Rédeas de Ouro consagrou os campeões em prova disputada!

Rusticidade e habilidade são duas características da raça que ficam evidenciadas com mais esse super evento promovido pela ABCCC
Gilsinho Diniz, Pedro Rizzo (ex-lutador de MMA
que se apaixonou pela modalidade) e
Antônio Corrêa. Foto: cedida

O Cavalo Crioulo se estabeleceu na América, principalmente na Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru e sul do Brasil. Tornou-se um símbolo da cultura nesses países. Rusticidade e resistência e, ainda, habilidade, são características da raça que marcam a participação em provas de diversas modalidades, ganhou o Brasil, foi além das suas fronteiras originais. Quando pensamos em cavalo Crioulo, sul do Brasil, também acessamos na memória o maior evento da raça, o Freio de Ouro. Hoje em dia, ela não fica somente restrita ao Freio. Temos notícias recentes de exemplares Crioulos em provas de Ranch Sorting e Vaquejada, por exemplo, mas na Rédeas, a história é mais antiga. A participação do Cavalo Crioulo na Rédeas é marcante e nada mais justo que a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Crioulo – ABCCC ter criado o Rédeas de Ouro.

E, após três dias de intensa disputa, a 5ª edição do Rédeas de Ouro, evento exclusivo para cavalos da raça Crioula, conheceu seu grupo de campeões na temporada 2017. Foi entre os dias 28 e 30 de setembro que o município de Campina Grande do Sul/PR viu passar pela pista da maior arena coberta do país os 112 concorrentes divididos em nove categorias. Os competidores e seus animais disputaram títulos de Potro do Futuro, Campeonato Nacional e Snaffle Bit e ainda R$ 85 mil em prêmios.

Sexta e sábado à noite foram reservados para as duas principais disputas na categoria Aberta, no Potro do Futuro e no Campeonato Nacional. Gilson Diniz Filho subiu ao lugar mais alto nas duas provas. Foi campeão Nacional de Rédeas ABCCC com Craque Marca dos Santos e campeão Potro do Futuro com Ilha Bela da Roraima, empatando com Antônio Corrêa, montando Uva Branca do Trinta e Oito. Gilsinho tornou-se bicampeão nas duas categorias no Rédeas de Ouro. Lembrando que ele tem uma história muito vencedora com a raça, tendo títulos também em outras provas, como a extinta Copa Querência.

Gilsinho Diniz e Ilha Bela da Roraima.
Foto Felipe Ulbrich/ABCCC

“A conquista é sempre muito bem vinda e esse foi evento muito especial. Deu tudo certo, graças a Deus. Ganhei o Nacional com o Craque, um cavalo diferente e um dos melhores que montei. Estou muito satisfeito, sinal que o trabalho está dando certo e que estou fazendo a coisa correta. E no Potro do Futuro, muito feliz também de conquistar esse título com essa égua, Ilha Bela, que é especial para mim. Mas, principalmente, por ganhar ao lado desse grande amigo. Isso significa que eu passei para ele o meu melhor, é uma satisfação dupla”, comentou Gilsinho, que voltou para casa como o cavaleiro mais premiado do evento.

Para Antônio Corrêa, é um orgulho compartilhar o título com o companheiro de longa data. “Estou feliz por vários motivos. Um deles é que esta égua foi produzida por nós, da Cabanha Trinta e Oito. Desde a primeira vez que colocou bocal até hoje, eu estive em todos os primeiros momentos dela, então é uma alegria alcançar esse mérito.” E os três têm uma história curiosa. No Rédeas de Ouro do ano passado, Alemão e Uva Branca estavam treinando na pista do Raphaela, em São Paulo, para a disputa do Snaffle Bit, quando o treinador caiu e quebrou o braço. Quem assumiu as rédeas foi justamente Gilsinho, e foram campeões.

Francielle Wisciniemski, com Tarado do Trinta
e Oito. Foto: Felipe Ulbrich/ABCCC

Uva Branca entrou em pista quatro vezes, ganhou três provas com Alemão e uma com o Gilsinho. É a égua crioula mais premida em Rédeas 2016/2017.

As mulheres dominaram os resultados nas categorias Amador. No Nacional, a campeã foi Francielle Wisciniemski, com Tarado do Trinta e Oito; e o segundo lugar ficou para Verónica Regueira, com Alcapone 001 da Sorsul; Na Principiante, vitória de Debora Freitas, montando Ursa Maior do Trinta e Oito; Na Iniciante, a melhor foi Fabiani Odorizzi, montando Caiçara da FML; e em segundo lugar ficou Renata Kreusch, com Brinquedo da Agua Grande. No Potro do Futuro, Nathalia Schutz foi a campeã montando Urso Branco do Trinta e Oito; e para encerrar,  Aline Sbrizia montando Jubilei da Roraima, foi a campeã no Snaffle Bit.

Eduardo Suñe, presidente da ABCCC, e
Laércio Casalecchi. Foto: cedida

As provas foram julgadas por Hiram Resende da Silva Filho, Reginaldo Melo Rosa, Marcos Antônio da Silva Junior, Paulo Koury, Renato Heyman e Renata Ricci. O presidente da ABCCC, Eduardo Suñe, também esteve presente.

Outro momento marcou o evento. O técnico da ABCCC responsável, Gustavo Arhanitsch, também teve o compromisso de julgar o selo de raça do Rédeas de Ouro 2017. “Esses dois cavalos são exemplos do que a gente busca dentro da raça Crioula.” Foi um julgamento de morfologia dos animais inscritos nas provas. O campeão ficou para Esquilador do Trompaço e o reservado para Napoleão da Emaisa.

“Em nome da ABCCC, quero agradecer a todos que nos ajudaram a realizar essa quinta edição do Rédeas de Ouro. Foi mais um grande evento com um nível técnico altíssimo, provas muito acirradas, obrigado a todos os competidores, proprietários, criadores, participantes, enfim, a todos que de alguma forma doaram seu tempo, esforço, para realização do nosso evento. Unidos, nossa modalidade cresce e se fortalece cada vez mais. O Rédeas de Ouro é também uma prova onde surgem novos talentos, foi show! Parabéns e obrigado a todos”, comentou também Antônio Corrêa, presidente da Subcomissão de Rédeas da ABCCC, lembrando que setembro do ano que vem o encontro já está marcado, em Campina Grande do Sul novamente.

Mais informações e resultados completos: www.abccc.com.br | www.facebook.com/cavalocrioulooficial

Por Luciana Omena
Colaboração AgroEffective Comunicação

Na foto Principal: Gilsinho e Craque Marcas dos Santos. crédito Felipe Ulbrich/ABCCC

 

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