O mestre do Team Roping: Zé Soares

Ele é um dos maiores laçadores do Brasil. Com sua simplicidade, paciência se tornou um verdadeiro professor. Um campeão das pistas e da vida!

Uma caminhada de sucesso no Team Roping trilhada por um acaso que o levou ao degrau mais alto do pódio no Brasil e nos Estados Unidos. Foi considerado um dos melhores laçadores na terra do ‘Tio Sam’, na temporada que ficou por lá.

Natural de Guaraci, interior do Paraná sempre trabalhou no campo. Hoje reside em Presidente Prudente com sua esposa Rosangela e os filhos: Sandro e Susy. Ele é quem prepara os animais do Rancho Sky, de propriedade de Lincoln Figueiredo.

José Almendes Soares, o seu Zé Soares, como é conhecido por todos, tem um dom nato. Conheceu o esporte Laço trabalhando como retireiro na Fazenda do pai do Lincoln. Assim começou a treinar com os companheiros de trabalho.

“Os companheiros me incentivavam, diziam que eu tinha dom. Lembro muito bem quando comecei, foi no dia 10 de janeiro de 1989, são 29 anos de estrada”, conta Zé Soares. E os caminhos de Zé Soares sempre se cruzaram com o de Lincoln Figueiredo.

Trabalhou com o pai dele na Fazenda do Paraná, depois saiu e voltou quando ele começou a laçar, firmando os dois uma parceria de sucesso. Depois foi morar por dois anos nos Estados Unidos e desde que voltou está no Rancho Sky.

E uma das experiências mais marcantes na vida do seu Zé Soares foi a temporada que passou em terras americanas. O quanto aprendeu e cresceu. Mas ele também ganhou o respeito dos competidores e treinadores americanos.

“Para mim foi como uma faculdade, adquiri vários conhecimentos, como laçador e treinador de cavalos. Uma experiência inesquecível!”.

Ele destaca também os principais animais que montou até hoje: Itamarati 58, Western Best, Pantera e Calendario. “Esses foram os cavalos que montei e que mais marcaram minha vida no Laço. Mas a competição mais marcante foi quando ganhamos o Rodeio dos Campeões, em Presidente Prudente”, lembra o laçador.

Nesses anos de competição, Zé Soares conquistou inúmeros títulos. Também por onde passa deixa sua marca, com sua simplicidade e a boa vontade de ajudar a quem precisa com conselhos e orientações técnicas, sendo respeitado por laçadores de todo Brasil.

“O Zé é um dos maiores campeões do Laço em Dupla do Brasil, é a pessoa que a meu ver fez a mudança do Laço no Brasil. Quando eu digo isso é que ele pensa muito a frente das outras pessoas em relação ao Laço, desde no montar a competir. Ele é muito disciplinado, focado no trabalho”, conta Rodrigo de Matos Sobreira, laçador profissional.

Ele se refere ao maior diferencial do nosso homenageado: “Ele conquistou todos os prêmios que tinha para conquistar com simplicidade, humildade! Um trabalhador rural, que foi laçar, e venceu. Ele tem um valor diferente em relação ao seu profissionalismo, porque ele consegue conduzir as dificuldades de amigos ou alunos com brandura, simplicidade e paciência”.

Para Rodrigo de Matos, Zé Soares sabe como ninguém respeitar os níveis de laço de todo mundo. “Ele sabe o quanto é profissional, um campeão das provas e da vida, e hoje devido a idade está mais afastado”, finaliza com admiração.

Anderson Proença também faz questão de falar um pouco da pessoa e do profissional que é Zé Soares. “Ele é uma das pessoas que mais admiro. Honesto, trabalhador, dedicado demais. O mais dedicado que conheço. Um dos melhores professores do Laço. Fiz questão de mandar meu filho para treinar com ele para que o tivesse como exemplo”.

O laçador e amigo ainda ressalta Zé Soares como um profissional completo. “Não só é excelente laçador, como monta muito bem cavalo. E esta é uma justa homenagem a um homem que é ídolo”, afirma Proença.

Para Lincoln Figueiredo, não existe pessoa mais concentrada e dedicada que Zé Soares. “Ele é uma pessoa muito dedicada, não tem hora, é o primeiro a chegar e o último a ir embora sempre. É de pouca conversa. Faz parte da equipe do Rancho Sky, mexendo nos cavalos da ABQM, prova técnica, que é a nova base da criação da gente. É um grande homem”, conclui.

Por Verônica Formigoni
Foto Miguel Oliveira

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