A prova de Salto nessa segunda foi o último desafio da equipe brasileira da modalidade nos Jogos Equestres Mundiais
O clima foi um dos mais difíceis obstáculos enfrentados por amazonas e cavaleiros da modalidade Concurso Completo de Equitação nos Jogos Equestres Mundiais 2018. Acontecendo desde o dia 11 de setembro, no Tryon International Equestrian Center, em Mill Spring, Carolina do Norte, Estados Unidos, os Jogos seguem até sábado, dia 23.

Dividido em três provas – Adestramento, Cross-country e Salto – as disputas do Concurso Completo de Equitação começaram na quinta-feira, 13, e terminaram nesta segunda-feira, 17. Largaram na prova 83 conjuntos de 23 países, mas 13 conjuntos não chegaram à prova final.
Nas duas primeiras fases da disputa, o calor atrapalhou o desempenho em especial dos cavalos na prova de Adestramento, dividida em dois dias, 13 e 14, e no Cross-country, realizado no sábado, 15. O Salto, que estava agendado para o domingo, 16, foi transferido para esta segunda-feira, 17, devido as fortes chuvas decorrentes do furacão Florence.

Nas duas primeiras fases, o Time Brasil contou com cinco conjuntos: os olímpicos Marcelo Tosi/Genfly Agromix, Márcio Carvalho Jorge/Coronel MCJ e Márcio Appel/Iberon JMen, Henrique Plombon Pinheiro/Land Quenotte do Feroleto e Nilson Moreira da Silva/ Magnums Martini.
No Adestramento, o melhor resultado foi de Márcio Carvalho Jorge (-29.4), seguido de Marcelo Tosi (-36.4), Márcio Appel e Henrique Pinheiro, empatados em – 37.9 e Nilson Moreira da Silva (- 41.4).

No Cross-country, uma queda levou à eliminação de Henrique Plobom, que competiu individualmente, na competição. Márcio Jorge voltou a fazer o melhor resultado para o Brasil, com 9.6 pontos perdidos (pp), pista zerada e penalização apenas por excesso de tempo. Marcelo Tosi finalizou a prova com 11.2 pp, Márcio Appel com 49.2 pp e Nilson Moreira fechou com 58,4 pp.
Com um atleta a menos na equipe (sem descarte), o Time Brasil apostava no Salto para melhorar o resultado, mas nenhum dos quatro conjuntos em pista zerou o percurso: Márcio Jorge cometeu duas faltas e perdeu 8 pontos; Tosi e Appel computaram 18 pp cada, e Nilson Silva, 20 pp.

Somados os resultados das três provas, Márcio Carvalho Jorge/Coronel MCJ foi o melhor resultado do Time Brasil com a 32ª colocação, totalizando – 47,0 pontos. Marcelo Tosi/Genfly Agromix em 53º lugar (-65.6); Márcio Appel/Iberon JMen em 68º (- 105.1) e Nilson Moreira da Silva/ Magnums Martini em 69º (-119.8). Participaram da disputa 82 conjuntos top mundiais. No cômputo geral das equipes, o Time Brasil ficou em 15º lugar, totalizando -217,7 pp.
Os inventores da modalidade, os britânicos, voltaram a ser o destaque do Jogos Equestres Mundiais. Com apenas 88.8 pontos perdidos ao longo das três provas faturaram o ouro por equipe. A medalha de prata ficou com a Irlanda (93.0 p.p) e o bronze com a França (99.8 p.p).

Na disputa individual, a britânica Rosalind Canter montando Allstar B conquistou o ouro com 24,6 p.p. contabilizados no Adestramento, uma vez que a amazona zerou no Cross-country e no Salto. A medalha de prata individual também foi para a Irlanda, na performance de Padraig McCarty montando Mr. Chucky. O bronze ficou com Ingrid Klimke/SAP Hale Bob Old, da Alemanha.
Competindo nas oito edições dos Jogos Equestres Mundiais, o melhor resultado da equipe brasileira de CCE foi o 7º lugar registrado em 2014, na Normandia. O próximo grande desafio do Time Brasil de CCE é o Sul-Americano 2018, de 18 a 21 de outubro, na Argentina. Já em 2019, os Jogos Pan-americanos no Peru são válidos como qualificativa olímpica. As primeiras equipes em Tryon já garantiram as vagas de seus países para Toquio 2020.

Foto: FEI
O Brasil ainda compete nas modalidades Salto, Adestramento Paraequestre, modalidades com chances de medalha, e também Volteio. Todas as informações: www.tryon2018.com ou www.fei.org.
Colaboração: Assessoria CBH
Fotos: Luis Ruas/CBH