Você já ouviu falar em Syndicates? Realidade no turfe Europeu, Asiático, Americano, e agora muito forte na Austrália, os Syndicates são condomínios de cavalos de corrida.
O treinador Fabrício Borges possui mais de 25 anos de vivência no esporte e neste período teve algumas experiências internacionais em Dubai, França, Alemanha, Suécia e Noruega, quando conheceu os Syndicates.
Em 2016, quando retornou ao Brasil, notou que seus antigos clientes já não estavam atuando no esporte. “Aí me deparei com o que está acontecendo com o Turfe no Brasil: não há renovação, o público jovem até tem certo interesse pelo esporte, mas por ser uma atividade com altos custos e risco, a renovação é muito lenta”, afirma.
Foi aí que veio a ideia de implementar o primeiro Syndicate no Brasil. “Tentei encontrar um investidor, mas ninguém acreditou na ideia. Então, eu mesmo pensei…se no mundo inteiro isso dá certo, vou encontrar uma forma de dar certo aqui”, relembra.
Borges se uniu a sua esposa Adriana e juntos idealizaram o projeto Syndicates Brasil, com o objetivo de popularizar o Turfe, fazendo as pessoas conhecerem e se apaixonarem pelo esporte e pelos cavalos de corrida.
“Para pessoas que estão interessadas em cavalos de corrida, esse modelo oferece uma oportunidade única de se envolver nessa modalidade emocionante de entretenimento, mesmo não tendo conhecimento e experiência. E também oferece aos mais experientes a oportunidade de serem cotistas de cavalos sem ter que supervisionar os cuidados diários e o treinamento do animal”, explica o idealizador do projeto.
Por ser diluído por cotas, o projeto torna-se acessível, pois os valores e riscos ficam baixos, além disso, todos os valores adquiridos com as premiações dos animais serem divididas por todos os cotistas.
No modelo implementado no Brasil, um ou mais cavalos da raça puro sangue inglês são arrendados e divididos em 100 cotas por um período, com a finalidade de competir nas corridas no Hipódromo da Gávea. “Toda assistência como: treinamento, alojamento, alimentação e assistência veterinária é administrada pela Syndicate Brasil. O cotista fica livre de qualquer responsabilidade com cuidado diário”, afirma Borges
“As cotas deixam a aquisição mais acessível, a um custo mais baixo, assim proporcionando a chance das pessoas entrarem no mundo do turfe com baixo investimento”, pontua.
Primeiras cotas do Syndicate Brasil
Segundo Borges, o primeiro projeto do Syndicate Brasil foi realizado com uma receita de apenas R$ 50 mil e dois cavalos mais velhos, com 5 anos. “Para o projeto sair barato e conseguir vender a ideia, fiz em sistema de arrendamento e com período inicial e final de 5 meses. Os animais foram escolhidos a dedo e o resultado foi fantástico”, ponta.
No primeiro projeto, os animais foram divididos em 100 cotas, e destas 76 foram vendidas. As 24 restantes foram assumidas pelo investidor. Dentro das cotas vendidas, haviam 49 pessoas diferentes de 11 estados do Brasil, além de três de outros países como França, Noruega e Suécia. “Neste grupo, 30 pessoas estavam adquirindo seu primeiro cavalo”, ressalta Borges.
O resultado foi imediato. Na primeira corrida do cavalo no conjunto, vitória logo na estreia! “Reunimos 46 pessoas na foto da vitória”, relembra animado.
“Para implantar a ideia aqui, tive que trabalhar duro e mostrar que o negócio era muito sério e transparente. Muito difícil de gerar credibilidade em uma novidade como essa”, afirma o investidor.
Projeto 2022 de cavalos de corrida
Nesse novo projeto chamado Projeto 2022, foram adquiridos dois produtos da geração 2020, com dois anos, para competir nas corridas de cavalos no ano que vem. Foram dois animais selecionados por pedigree e estrutura física.
Neste projeto, assim como o anterior, o lote dos dois animais foi dividido em 100 cotas. “Cada cota cobrirá os valores de aquisição, manutenção, alojamento, alimentação, treinamento e assistência veterinária por 18 meses. Quem adquirir uma cota não terá que pagar nada a mais durante estes 18 meses. Após, haverá uma assembleia para discutir o futuro dos cavalos de corrida. Então iremos decidir qual será o futuro de cada equino e todos os prêmios conquistados pelos animais serão divididos por todos os cotistas”, explica Borges.
O projeto Syndicate Brasil oferece ainda um canal direto via grupo de WhatsApp em que são enviados com frequência informações relevantes sobre os animais, como notícias, fotos, vídeos e planejamento dos animais. Além disso, todos os meses os cotistas recebem um relatório por e-mail com detalhes financeiros do projeto.
Todo cotista tem acesso direto a “Conta Prêmio” online no site do Jockey Club Brasileiro, podendo assim conferir como estão as premiações dos animais.
O projeto está com cotas disponíveis e para mais informações acesse: https://syndicatebrasil.com.br ou @syndicate.brasil.
Por: Camila Pedroso
Fotos: Divulgação/ Arquivo
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