Reconhecido pela FEI desde 1941, estreou em Olimpíadas em 1948, em Londres, e no WEG em 1990, na primeira edição, em Estocolmo
A festa maior do hipismo mundial, os Jogos Equestres Mundiais, encerrou suas atividades da oitava edição no domingo, 23 de setembro. Organizado pela Federação Equestre Internacional, com apoio de federações e confederações de todo o mundo, o WEG reuniu o melhor de cada país. As provas – desde o dia 12 – nas oito modalidades aconteceram no Tryon International Equestrian Center, em Mill Spring, Carolina do Norte, Estados Unidos.
Complexo de pistas em TryonO Salto foi o último a conhecer seus campeões. 49 países – 124 concorrentes – estavam na disputa das medalhas no individual e por equipes, 25 países competiram. Para chegar o momento máximo, primeiro todos passaram pela prova denominada caça, onde o tempo de cada atleta é convertido em penalidades. O resultado dos três melhores foi computado individualmente e na disputa por equipes.
Na sequência, a medalha por equipes foi definida após dois percursos. Depois da primeira passagem, somente as dez melhores equipes avançaram para a decisão do pódio. Encerrando a programação do evento, no domingo, a final individual aconteceu para os 25 melhores, com ordem de entrada do conjunto inversa maior número de pontos a menor pontuação.
Pedro Veniss e Quabri D Isle. Foto: Luis RuasA equipe brasileira, entre todas as delegações do Brasil que foi a Tryon, era a mais cotada para medalhas. Pedro Veniss/ Quabri D Isle foi vice na abertura do Mundial – percurso limpo em 76s68 – e o Time Brasil virou em terceiro lugar. No segundo dia, ainda qualificativa para a final individual e primeira passada da final por equipes, Pedro e Quabri continuaram como melhor resultado para o Brasil, com apenas uma falta.
A sexta-feira, 21, começou com a chance da medalha por equipes. As dez melhores equipes do dia anterior deram a segunda volta. Valeu para o resultado do time a soma das três melhores notas de cada equipe. O ouro acabou ficando com os Estados Unidos, após emocionante desempate com a Suécia, que terminou com a prata. Alemanha garantiu o bronze.
Luiz Francisco de Azevedo/ComicO time americano venceu sem faltas em 100s67. Suécia também sem faltas no desempate, em 102s73. E a Alemanha teve saldo de 22,09 pontos perdidos. O Time Brasil, que também teve Pedro Junqueira Muylaert/Prince Royal Z MFS e Yuri Mansur/Ibelle Ask, fechou em 14º lugar a disputa por equipes.
No individual, Pedro e Quabri e Luiz Francisco de Azevedo/Comic avançaram para a segunda passada. Mas somente Pedro chegou à final – fez uma falta em cada passagem da final por equipes computando apenas 8,17 pp. O cavaleiro olímpico e medalhista pan-americano, em sua terceira participação em WEGs, manteve viva a chance de pódio do Brasil.
McLain Ward, Adrienne Sternlicht, Laura Kraut e Devin Ryan – Team USA. Foto: FEILuiz Francisco, que computou 2,71 pp na caça, 13 pontos no segundo dia, perdeu apenas 6 pontos na terceira parcial. Fechou sua primeira participação nos Jogos com 21,71 pontos perdidos na 46ª colocação. A final no individual, porém, não foi o que a nação brasileira esperava. Os quatro cavaleiros têm muita experiência internacional e chances de estarem entre os 25 finalistas.
Único a avançar para final individual, Pedro acabou desistindo do percurso para poupar sua montaria Quabri de I´Isle. O cavalo perdeu uma ferradura na semifinal e não estava em perfeitas condições. Em julho de 2018, Pedro e Quabri garantiram bronze no GP5* do CHIO Aachen, na Alemanha, considerado meca do hipismo mundial.
Pódio Individual. Foto: FEIA medalha de ouro no individual foi para Simone Blum, da Alemanha, com DSP Alice. Ela fez história ao se tornar a primeira mulher medalhista de ouro da história dos Jogos. Martin Fuchs/Clooney ficou com a prata e Steve Guerdat/Bianca, com o bronze. Ambos da Suíça.
Na Atrelagem, única modalidade que o Brasil não enviou representantes, o ouro no individual ficou com Boyd Exell/Celviro, da Austrália. Chester Weber, dos Estados Unidos, prata, e Edouard Simonet, Bélgica, bronze. Por equipes, o ouro ficou com os Estados Unidos, com Holanda prata e Bélgica bronze.
Boyd Exell e Celviro. Foto: FEINo quadro geral de medalhas, contabilizando as provas individuais, o Brasil encerra sua participação com duas pratas, do paraequestre Rodolpho Riskala. Alemanha foi quem mais ganhou, seis ouros e 17 no total. Todas as informações: www.tryon2018.com ou www.fei.org.
Por Luciana Omena
Fonte: CBH e FEI