Os Estados Unidos venceram a guerra contra o México no Século 19. Ao colonizarem o sul do País, adotaram alguns costumes espanhóis, como a doma e as festas populares. Antes de mais nada, a palavra rodeio vem do verbo espanhol Rodear, que significa juntar e mudar o gado de lugar.
Durante as tarefas no campo, então, os cavaleiros tinham que suportar os pulos de animais xucros e laçar novilhos para marcar e curar. Certo dia, em uma roda de amigos, alguém perguntou: quem é o melhor? E assim surgiu o primeiro rodeio, em Deer Trail, Colorado, em 1869. Em seguida, Pecos, Texas, também realizou um rodeio, em 1883. Logo depois, foi a vez de Prescott, Arizona, em 1888.
A partir dai a prática se espalhou por todo o oeste americano. Até que surgiu a primeira associação em 1929: Rodeo Association of America. Hoje, são dezenas de entidades espalhadas pelo mundo.
No Brasil, o rodeio começou em Barretos/SP, na década de 40. Nas pausas do transporte de gado, a diversão dos peões de boiadeiro era a montaria. Desse modo, a primeira prova oficial em Barretos aconteceu em 1956, somente com montarias em cavalo e peões representando as comitivas estradeiras.
Por conseguinte, a montaria em touros surgiu no final da década de 70 e desde então atrai uma legião de fãs. A realização do rodeio em terras brasileiras é amparada pela Lei Federal N° 10.519, de 17 de julho de 2002. Define condições mínimas para a prática da atividade. Desde o uso obrigatório de equipamentos adequados e padronizados até os cuidados essenciais com os animais.
A premiação, que no começo era um agrado, transformou-se em quantias milionárias por todo o mundo. Em muitos lugares, o rodeio é um conjunto de entretenimento, esporte e agrobusiness.
História do rodeio
O rodeio tem uma imagem popular western ligada aos Estados Unidos. Mas, na verdade, cresceu a partir das práticas de fazendeiros espanhóis e seus vaqueiros. Uma mistura de touradas (bullfighting) e derrubada de boi (bullddoging) no Século 16. Movimento, sobretudo, que faz parte do antigo mundo mediterrâneo, uma tradição antiga, que inclui a Espanha.
Os antigos Minoans de Creta (civilização da Idade do Bronze) praticavam salto, montaria e luta em touros. E há uma ideia de que foram eventos esportivos olímpicos dos gregos antigos, espalhados por toda a Nova Espanha até chegar aos Estados Unidos no Século 19.
Nesse tempo, as apresentações de equipes como a de Bill Picket/Miller Brothers 101 Ranch ou de Buffalo Bill era o que chamava atenção. Demonstrações e acrobacias usando touros, por exemplo, se espalhavam pelo Velho Oeste e até para o mundo. O estilo faroeste dessas apresentações gerou diversas estrelas westerns.
Por serem eventos de entretenimento, rapidamente chamaram atenção de empresários e investidores. De fato, o rodeio como é hoje tomava forma nessa época. Ao poucos, de só entretenimento e sustento de muitos, tomou cara de esporte. Dessa forma, surgiu a necessidade de padronização das competições. Até que se chegou a era das associações de rodeio.
Por volta de 1930, apresentações e competições já faziam parte da programação do rodeio. Aos poucos, o esporte afunilou. Fazem parte, portanto, hoje em dia: montaria em touros, montaria em cavalo – sela americana, bareback e cutiano (só no Brasil) -, laço – dupla, bezerro, steer roping (só nos EUA) e breakaway -, bulldog e três tambores.
Por todo o globo, o rodeio forma um perfeito conjunto de animais, competidores e profissionais em busca de sustento, fama e reconhecimento.
Fonte: Thiago Arantes, Wikipedia
Crédito da foto de chamada: Pecos Rodeo
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