Armando Costa Neto faz semifinal do NCHA Futurity

A maior e mais importante prova de Apartação da temporada americana aconteceu de 19 de novembro a 13 de dezembro, no Will Rogers Coliseum, em Fort Worth, Texas

Em mais um ano, o Brasil teve representante na fase final do NCHA Open Futurity, a maior e mais importante prova de Apartação do calendário mundial. Armando Costa Neto, com Sweet Lil Kit Kat, classificou-se para a semifinal da categoria Open – e ainda para a final Limited Open. Na fase de classificação, o conjunto somou 438,5 pontos (222 na primeira passada e 218,5 na segunda).

Ademais, 542 cavalos começaram a disputa, por isso a classificação de Armandinho é mais um feito para o Brasil. Na conclusão do NCHA Open Futurity, a semifinal aconteceu no sábado (12). Dos 66 cavalos semifinalistas apenas 30 avançaram para a final. Armando Costa Neto marcou 214 e a nota de corte para classificar foi 217,5. Dessa forma, não foram para a decisão, ocorrida no domingo (13).

Sweet Lil Kit Kat, que é Kit Kat Sugar em Sweet Smoke Lena, é de propriedade do criador brasileiro Renato Eugênio Rezende Barbosa.

Os campeões NCHA Open Futurity 2020 foram Adan Banuelos e All Spice (Once In A Blu Boon x Show Biz Kitty), com 224 pontos. O conjunto levou para casa nada menos que US$ 246.880,00, além do título mais cobiçado. Ano passado, Banuelos, foi reservado campeão com Twice In Santiago, outra filha de Once In A Blu Boon. Antes de mais nada, o treinador é NCHA Hall of Fame e ganhador de mais de US$ 3.489.553,00 pela NCHA.

Pela Non Pro, título para Brandon Westfall e Fiddle And Steel, 227 pontos. Ao todo, a NCHa premiou com mais de US$ 3 milhões em 25 dias de evento, que incluiu ainda disputas no Amador e Campeonato Mundial. Resultados completos, clique aqui.

Armando Costa Neto e Watch Me Whip

Vale lembrar que Armando Costa Neto é o único Non Pro tríplice coroado da NCHA. Com Watch Me Whip (Playgun X Look The Look), o brasileiro venceu NCHA Futurity de 2005, NCHA Super Stakes e NCHA Derby de 2006. Ademais, uma história que teve final feliz semana passada. A égua tordilha de 2012, de propriedade do brasileiro através da Fazenda Barrinha Corporation, foi vendida por US$ 500 mil durante um leilão no NCHA Futurity, com embrião do Metallic Cat.

Rodrigo Taboga o quarto melhor do ranking

Todos os anos, ao final do NCHA Futurity, a associação divulga o ranking da temporada. O brasileiro Rodrigo Taboga encerra 2020, portanto, em quarto lugar nessa lista ‘de peso’. Com mais de US$ 350 mil em ganhos, o treinador fez uma temporada realmente espetacular. Só não terminou no ‘Top 3’,arrisco-me a dizer, porque acabou não fazendo as finais do maior evento da temporada.

Logo após ser premiado como o melhor cavaleiro da temporada brasileira 2017/2018, Rodrigo Taboga tomou a decisão de mudar-se de vez para os Estados Unidos. O universo não era totalmente desconhecido para ele, entretanto os desafios que estava prestes a enfrentar sim. As provas que acompanhava pela internet passaram a ser realidade para ele. Uma verdadeira maratona a cada evento, apresentando cavalos em três diferentes, e difíceis, categorias.

Dois anos depois, não há duvidas de que o brasileiro fez a escolha certa. Os resultados começaram aparecer em poucos meses. Só para exemplificar, Ike Derby & Classic, Arbuckle Mountain, Bonanza Cutting, Breeders Invitational, The Cattlemens Derby, Brazos Bash, PCCHA, NCHA Derby, NCHA Super Stakes, NCHA Futurity. Quem conhece sabe o peso dessas provas. Em todas elas, nesse período, se não ganhou alguma categoria, ficou entre os primeiros, e com mais de um cavalo.

Na metade da temporada 2019, não teve jeito, os americanos tiveram que vê-lo de fato como forte concorrente. A temporada terminou de forma mágica para o talentoso brasileiro: campeão NCHA Limited Open Futurity e finalista na Open. E 2020 começou no mesmo ritmo. Até melhor eu diria. Até o momento vitória para ele em todos os eventos que competiu. Um resultado bom atrás do outro. Entre outros cavalos, sua parceria com Sanctus foi praticamente perfeita. Venceram praticamente todas as provas que disputaram, incluindo o NCHA Open Derby. Clique aqui e confira.

Armando Costa Neto faz semi na maior a mais importante prova de Apartação da temporada americana , o NCHA Open Futurity, em Ft Worth
Andrea Fappani – Foto: NRHA/Waltenberry

Rédeas

Em Oklahoma City, Oklahoma, os brasileiros disputaram o 2020 NRHA Open Futurity. Da mesma forma que na Apartação, na Rédeas também é a prova mais importante da temporada. Aconteceu de 26 de novembro a 5 de dezembro, na Jim Norrick Arena. De acordo com a NRHA, a 55ª edição foi recorde de participação, junto com Adequan NAAC, mais de 1600 baias foram montadas.

Assim como na NCHA, o evento da NRHA foi fechado ao público por conta da pandemia de Covid-19. Quem esteve por lá garantiu que a organização foi bem mais rígida do que em outras provas, já que os números voltaram a subir no País. Outro dado interessante: pela primeira vez na história o campeão do NRHA Futurity Open N4 recebeu US$ 250 mil de prêmio. E quem levou foi Andrea Fappani, com With All Bettss Are Off.

O cavaleiro, um dos mais importantes da modalidade, Six Million Dollar Rider, marcou 225 pontos na final da categoria. Antes de tudo, esse foi o quarto título de potro do futuro NRHA Open de Fappani. Ademais, os outros dois cavalos apresentados por ele encerraram a competição no Top 10 do N4: Thee American Dream (3°) e A Smalltown Trick (7°). With All Bettss Are Off é filho de Gunner e Wimpys Little Chic.

Sebastian Petroll levou Dunit The Walla Way à vitória dos Níveis 2 e 3 com a nota 218,5 na final (12° N4). Pelo Nível 1, empate entre Rodrigo Nieves, com Tagin Stiletto Chics, e Dallas Cunningham, com RFR Voodoos Fuego, nota 217,5. Os dois também empataram com Patrick R. Flaherty como reservados campeões Nível 2. Pela Non Pro, Mandy McCutcheon carimbou seu 10° título com Shining At Nite, 221,5 pontos.

Armando Costa Neto faz semi na maior a mais importante prova de Apartação da temporada americana , o NCHA Open Futurity, em Ft Worth
Rodrigo Nieves – Foto: NRHA/Waltenberry

Melhores resultados dos brasileiros

Rodrigo Nieves é uruguaio, mas passou dez anos no Brasil. Foi aqui que ele começou na Rédeas. Inclusive, a bandeira brasileira está ao lado do seu nome na ordem de entrada das provas da NRHA. Há um ano e meio ele trabalha para Duane Latimer nos Estados Unidos. Foi sua primeira final do NRHA Futurity e ele classificou os três cavalos que montou.

“As duas primeiras passadas não foram como esperávamos, mas a corrida de hoje [final] foi muito boa e somos gratos por isso”, comenta. Tagin Stiletto Chics (Gunners Special Nite x Stiletto Tag) é de propriedade de Jennifer Marley. “Eu gosto de como ele é honesto e um ótimo cavalo de prova”. Ele também montou Alphasushienterprize, do brasileiro Fernando Botteon, 7° lugar N1 (211), enquanto com Theoneyourelookinfor, que ele apresentou para Eduardo Salgado, encerrou em 17° N1 (206,5).

No Nível 4, Franco Bertolani apresentou Hey Roy, nota 209,5. Fernando Salgado, também no Nível 4, apresentou dois cavalos na final, Step Out N Rock It (212) e Vinny Gun (217,5). Concorrendo pelos Níveis 2 e 3, Gabriel Bittar Borges, com Dunsurprizedya encerrou com a nota  207. Montando Zapp, Eduardo Salgado esteve em mais uma final do Futurity Open. Marcou 213,5 (N2).

Por fim, Leonardo Kellerman em seu primeiro potro do futuro nos Estados Unidos, apresentou A Cool Back Story e marcou 212 na final, terceiro lugar N1 e 15° no N2. Representaram o Brasil nas duas fases preliminares ainda Clemerson Barbalho, Dudu Giannasi, Lucio Casalecchi, Marcos Guimarães, Pedro Baião, Lorinaldo Gomes e Ricardo Amaral. Austin Lee Roush montou Alpha Princess Chic, de Luiz Marques. E Michael McEntire apresentou Alpha Wimpy Walla de Thales Bordignon. Resultados completos, clique aqui.

João Crimber – Fotos: Arquivo Pessoal

Rodeio

O brasileiro João Crimber, filho do ex-bullrider Paulo Crimber, fez duas finais mundiais para jovens em menos de 15 dias. Primeiro, foi sexto lugar na Junior World Finals. Uma competição para jovens atletas que participam desse circuito. A final acontece sempre junto com a NFR, assim em 2020 aconteceu no Fort Worth Stockyards, Texas. Em seguida, foi para Mesquite, também no Texas, para a final da International Miniature Bullriders Association.

A IMBA foi formada em 12 de fevereiro de 2017, por grupos de tropeiros de mini touros de todo os Estados Unidos com a finalidade de fornecer animais adequados para jovens cavaleiros. O objetivo da IMBA, então, é promover a indústria de mini touros e dar a esses jovens um ‘palco’ para mostrar seu talento. João encerrou a temporada da IMBA em sétimo lugar na média final. Ademais, vale lembrar que ele já tem título mundial de minibulls, pela MBR, e desponta como um competidor de sucesso.

Por Luciana Omena
Crédito da foto de chamada: Cortesia NCHA/Seth Petit
Colaboração: Pete Kampjes

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