Maior prova do ano, e a mais aguardada, teve total de 2062 inscrições e mais que US$ 2 milhões em premiação
No ano passado, Austin Shepard apresentou Deluxe Checks para ficar com o título do Campeonato Mundial de Apartação da NCHA, dias antes de montar Dual Reyish na final do Oepn Futurity – e ficar com o título – um feito que raramente aconteceu antes. Tatum Rice aceitou o desafio, e montou Hastags ficando com título do Mundial antes de chegar às finais do Futurity Open em 9 de dezembro.
As provas aconteceram desde o dia 15 de novembro no Will Rogers Memorial Center, em Fort Worth, Texas. Assim como na final da Non Pro, dia 7 de dezembro, Rice e Crey Zee foram os primeiros a entrar em pista na final da Open e marcaram 222. Lideraram a prova até o final, superando 20 outros conjuntos, para ficar com o título. Cade Shepard e Chexy Louella fizeram o mesmo, 222 pontos logo na primeira passada na Non Pro e não foram superados.
Pela vitória na Open, Tatum ficou com o cheque no valor de US$ 183.074,00. “Eu pensei que tinha uma chance, mas sabia que havia quatro ou cinco outros cavalos realmente bons, que tinham uma chance também”, disse Rice. “Ser o primeiro a entrar não me impressionou. Apesar de que todo mundo sempre prefere se apresentar mais para o final da prova, especialmente nas finais”.
Entrar para competir, em uma final de Futurity, já conhecendo as notas de outros conjuntos pode fazer toda diferença, mas ele não se intimidou. “Quando ouvi a nota e era um 222, não achei que venceria. Normalmente, não é nota para ser campeão. Estava pensando em ficaria em segundo ou terceiro, no máximo quarto lugar. Mas o gado dita muito o ritmo da prova”, acrescentou o campeão.
Ano passado, Shepard e Dual Reyish foram campeões com 228 pontos. A última vez que uma nota 222 ganhou o NCHA Open Futurity foi em 2008, quando Metallic Cat e Beau Galyean ficaram com o título. Outra curiosidade dessa final foi que Boyd Rice, pai de Tatum, ficou em terceiro lugar.
De uma família vencedora na Apartação, Tatum sabe o que é preciso para ter uma boa temporada. Ganhar os dois principais títulos dessa competição é algo raro. “Mas se estamos na estrada o tempo todo, assim como Austin esteve ano passado, certamente estaremos bem treinados. Então, se temos um bom cavalo, fica bem confortável quando entramos e escolhemos os bois que vamos trabalhar”.
O treinador de Weatherford, no Texas, que é ganhador de mais de US$ 2 milhões na carreira, tinha um plano para sua prova com Crey Zee na final. Depois de ver o gado se movimentar durante a preparação, percebeu que precisaria de paciência e delicadeza para fazer o trabalho bem feito. “Ser o primeiro de toda a prova pode não ser bom, pois o gado está mais resistente. Mas minha égua é muito veloz e deu tudo certo”, lembrou.
Ela é filha de Dual Rey e Eazee E. Sua mãe é filha de High Brow Cat, que Rice treinou e apresentou no início de sua carreira. Sua esposa, Kylie, e o treinador RL Chartier, também apresentaram Eazee em algumas provas, ajudando a elevar seus ganhos a mais de US$ 212.000,00.
‘Reyn’ e sua mãe são de propriedade dos sogros de Rice, Kevin e Sydney Knight. Os dois estavam presentes para torcer por sua égua. Ficaram levemente chocados quando ela acabou sendo a vencedora do Futurity. “Eu tinha um bom pressentimento sobre eles realizarem uma boa prova. Estamos muito agradecidos”, comentou Kevin.
Enquanto bebia champagne na taça de campeão, Tatum sentou-se para conferir todos os seus outros brindes e prêmios pela vitória, ao lado da esposa, sogros e da filha Kennedy. A emoção pegou de jeito. “Foi um sonho que se tornou realidade. É para isso que todos nós trabalhamos. Portanto, é muito bom se juntar a esse grupo”.
O reservado campeão foi Adan Banuelos, com Badboonarising e a nota 221. Christian Johnsrud e Fracker Brown, que lideram as classificatórias e passaram na semi com a sexta nota, não tiveram um bom desempenho na final. Os brasileiros acabaram ficando pelo caminho e não passaram para a decisão mais importante de suas carreiras.
Rodrigo Taboga, com The Dewd, terceiro lugar na Limited Open dias antes, ficou com nota zero na semi. E Armando Costa Neto, com Arosesuchastyle, marcou 216 na semi, ficando perto. A nota de corte foi 216,5. De qualquer forma, fizeram história, assim como outros treinadores que se aventuraram nessa difícil competição.
“Estou muito feliz com tudo que aconteceu esses dias aqui em Fort Worth. Perdi um boi na semi, o gado estava muito difícil, e acabei desistindo para não forçar o cavalo. Sabia que a nota não seria suficiente, então preferi não continuar. Faz parte do jogo, essas coisas acontecem. Mas foi um bom começo para essa minha nova fase aqui nos Estados Unidos. Já estou focado e animado para o começo da temporada, nas provas que estão por vir”, contou Rodrigo, que continuará fazendo parte do Team Galyean.
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Por Luciana Omena
Fonte: Quarter Horse News e NCHA