Caso de A.I.E. no Jockey de Sorocaba está controlado

Entidade tomou todas as medidas necessárias e enviou comunicado para esclarecer os fatos

Em decorrência da detecção em exame laboratorial de um animal positivo para Anemia Infecciosa Equina – A.I.E., o Jockey Club de Sorocaba soltou um comunicado, em 14 de novembro, informando publicamente as medidas adotadas para controlar a situação. Primeiro ato realizado foi a interdição do local para trânsito de animais pelo Escritório de Defesa Agropecuária – EDA Sorocaba.

“Este procedimento é comum nestes casos e visa impedir eventual propagação. Logo detectado o problema, o Jockey Club de Sorocaba tomou todas as providências necessárias com o objetivo de minimizar as consequências e dar proteção à nossa população equina”, falou a nota assinada pela Comissão de Corridas.

A partir de agora, a entidade sanitária realizará a eutanásia no animal positivo e irá proceder novos exames em todos os outros animais alojados no JCS. Assim que liberados os resultados conforme legislação, a entidade será desinterditada. É importante reafirmar que as atividades dentro do hipódromo continuam normais. As corridas marcadas para o dia 24 de novembro seguirão conforme calendário.

O A.I.E.

Algumas doenças quando diagnosticadas positivamente levam ao sacrifício do animal e a interdição da propriedade por tempo estabelecido pelo Ministério da Agricultura.

Dentre as mais importantes na equideocultura temos a Anemia Infecciosa Equina. A A.I.E. é uma doença causada por vírus, transmissível e incurável, que infecta somente equídeos, cavalos, asininos e muares, independente de raça, sexo e idade.

Os sinais clínicos da doença são bastante variáveis e podem produzir três diferentes síndromes: aguda, crônica e inaparente. A forma aguda normalmente não é comum e seus sinais clínicos são não-específicos, podendo aparecer de algumas formas. Uma delas, febre não continua (39º a 41ºC).

E também com pontos hemorrágicos nas mucosas; fraqueza e cansaço; redução ou perda de apetite; perda de peso; icterícia; edema em membros, abdômen prepúcio e anemia de moderada a severa.

Animais que sobrevivem ao episódio inicial progridem para forma crônica, apresentando os sinais clássicos da doença. Estes tendem a serem letárgicos, anoréxicos, anêmicos, apresentam edema e demonstram decréscimo no número de plaquetas coincidente com a febre.

A forma inaparente aparece na maioria dos animais positivos em testes sorológicos. Não há aparecimento de nenhuma anormalidade clínica resultante da infecção. Porém, estes continuam portadores do vírus por toda vida, podendo propagar assim a doença.

A transmissão da A.I.E ocorre através de picadas de insetos que se alimentam de sangue (mutucas, mosca do cavalo, dos estábulos); uso compartilhado de materiais contaminados com sangue infectado (agulhas, seringas, esporas, freios, arreios, dentre outros); leite e sêmen.

Fonte: JCS e Dra. Patrícia Bernardes Balducci
Foto: Cedida/Ilustração

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