Você conhece a história da Associação Os Independentes de Barretos?

O clube realiza há 64 anos a maior festa do peão da América Latina

A Associação Os Independentes, criadora e promotora da Festa do Peão de Barretos, comemorou no último dia 15 de julho 64 anos de fundação. Em 1955, 20 jovens criaram o clube Os Independentes. No ano seguinte, promoveram um evento para arrecadar fundos para entidades assistenciais da cidade, em uma festa em comemoração ao aniversário de Barretos.

Primeiro Clube e depois Associação, Os Independentes foi fundado por Abdo El Karin Gemha, Antônio Renato Prata, Dino Scannavino, Edson Gemha, Élio Alves Garcez, Floriano Machado Coutinho, Horácio Tavares de Azevedo, Hosny Daher, Jamil Nicolau Mauad, Joaquim Luis Goulart, José Sebastião Domingos, Licínio Gomes, Luiz Agostinho Brandão, Osvaldo Monsef, Orlando Araújo, Paulo Coimbra, Paulo Pereira, Rubens Bernardes de Oliveira, Rubens de Oliveira e Saulo Junqueira Franco.

Fundadores

A este grupo, somaram-se mais 12 membros – Carlos J. T. de Andrade, Carlos Roberto Galli, Cássio Junqueira Nogueira, Cyrano Diniz Pereira, Hélio Bruno Barbosa, João dos Santos Filho, José de A. Lima, Orestes de Ávila, Otávio F. Andrade, Rhateb Cury, Udelson Gemha, que iniciaram, em 1956, a primeira Festa, em uma lona de circo.

No aniversário de 64 anos, realizado durante assembleia no Rancho CMT, no Parque do Peão, houve a presença dos fundadores Antônio Renato Prata, Horácio Tavares de Azevedo, Orlando Araújo, Paulo Pereira e José B. Tupynambá, que foram homenageados. Os convidados nessa ocasião foram brindados com um almoço típico Queima do Alho, no Rancho Ponto de Pouso.

Fubdadores

“Foi uma honra poder contar com a presença destes verdadeiros revolucionários. De uma amizade criaram esse evento que hoje traz tanta movimentação econômica e geração de emprego para nossa região. E ainda mantém viva a tradição da cultura sertaneja. Nosso carinho e gratidão a todos que começaram nossa história”, afirmou Ricardo Rocha, presidente de Os Independentes.

Para Mussa Calil Neto, que foi presidente de Os Independentes 1984 / 1985 e membro da ABC, todos nós podemos agradecer a esses 20 Fundadores de ‘Os Independentes’. “A Festa maior que têm o peão boiadeiro como estrela principal foi crescendo, ganhou maioridade e é reconhecida e respeitada em todo nosso país. Atualmente é conhecida internacionalmente por sua grandiosidade. Superou o amadorismo e as ‘bagunças’ das décadas iniciais e se transformou no motor pujante de desenvolvimento turístico de nossa cidade e região. Muito já foi feito, mas muito há de se fazer”.

Fundadores no aniversário de 64 anos de Os Independentes. Foto: Diego Rodrigues

Para ele, a Associação não mede esforços na valorização cultural, histórica, social e humana do peão boiadeiro. “Como integrante do Clube, quero manifestar meu respeito e admiração por esta Associação. Expresso ainda minha satisfação em poder fazer parte desta história de progresso e crescimento, mas com os olhos voltados aos princípios e valores daqueles 20 fundadores. Como grande organização que é, tem-se debruçado no crescimento e inovação, devendo pautar-se dentro de um grande projeto planejado e pensado para nosso Parque do Peão. Grandes projetos para grandes obras permanentes”.

A primeira Festa do Peão em 1956 foi realizada em dois dias, 25 e 26 de agosto, com gincanas, partidas de futebol e pau-de-sebo, uma competição de doma de cavalos. Não havia eleição para a Rainha, o clube escolhia uma moça da cidade para ser a representante. Aconteceu em um velho picadeiro de circo de touradas no Recinto Paulo de Lima Correa, dentro da cidade.

Em assembleia no Rancho CMT, no Parque do Peão, fundadores foram homenageados. Foto: Diego Rodrigues

Foi a primeira festa oficial do gênero no Brasil. Aníbal Araújo, um peão de fazenda, entrou para a história como primeiro campeão. Orlando Araújo (comerciante) e Orestes Ávila (fazendeiro), ambos sócios fundadores de Os Independentes, foram os apresentadores, utilizando megafones.

Quem promoveu foi Alaor de Ávila, ficando incumbido de arrumar os cavalos e convidar os peões. A tropa foi de Ismar Jacinto, da cidade de Franca/SP, que não cobrou nada para levar seus animais. Arthur Vaz de Almeida, o Tuti’, organizou o Rancho nº 1, que serviu como escritório. Enquanto o pecuarista Beto Junqueira foi o juiz.

Chamada para a primeira festa em 1956

A lona do circo era alugada do palhaços Patativa e Fubeca. Nesta década o rodeio, que veio substituir as ‘Cavalhadas’, que simbolizava a luta dos Cristãos contra os Mouros, já era a atração principal e empolgava os espectadores que se identificavam com o evento que mistura esporte com o trabalho diário nas fazendas.

Colaboração: Os Independentes

Deixe um comentário