Kaique Pacheco e Alex Marcílio dividiram vitória pela PBR em Salinas

Etapa aconteceu dias 24 e 25 de agosto na Califórnia e foi válida pela segunda divisão da PBR, a Real Time Pain Relief Velocity Tour

O líder mundial Kaique Pacheco recusou uma opção de re-ride na primeira rodada e depois converteu em uma oportunidade de re-ride na rodada do campeonato para empatar na etapa da Velocity Tour com Alex Marcilio. Os dois são brasileiros e disputam o campeonato mundial de Montaria em Touros da Professional Bull Riders.

Kaique entrou na rodada final com uma parada de 79 pontos no round 1 em cima do touro Desperado. Ele teria direito a montar em outro boi, mas decidiu ficar com a nota. Já na decisão da etapa, ele caiu com cinco segundos do touro Chile Pepper e recebeu nova opção de montar em outro boi, que ele assegurou.

Kaique Pacheco
Kaique e Alex dividiram a liderança em Salinas

O jovem atleta de 23 anos montou Psycho Blue e marcou 83 pontos, chegando a 162 pontos, e empatando com o amigo e compatriota Alex Marcilio. Marcilio começou sua jornada em Salinas com uma montaria de 82 pontos no Round 1 a bordo de Slappy. Ele também recusou um re-ride, na rodada do campeonato, depois de montar o Smoke Show e marcar 80 pontos.

Dener Barbosa era quem liderava a etapa. Ao manter as notas, Kaique e Alex fizeram apostas que se mostraram certeiras quando outros bons competidores que montaram depois deles caíram dos touros. Marco Eguchi (3s96 no Legit) e Alisson de Souza (3s37 no Spotted Panther) estavam no páreo até não conseguirem parar.

Os dois vencedores conquistaram importantes 95 pontos para a classificação mundial. Kaique ampliou sua vantagem sobre o segundo colocado, o também brasileiro Claudio Montanha Jr. A diferença entre eles agora é 116,67 pontos. Claudio não chegou à rodada final nessa etapa. Alex subiu para a 25° no ranking mundial.

Dener Barbosa terminou em terceiro lugar em Salinas, conquistando 30 pontos para o ranking. Voltando de uma lesão e cirurgia no pé, o atleta fez uma boa etapa, marcando 74 pontos ao montar Samson e 84 a bordo de Uncle Fester, a melhor nota do championship round. Alisson havia ganho o primeiro round, com uma montaria de 88 pontos em cima do Pearl Pistol. Com a queda na segunda montaria, terminou em quarto lugar.

Alisson busca uma classificação para sua primeira final mundial. Com os pontos de Salinas, ocupa a 37ª colocação no ranking. Faltando apenas 105 pontos para alcançar a zona de classificação. Emilio Rezende, outro brasileiro, ocupa a 35ª posição com 600 pontos. Em tempo, Alisson segue na sétima posição no ranking da Velocity Touro e Alex ocupa a nona posição. Faltam sete etapas para a final dessa segunda divisão da PBR.

Corrida pelo título

Kaique Pacheco
Kaique Pacheco busca seu primeiro título mundial

Não só a pontuação pela vitória nessa etapa da Velocity Tour foi importante para aumentar a diferença de Kaique Pacheco para os demais, como também pode significar a entrada dele na final da segunda divisão, e caso ganhe, some pontos extras importantes quando chegar à Las Vegas para a disputa do título principal de temporada.

Os 30 melhores do ranking da Velocity Tour decidem a temporada, que acontece em Las Vegas dias antes da PBR World Finals. Com a vitória, Kaique é o 30° do ranking no momento e ainda tem chance de melhorar essa classificação. Um atleta pode, potencialmente, ganhar 440 pontos para o ranking mundial nessa final.

Esse ‘bônus’ para quem deseja ser campeão mundial não seria nada mal. No momento, apenas três entre os 15 melhores do mundo seriam elegíveis para as finais da Velocity Tour: Kaique, Dener e Keyshawn Whitehorse. Se considerarmos o Top 35, somente mais quatro encontram-se na zona de classificação no momento: Colten Jesse, Nathan Burtenshaw, Alex Marcilio e Sean Willingham.

Dividir o tempo entre a divisão principal e as demais pode ser um bom negócio para quem quer se tornar campeão do mundo pela PBR. Um exemplo bem recente é Jess Lockwood, o atual campeão mundial. Em 2017, da sua pontuação geral, 600 pontos foram provenientes de participações nas divisões de acesso. Se contarmos a diferença dele para o segundo colocado, 444,5 pontos, vemos a importância de tudo isso.

Claro que para ganhar o campeonato não é preciso montar nas divisões de acesso. Cooper Davis (2016) praticamente só participou da divisão principal. Mas para Kaique, que bateu na trave por três anos, e decidiu não competir na final da Velocity ano passado, não é surpresa que este ano esteja com uma estratégia diferente. Em pouco tempo veremos se esses fatores impactaram no resultado final.

Fonte: PBR
Tradução e adaptação: Luciana Omena
Fotos: André Silva

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