Do lazer rumo à profissionalização, assim o competidor de rodeio em touros Emílio Resende está seguindo em direção ao Team Roping
Não é de hoje que os competidores brasileiros da Professional Bull Riders – PBR nos Estados Unidos se unem para praticar Team Roping, se envolvendo cada vez mais com o esporte. Ganhador de 13 motos, dois carros e uma caminhonete, Emílio Resende possui um currículo recheado de títulos, dentre eles foi campeão em Umuarama, Goiânia, Ribeirão Preto, Novo Horizonte, Patrocínio, Cassilândia, além das conquistas na América, como o Rookie Of The Year 2012, ano em que iniciou por lá.
Emílio conta que o Team Roping chegou a sua vida no ano seguinte que estabeleceu residência em Decatur, no Texas. “Sempre gostei da modalidade, mas quando fui para os Estados Unidos, não tinha muita coisa para fazer e junto aos outros brasileiros começamos a laçar no rancho de amigos, passando a gostar e cada vez mais admirar o esporte. Hoje posso dizer que o laço faz parte da minha vida, do meu dia a dia”.
Também quando vem para o Brasil, Emílio faz questão de laçar. “Hoje eu arrendo um sítio na minha cidade, Santa Helena/GO, onde montei um rancho e quando estou no Brasil, treino e participo de provas. Na América, o local que treinamos é o rancho do Fabiano Vieira (outro competidor brasileiro da modalidade montaria em touros), que possui pista, cavalos e alugamos os bois para treinos.”
Formando dupla, na maioria das vezes, com o Eduardo Aparecido, também companheiro de arenas, Emílio é pezeiro e conta que os dois praticamente começaram a laçar na mesma época, estando sempre juntos nos treinos.
Nestes quatro anos de Team Roping, Resende ganhou uma moto em Quirinópolis e alguns outros títulos em provas menores e beneficentes que participou. Também conquistou a fivela do NRS Team Roping Classic, uma prova realizada em Decatur, além de outras competições americanas de menor porte.
“Ainda não participo de eventos grandes, porque na maioria das vezes tem rodeio na mesma data e não dá tempo para treinar o necessário, já que neste tipo de prova a competitividade é grande e é preciso um preparo maior. Mas meu objetivo é num futuro bem próximo me dedicar mais ao laço, com a intenção de participar das melhores provas do Brasil. Já este ano, quero participar da USTRC, que acontece no final do ano em Oklahoma City, oferecendo uma das maiores premiações em dinheiro”, disse o competidor.
Pelo que Emílio lembra, sua melhor média até aqui foi 4s80 numa prova na cidade de Morrinhos no ano passado, também junto com Eduardo Aparecido.
A profissionalização no Team Roping é meta de Resende. “Quero ter um handcap alto, treinar os melhores cavalos, enfim, ser reconhecido como sou hoje no rodeio em touros e quem sabe, apresentar um animal treinado por mim nos eventos da ABQM e conquistar títulos. Este é meu principal objetivo, pois é um esporte que sempre tive vontade de estar no meio, participando de provas, e como tenho o rancho, já com clientes, quanto mais eu evoluir, melhor será”.
Por Susi Freitas
Revista Roper Sports – ed. 10
