O hipismo é um dos esportes olímpicos que mais necessitam de planejamento cuidadoso. Isso porque, além dos cavaleiros e das amazonas, os cavalos viajam. O transporte dos animais exige processo complexo e demorado. Saiba como o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) fará para levá-los até Paris, para a disputa da Olimpíada que se iniciará no dia 26 de julho.
O Brasil terá nove cavalos em Paris 2024. Todos eles passam por cuidadoso processo de documentação e exames antes do embarque. Os animais também são colocados em quarentena durante período que varia de acordo com o estipulado pelos órgãos de cada país.
Para o transporte, os cavalos são colocados em três containers separados (cada um fica com três animais). Junto deles, viajam dois veterinários/tratadores, que têm credencial específica por serem especializados no hipismo. Em média, são levados três cases de 180 kg com os materiais de trabalho dos profissionais.
Na hora de separar os animais de montaria, é importante prestar atenção – dois garanhões não podem viajar no mesmo contêiner, pois podem brigar e causar acidentes. Todos os cuidados são tomados para que os cavalos não tenham nenhum tipo de estresse e, na chegada, é feito trabalho de recuperação da viagem e adaptação às novas cocheiras e espaço de treino.
Cavalos custam milhões de dólares
“O transporte dos cavalos do Time Brasil tem algumas particularidades. Primeiro, pelo valor, são animais que custam milhões de dólares. Os cavalos não podem passar por nenhum estresse em toda a viagem. E isso pode acontecer, se você não tiver atenção. Por isso, trabalhamos nos mínimos detalhes”, disse Joyce Ardies, gerente de Jogos e Operações Internacionais e subchefe da Missão Paris 2024.
Outro esporte exige cuidados logísticos especiais
Além do hipismo, a vela exige atenção especial na logística. É necessário que se tome cuidados redobrados para o transporte dos barcos utilizados pelos atletas brasileiros na Olimpíada. Os equipamentos vão sair de Portugal, o que facilita o processo pela proximidade maior com a França, onde será disputada a competição, mas, ainda assim, há muitos desafios.
Os barcos são frágeis e precisam ser levados em caminhões, contêiners e reboque na carreta. Qualquer erro no transporte pode danificar os objetos, influenciando completamente no desempenho dos atletas, já que não haveria tempo para comprar outro exemplar. Por precaução, alguns barcos reservas são incluídos.
Seis barcos da vela serão transportados pelo COB, além de 17 outras embarcações – quatro botes usados por treinadores para acompanhar as competições, dois barcos do remo (sairão da Itália), cinco barcos da canoagem e seis canoas e caiaques da canoagem slalom (sairão do Brasil).
Fonte: No Ataque
Foto: Reprodução/Internet
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