Fábio Junior da Paz Pereira conta sua história no Laço

De família com raízes no cavalo, Fabinho é a segunda geração de competidores e treinadores em modalidade de Laço

Seu primeiro contato com a modalidade foi ainda pequeno, em Estrela do Norte, interior de São Paulo, onde ajudava os treinadores Osvaldo Leonardo e Valdomiro a treinar. “Lá eu soltava os bezerros, dava banho na tropa e ficava sempre observando tudo. Com 13 anos fui morar em São Pedro, com meu primo José Milton, foi onde aprendi mais, e comecei a treinar. Foram anos difíceis até dar certo, mas logo comecei a participar de algumas provas regionais,” lembra.

Em 1997, outra mudança na vida do treinador, ele foi morar com o tio, o na época conhecido Treinador Geraldo Tadeu Nogueira, com o qual aprendeu todas as técnicas para ser um bom laçador e se tornar um profissional.

Fabinho
Fabinho

“Ele foi a pessoa que me criou, e me ensinou a virar um profissional, meu tio foi um espelho para mim, sabe muito dos cavalos, principalmente de cavalo de laço. Foram anos e anos treinando perdendo, perdendo, mas nunca desisti e muito menos desanimei. E em 1999 conquistei a minha primeira prova oficial, lacando cabeça para o meu primo Lucinei Nunes Nogueira Jr. Nossa, na época fiquei um uns cinco dias sem dormi olhando para aquela fivela”.

Nessa época, Fabinho focava no Laço em Dupla. Até que em 2001, começou a se dedicar ao Laço de Bezerro e nunca mais parou. No Ranking de 2018, em Laço Individual, é o segundo colocado no momento, com 48 pontos e 25 eventos registrado oficiais e oficializados pela raça Quarto de Milha. Ao todo, entre técnico e cronômetro, são 386,5 pontos. Já ganhou Congresso, Nacional e Copa dos Campeões mais de uma vez.

Porém entre tantos títulos, o mais marcante para o treinador foi uma prova em Leme, como ele conta. “Essa prova ficou na minha memória por ser a primeira correndo na categoria Aberta e eu consegui vencer. Fui para a prova para correr amador, no Paulinho Saraiva, mas quando chegamos lá havia mudado o handcap, o meu havia subido e tive que correr na profissional, só com caras bons e acabei ganhando”.

O mérito em pista de seus títulos Fábio não leva para si, mas também para seus parceiros de pista os animais: Play Boy Gamay e Baby e lembra com carinho o que para ele foi o melhor que já montou foi Slyde Crystal Pine.

Entre os pontos principais em uma competição, Fábio destaca uma boa qualidade e uma estrutura adequada. “Ser treinador é uma coisa muito gratificante, porém muito difícil e cansativa, pois são das 8h às 22h todos os dias na pista. Cavalos de Laço de Bezerro é um dos animais mais complicados de ser treinar devido ao tempo, pois começa a ficar bom para competir depois de uns quatro a sete anos de treinamento”, ressalta Fábio.

Ele finaliza dizendo que acredita ter alcançado todos seus objetivos. “Antes dos 35 anos, acredito que alcancei todos os meus objetivos, agora só quero que Deus me dê força e saúde, para ver meus filhos, João e Caio, serem campeões também.”

Por Verônica Formigoni
Foto: Cedida

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