Moradora da cidade de Guarulhos/SP ela treina no Gui Ranch, na cidade de Paraibuna/SP
O primeiro contato de Anália Cristina Fonseca Vinhas com os cavalos foi quando era criança. “Passávamos as férias em Sorocaba, na fazenda com meus avós e meu tio Jonas já mexia com cavalos e rodeios. Mais tarde essa paixão acabou transferindo para a sobrinhada”.
Hoje, não só Anália adora estar nas arenas, mas seu primo Waltinho dos Santos é locutor de rodeios e narra todas as emoções das montarias. Seu outro primo Thiago Boava tem uma marca de roupas, a Hey Roy, com presença marcante em grandes rodeios do país também. “Ele faz entrevistas e interpreta falas de cowboys americanos, mais uma das paixões do velho tio Jonas (risos). Temos muito o que agradecer essa influência dele nas nossas vidas”.
O Breakaway Roping Analia conheceu no Texas, no rancho do brasileiro Frederico Werneck em 2015. “Nesse mesmo ano assisti a prova em Avaré, no Congresso da ABQM, uma apresentação das meninas. Foi contagiante até que voltei para casa decidida a aprender”. Três meses depois ela participou do Campeonato Nacional da ABQM. “Loucura total, mas essa sou eu (risos)! Está na minha essência”.
Para a laçadora, é uma paixão dura até hoje, superando até seu amor pelos Três Tambores. “Hoje me dedico mais ao Laço do que ao Tambor. Adquirimos dois animais e contratamos um profissional para ajudar nos treinos. O ‘Turra’ treina nossos cavalos, que ficam no Gui Ranch, aos cuidados do Gui, meu parceiro de provas e de estrada”.
Analia se sente muito melhor quando está dentro da pista, seja treinando ou competindo. São com os cavalos os seus melhores momentos do dia a dia. Outra alegria é ver no filho outro apaixonado por cavalos. “Graças à Deus meu filho puxou pra mim e tem dividido comigo toda essa paixão pelo esporte”. A competidora aproveita para comemorar o crescimento do Breakaway e sua visibilidade.
Só no Campeonato Nacional da ABQM agora em julho, foram 48 inscrições, 16 competidores e 31 cavalos participando. “Também aumentou o número de provas que incluíram a modalidade em suas programações. É um trabalho árduo fomentar e fortalecer um esporte, mas as associações como ABQM e ANLI, e grandes provas como as da ARLI, CPTR, Revolution, nos apoiam”.
Anália reforça que A ARLI cedeu espaço para a Copa GA, o primeiro campeonato no Brasil exclusivamente de Breakaway Roping. “As provas de Laço Individual e Laço em Dupla já olham o Breakaway com bons olhos. Mas, sentimos falta do apoio do rodeio. No início abriu espaço, mas espero que possamos um dia, muito em breve, voltar a laçar nas arenas do Brasil”.
Em julho, Anália foi segundo lugar na categoria Aberta Feminina de Breakaway durante o Campeonato Nacional da AQBM. Montando Gabino Trouble Cody, laçou em 4s495. Já correu 30 provas pela ABQM ou oficializadas, somando 12,5 pontos. Entre os títulos, ganhou o Congresso na categoria Feminina Principiante em 2016.
“Para finalizar, gostaria de dizer para as meninas que querem ingressar e ainda não se decidiram, que não é fácil, mas ninguém nasce sabendo. Que tudo na vida se aprende e basta querer e investir nos seus sonhos que Deus abençoa.” Para ver mais conteúdo como esse clique aqui.
Por Luciana Omena
Colaboração: Lucy Fazzio