Com exclusividade, o astro contou como se prepara para as provas e o que lhe faz desembarcar três vezes por ano no Brasil para competir
Foi em 2009 que o super campeão e astro do cavalo no mundo veio ao Brasil pela primeira vez participar de provas de laço. O norte-americano JD Yates sempre chama a atenção dos laçadores locais, não só pela sua simpatia, mas também pelo seu talento com a corda na mão. Ele costuma vir três vezes por ano, para competir nos três eventos da ABQM. Além de ficar perto do ídolo, já que muitos laçadores acompanham a carreira dele há muitos anos, há uma rivalidade saudável. JD é sempre favorito nas categorias que disputa e nenhum brasileiro quer perder para ele. E não é difícil ele ser chamado ao pódio todas as vezes que visita nosso país.
Fotos: Miguel OliveiraJD Yates é um dos treinadores mais reconhecidos na indústria do cavalo de performance nos Estados Unidos, com inúmeros títulos conquistados, incluindo 38 vitórias no Campeonato Mundial AQHA, com quatro títulos SuperHorse. O competidor também detém US$1,3 milhões em ganhos pela PRCA, tendo sido um dos mais jovens a participar do maior rodeio completo do mundo, quando começou.
Nós, claro, conversamos com ele em uma dessas visitas!
Portal Cavalus: Como é para você participar das competições brasileiras?
JD Yates: O Brasil, assim como os Estados Unidos, têm bons cavalos e bons cavaleiros. É um prazer competir aqui. Os cavalos que se destacam nas provas aqui teriam chances de ganhar lá também. Sou muito bem recebido sempre e adoro a alegria dos brasileiros. Sinto-me muito bem competindo no Brasil e tenho a família do Rafael Paolielo como se fosse a minha própria família.
PC: Qual a diferença em competir no Brasil e nas pistas americanas?
JD: A diferença do esporte nos dois países são alguns equipamentos que os brasileiros não possuem, então trago alguns acessórios: como freios. Tudo no Brasil é tão bom quanto nos Estados Unidos, e também gostaria até de levar alguns cavalos brasileiros para lá.
PC: Qual seu preparo para competir nas provas, já que só vem em tempo de competição?
JD: Para laçar aqui chego ao Brasil alguns dias antes das competições e monto nos cavalos do Centro de Treinamentos RP, em Rubiácea/SP (região de Araçatuba). A escolha dos animais para a competição é feita junto com o Rafael. Nós trabalhamos juntos, ele é meu parceiro, sua família faz parte do meu time. Não competimos um contra o outro, mas com foco em desenvolver cada vez mais os animais. Na escolha, nós vemos qual cavalo se sai melhor com cada laçador.
PC: Quantas provas já correu no Brasil?
JD: Venho três vezes ao ano para competir nas principais provas da ABQM: Congresso Brasileiro, Campeonato Nacional e Copa dos Campeões. Nestes anos, perdi apenas um Campeonato Nacional devido a uma operação. Já participei de mais de 260 provas no Brasil, e a cada ano que volto vejo melhorias na organização das provas da ABQM.
PC: Quais os seus principais títulos conquistados em pista?
JD: Tenho vários títulos de Campeão Congresso, Nacional, Copa dos Campeões, mas os mais recentes são: 1º lugar no Laço de Cabeça – Aberta Castrado com Jack Jay Bee Dee, 2º e 3º lugar na Aberta-Sênior com os animais Mr Fritz Wood e Heaven Gun, reservado campeão na Aberta Junior com Peppy Jewelette.
PC: Como avalia as competições?
JD: As provas melhoram a cada edição, o gado melhorou muito nos últimos anos e as categorias estão bem divididas. Uma das coisas que mais gosto nessas provas é o incentivo dado aos cavalos castrados. Em minha opinião, a AQHA deveria adotar esse incentivo também.
Por Juliana Antonangelo