Três Tambores: falta de confiança é o maior bloqueio para sua prova

Claudia Ono comenta em sua coluna da semana que você aprende a ser confiante nos Três Tambores quando começa a se sentir em segurança

Quando o competidor sente que não confia na sua habilidade ele entra no estágio de involução na prática dos Três Tambores. Não é nem congelamento, o que acontece é, de fato, uma perda.

Pelo simples motivo de que a falta de confiança gera ações involuntárias no percurso e essas ações involuntárias causam erros nos Três Tambores.

Antes de mais nada, essa repetição de erros gera mais insegurança.

O que acontece a seguir é que a pessoa entra em uma roda do medo: medo de errar, medo de cair, medo da velocidade, medo de não ser bom o bastante.

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Nesses anos de cursos e mentorias em Três Tambores percebi três grupos com esse problema:

1- iniciantes ou não que tiveram pouca ou nenhuma base para a velocidade

2- competidores e competidoras que corriam bem, fizeram uma pausa e voltaram inseguros

3- pessoas com mais de 30 anos que acreditam ser tarde para começar

Geralmente esses competidores e competidoras passam muito tempo tentando gerar essa confiança na base da overdose de treinos, pensando que basta montar bastante que tudo vai se acertar.

Depende.

Se eles repetirem sempre as mesmas coisas, da mesma forma, só farão reforçar essa falta de confiança.

Porque ela não é psicológica ou emocional, a falta de confiança é concreta, é quase palpável.

Você aprende a ser confiante quando começa a se sentir em segurança.

E sentir-se seguro e segura em cima de um cavalo com a velocidade é técnica. É um treinamento físico que gera uma segurança emocional.

Quando alguém monta firme enquanto adolescente, para de correr por um tempo e retorna com medo de correr, é porque a sua forma de montar mudou nesse meio tempo.

E com a mudança na forma de montar surge a mudança na forma de se fixar.

Então, não adianta bater em ferro frio. É ainda pior, porque você alimenta a sua falta de confiança na medida em que repete os mesmos erros.

E essa repetição faz os problemas crescerem.

Claudia Ono comenta em sua coluna da semana que você aprende a ser confiante nos Três Tambores quando começa a se sentir em segurança

Como você pode ganhar confiança e ficar de bem com a velocidade e com as forças dos giros?

1- Comece acertando a posição do seu corpo na sela. Quando você desloca o seu peso para a frente, faz com que o seu centro de gravidade fique deslocado e que perca o equilíbrio

2- Não empurre os estribos, porque isso fará com que ao chegar nos giros o seu corpo seja jogado para o alto. E quando você sai da sela você perde estabilidade.

3- Não aperte os joelhos contra a sela. Essa força tensiona a sua região lombar fazendo com que perca a firmeza durante os giros.

4- Não puxe o pito. Quando puxa o pito ou pega ele com força você inclina seu corpo para a frente e o problema do item 1 acontece.

5- Firme o seu assento usando uma das técnicas existentes para o tambor. Você já deve ter visto as competidoras americanas correndo sem que seus corpos pulem na sela ou sejam arremessados para o lado ou para o alto.

Técnicas para os Três Tambores existem. Pena que são tão pouco difundidas por aqui.

Não é à toa que todas as competidoras de alta performance correm da mesma forma.

Busque por conhecimento e por evolução sempre.

Ser atleta requer empenho, foco na excelência e investimento na melhora da sua performance.

Por Claudia Ono
Três Giros
Crédito das fotos: Reprodução/Facebook

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