajustes
Nos estribos, busque o equilíbrio, nem curtos nem longos. A escolha e o uso da embocadura contribuem para uma montaria tranquila e sem surpresas. A altura e o ajuste da barbela (quando usado freio) também são importantes para o sucesso da equitação.
Comandos importantes – saída sempre ao passo, animal andando de forma relaxada para dar conforto ao cavaleiro. Pressão de pernas e rédeas suaves e ao mesmo tempo firmes, para que não haja dúvida quando exercidas. Os comandos básicos: para frente, direita, esquerda e para trás. Estes são os principais e jamais devem ser feitos com dificuldade.
Lembrando que o cavalo aprende por repetição e só não faz o que pedimos quando não entende. Se estamos certos do que queremos e sabemos transmitir isso, os equinos prontamente nos atendem.
Postura adequada (ideal) – tronco ereto, ‘olhando para o horizonte’, ponta do pé no estribo e ligeiramente pra cima, calcanhar pra baixo (alongando a panturrilha). Ombros, quadril e calcanhares no mesmo alinhamento. A descida de braços acompanha o desenho do corpo, tendo os cotovelos flexionados, evitando passar a linha da cintura.
Montar é sempre um grande prazer e, claro, demanda elegância. Desejo-lhe uma boa equitação!
Por Dalva Marques
Criadora, apresentadora e reinadora | CT Rancho Bigorna | jurada de equinos e muares de marcha
Crédito das fotos: Arquivo Pessoal
Foto de chamada: A distância do braço ajuda a medir a altura do aperto da perna
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