A Associação Brasileira de Equitação de Trabalho encerrou 2020 com sucesso total. O Campeonato Brasileiro Virtual de Equitação de Trabalho aconteceu de 1° a 5 de dezembro e o feedback foi totalmente positivo.
Antes de mais nada, a competição manteve o mesmo formato da Batalha Virtual e da Copa Brasil: divulgação dos croquis, inscrição, envio de vídeos, julgamentos e divulgação dos resultados. Portanto, para concorrer ao título brasileiro, os conjuntos inscritos tiveram algumas regras. Entre elas, se participou de pelo menos duas etapas das três anteriores da Copa Brasil.
Assim, o Campeonato Brasileiro Virtual de Equitação de Trabalho foi uma prova única, todos contra todos, em cada categoria. Os que não atenderam o critério de participação prévia, também participaram. Entretanto, a performance deles não contou para a planilha final de resultados. Valia os títulos nacionais de 2020 e o percurso ofereceu dificuldade aos conjuntos.
Avaliação
De acordo com Ney Messi, presidente da ABET, foi um desfio para toda a diretoria. “Nenhum de nós, até março desse ano, quando fizemos a primeira etapa, e ainda não se falava em pandemia, nunca tínhamos nos visto em uma situação dessa. Acima de tudo, achávamos que seria impossível fazer uma prova virtual de Equitação de Trabalho”.
Contudo, a ABET precisou voltar de alguma forma. Foi aí que elaboraram a I Batalha Virtual, através das redes sociais da Associação. “Foi uma espécie de brincadeira, com o intuito de movimentar a modalidade e animar os competidores, que estavam a meses sem provas, já que em julho tudo ainda estava fechado”, reforça Messi.
Em outras palavras, a diretoria descobriu que sim, havia uma forma de adaptar o julgamento para a fase de Maneabilidade e fazer uma prova em formato virtual. “Um dos maiores ganhos de tudo isso, que culminou com o Brasileiro, foi o fato dos competidores poderem gravar os vídeos quantas vezes necessário até enviar. Dessa forma, houve um ganho grande em performance, já que repetiram o percurso diversas vezes até considerar que estava bom para o julgamento”.
Por outro lado, o virtual permitiu que muito mais pessoas tivessem acesso à modalidade. Os vídeos disponíveis no youtube da associação foram vistos e revistos no período que estavam à disposição do julgamento. Então, além de treinar bastante a sua própria apresentação, os competidores acompanharam melhor, por exemplo, a prova de nível avançado. “Aprendizado de todos os lados. Esse, sem duvida, foi o grande sucesso dessa temporada 2020”.
Destaques
Segundo Ney Messi, a ABET recebeu relatos até de pessoa de fora do Brasil. “Um dos grandes destaques foi o acesso à modalidade. Não apenas de todo o Brasil, como também de fora. Tivemos contatos de pessoas de Portugal e Espanha, por exemplo. Outro caso foi um amigo do Maranhão, simpatizante da Equitação de Trabalho, que conseguiu participar com esse formato virtual”.
Para alguns, de fato, seria impossível fazer uma prova valendo de Equitação de Trabalho. Imagine levar um cavalo do Maranhão para uma das regiões centrais do Brasil onde ocorrem as provas. Com toda a certeza, inviável do ponto de vista financeiro. “Então, esse alcance foi sensacional. Desde julho para cá, além dos estados que já realizamos campeonatos, São Paulo, Minas Gerais, Brasília, Goiás, recebemos vídeos de pessoas do Nordeste, Norte e Sul”.
Outro ponto de destaque citado pelo dirigente foi a visibilidade que a Equitação de Trabalho conseguiu. “Todo mundo falando da modalidade, comentando e participando em massa. As etapas da Copa Brasil e dos regionais tiveram, em média, 150 inscrições, um recorde. Para o Brasileiro, como havia regras de participação e o receio de alguns pelo percurso ser mais difícil, esse número caiu um pouco. Mas já esperávamos, já que no presencial acontece da mesma forma”.
O saldo, afinal, foi totalmente positivo na avaliação da ABET. “O retorno direto dos competidores, toda a informação que chegou pra gente, em sua totalidade, foi altamente favorável. Tivemos alguns desconfortos, mas causados pela confusão dos participantes quanto as regras e o formato virtual, que foi algo novo para todos”, reforça Messi.
Expectativas da Equitação de Trabalho para 2021
Primeiramente, toda temporada normal da modalidade só começa de março em diante. Então, a ABET tem um tempo bom para resolver todas as questões e aguardar o desdobramento referente à crise importa pelo novo coronavírus. “Sempre tivemos reuniões de definição do calendário, entre outros assuntos, em dezembro. Entretanto, marcamos para a segunda quinzena de janeiro, a fim de aguardar os próximos acontecimentos no Brasil e no mundo”.
A ABET não possui recursos em abundância para realizar as provas presenciais seguindo todos os protocolos sanitários exigidos. Em outras palavras, o mais sensato é aguardar e esperar que até março a situação do País esteja melhor . “Não temos como programar sem saber o rumo que as coisas vão tomar. Nossa expectativa é abrir a temporada 2021 no final”.
Todavia, Ney Messi afirma: “as provas virtuais não sairão do calendário da ABET. Manteremos as etapas virtuais para o ano que vem, com o intuito de manter a visibilidade da modalidade e o alcancee de todos ao nosso esporte.” Todas as informações: abetequitacaodetrabalho.wordpress.com | @abet_brasil_et_oficial.
Por Luciana Omena
Crédito das fotos: Divulgação/Ney Messi
Na foto de chamada: Roberto Rahu e Artemis da SASA JE, conjunto campeão da Intermediária
Veja mais notícias no Portal Cavalus