A tradição equestre mongol é um patrimônio cultural vivo e os cavalos de Przewalski datam da divisão evolutiva
Visitar a Mongólia é quase uma viagem no tempo. Segundo relatos chineses, que remontam a séculos antes de Cristo, a região correspondente à Mongólia atual foi ocupada por diversas tribos nômades.
Os Hunos, que foram os maiores cavaleiros da história, aparentemente migraram para oeste a partir das estepes da Mongólia. No final do século XII, um jovem chamado Temujin unificou algumas tribos mongóis e turcas.
E, depois de vencer várias batalhas, foi aclamado por todos os mongóis como Genghis Khan (poderoso governante) e a partir daí saiu com a maior cavalaria de todos os tempos, para conquistar parte do mundo.
O Cavalo de Przewalski, ou Equus ferus przewalskii, é uma subespécie selvagem de cavalo, nativa dos desertos da Mongólia. Oficialmente se encontrava extinta na natureza, mas graças a um projeto internacional, tem sido reintroduzida em seu habitat natural.
O Przewalski foi descrito pela primeira vez pelo general e naturalista amador russo Nikolaï Mikhaïlovitch Prjevalski em 1881. Que viajou à sua procura após se deparar com relatos da sua existência. A descoberta gerou o interesse de vários zoos europeus, que adquiriram cerca de 20 exemplares.
A população selvagem desapareceu nos anos 1960, tendo o último animal selvagem sido avistado em 1969. Desde o início dos anos 90 vários programas de reprodução em cativeiro têm encontrado sucesso. E já houve a libertação de uma manada na Mongólia, tornando assim um cavalo assilvestrado – um cavalo que vive em estado selvagem, mas que descende de cavalos domésticos.
Ao participar do trekking na Mongólia, os amantes de cavalos podem compartilhar a emoção de montar essa que é uma das raças mais antigas do mundo, que datam da divisão evolutiva, o Przewalski. Empoleirados na selva da Mongólia, os cavaleiros viajam pelas montanhas, florestas de taiga e pastagens. Junto aos cavalos, vivem dias ao tradicional de estilo de vida nômade.
A organização social desses animais faz-se em grupos familiares dominados por um macho, várias fêmeas e suas pequenas crias. Os juvenis abandonam o grupo por volta dos três anos, sendo as fêmeas incorporadas desde logo noutra manada. Os jovens machos passam vários anos em pequenos grupos, antes de se lançarem na conquista do seu próprio grupo de fêmeas.
Os adultos medem cerca de dois metros de comprimento e pesam em média cerca de 300 kg. A sua pelagem é castanha parda e a crina é de cor negra. Alguns exemplares têm as patas riscadas, fazendo lembrar zebras.
Fonte: FEI, Wikipedia, Cavalgadas Brasil