Gabriela Savio, umas das pioneiras na modalidade, ministrou curso em Brotas/SP, de 10 a 12 de janeiro
O Haras Cowboy do Rei, em Brotas/SP, viveu momentos marcantes nesse começo de 2020. Em outras palavras, uma das pioneiras do Breakaway Roping Feminino no Brasil, Gabriela Savio, ministrou um curso da modalidade.
“O Breakaway Roping está em crescimento aqui no Brasil. E, sem dúvida, quanto mais adeptas conseguirmos para modalidade melhor! As meninas sempre me perguntam no Instagram a respeito de cursos, por isso resolvi montar esse”, conta Gabriela Savio.
Experiente e versátil, Gabi é uma referência no Brasil para o Breakaway. Conta com 17,75 pontos na ABQM na modalidade, por exemplo. Entre os títulos mais recentes, campeã Nacional ABQM na Aberta Feminina 2019.
“Optei por fazer o curso agora, já que o começo de ano é mais tranquilo, não tem tanta prova”. Todavia, Gabi garante: tentará formatar outros ao longo da temporada. Nesta oportunidade compareceram nove meninas, nível iniciante.
“O que mais gostei deste curso é que a maioria nunca havia pego em uma corda. Dessa forma, logo no primeiro dia já estavam batendo cavalete de cima da sela. Todo mundo saiu aqui de casa laçando e foi muito legal”.
Foi o quarto curso ministrado por ela. “Nunca vi um avanço tão grande em pouco tempo como nesse grupo, muita dedicação”. A treinadora conta que nos três dias de curso trabalhou bastante giro, arremesso, posicionamento.
“Fiz com elas bastante cavalete do chão e da sela, a famosa ‘panelinha’ no chão que elas odeiam (risos). Também laçada de cima do brete em bezerros de verdade, montadas nos cavalos laçando a vaquinha em várias velocidades. Enfim, fiquei muito satisfeita com o curso!”
Aprendizado
Marcela Soriani, de Uberlândia/MG, está entre as meninas que não tinha nenhuma intimidade com a corda. “O primeiro dia foi aquele desastre. Pensei comigo que se em três dias eu conseguisse acertar o cavalete, já estaria ótimo”, conta.
De acordo com ela, Gabi deixou todo mundo a vontade logo no começo. Deu uma tranquilidade de saber que, como ela, outras meninas também nunca tinham laçado. “A ideia era fazer errado mesmo para que a gente aprendesse. Sem ter vergonha de nada”.
Surpreendentemente, conforme Marcela mesmo afirma, no final do primeiro dia já estava arriscando as primeiras laçadas. “Em três dias de curso sai de lá laçando a vaquinha montada a cavalo! Sem dúvida, a paciência, atenção e objetividade da Gabi como instrutora foram os diferenciais. Mesmo as meninas estando muito comprometidas com o curso”.
A existência de cursos é importante para o crescimento e fortalecimento do Breakaway Roping. Marcela acredita que toda praticar, para ser bem feita, exige técnica. Não só para o esporte a cavalo, mas também para qualquer outra área da vida.
“Enxergo o curso de Breakaway exatamente assim! Você precisa conhecer a técnica para poder executar da melhor forma possível. Ainda mais o ato de laçar que, a princípio, é algo muito comum nas fazendas. Todo peão precisa saber laçar, mas laçar Breakaway exige técnica e treino. Dessa forma, só consegue-se atingir com um curso ou instrutor. Além de, indiretamente, profissionalizar e deixar mais competitiva a modalidade!”
Por Luciana Omena
Fotos: Lucas Campos
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