Nascida em Amparo (SP), Sofia Schmidt-Gallas reside agora em Itapira (SP) e, apesar de estar longe das pistas, a competidora de Três Tambores permanece apaixonada pela modalidade e pelos cavalos.
Confira a entrevista com Sofia Schmidt-Gallas
Sofia Schmidt-Gallas
Idade: 24 anos
Cidade: Natural de Amparo (SP), residente em Itapira (SP)
Há quanto tempo está no tambor?
No Tambor fazem 9 anos. Desde pequena sou apaixonada pelos cavalos, por conta da minha avó. Ela sempre montou, e hoje aos 79 anos ainda monta e faz suas cavalgadas. Quando eu tinha 5 anos de idade, ela me colocou na escola de equitação para aprender a montar certinho. A escola se chamava Centro Hípico Hipocampo e participava de campeonatos regionais de Hipismo. Fui aprendendo e competindo no hipismo até os 12 anos de idade. As provas de hipismo na região foram enfraquecendo e os competidores procurando outras modalidades. E nesse meio tempo competi nas modalidades de Team Penning e Enduro, fiz cursos de Rédeas, para ver o que eu realmente gostava. Mas nada me encantava tanto. Faltava algo.
Como começou na modalidade?
Meu amigo, Paulo Angelo de Morais, que também competia na modalidade de Team Penning, havia comprado um cavalo competitivo para ir às provas. E em um dia de treino, resolveram “brincar” de Tambor. Paulão me emprestou seu cavalo Pacific Jay para passar. E foi aí que me apaixonei pelo esporte. Comecei a ir atrás de treinadores e cursos para aprender tudo. Quando ia para Ilhabela, eu e meus pais visitávamos o Haras do hotel DPNY, onde tinha vários cavalos de Tambor e o treinador Serafim, que sempre me ensinava alguma coisa quando eu ia lá.
Treinar sério, comecei na cidade de Pinhalzinho, com o treinador Israel, mas brevemente o Haras fechou e procurei o treinador Sérgio Moraes que estava trabalhando em outro Haras em Pinhalzinho. Lá eu comecei montando uma sensacional Paint Horse chamada Solos Little Peppy e fui para minha primeira prova. Junto com Sérgio treinei meu Árabe, Kenryo Sams, para Tambor. Comecei a frequentar e treinar com Fernandinho Oliveira em Jaguariúna, onde aprendi muito sobre a modalidade e fui pegando experiência. Comprei a égua Serena Doc Gamay para competir nos rodeios, posteriormente comprei meu garanhão Brown Sugar Trouble e a égua Liza By Signed, que estão comigo até hoje. Quando percebi já estava levando tudo bem a sério e competindo frequentemente.
O que o esporte significa para você?
Hoje sou treinadora e o esporte significa tudo para mim. O tambor pôde realizar meu sonho de viver 24 horas em prol dos cavalos, que eu amo. Eles são minha vida! Deixei muitas oportunidades para trás, por conta das competições e dos cavalos, mas não me arrependo nunca. Ter iniciado na modalidade e viver para os cavalos foi a melhor escolha que fiz!
Qual conquista que é mais importante para você?
Esteve longe do pódio, mas o dia que mais me marcou foi quando fiz meu primeiro 17s. Esse dia foi muito significativo para mim, pois foi no Potro do Futuro da minha égua Latika Trouble, a qual eu planejei o cruzamento, ensinei andar no cabresto, investi no crescimento, domei e treinei. Fomos para o Potro do Futuro sem muita esperança e ela me surpreendeu com um 17s7. Ela continua sendo minha companheira de provas e sempre me trazendo alegrias!
Melhor cavalo?
Minha melhor égua é a Latika. Ela é diferente! Eu erro e ela concerta. Ela ama o que faz! É minha companheira para todas as horas! Ela é Appaloosa, filha do meu garanhão Quarto de Milha Brown Sugar Trouble e de Ágata Chick Oma, uma égua que marcou muito minha vida por ter chego enquanto eu era criança e feito parte da minha infância. Além de ter sido multicampeã em diversas modalidades, obtendo 2 registros de mérito na raça Appaloosa.
Melhor prova?
Creio que minha melhor prova foi no Rodeio de Morungaba. Fiquei em terceiro lugar na final, mas eu e a Latika fomos o único conjunto a fazer o tempo de 13 segundos durante os três dias de slack. Fiquei muito feliz com a facilidade que ela manteve a constância.
Melhor tempo?
Meu melhor tempo foi um 17s3 na pista do Haras Raphaela, com a Latika. Fiquei muito feliz nesse dia! Foi uma passada muito satisfatória.
Ídolo no tambor?
Admiro e me inspiro muito nas atletas americanas como Danyelle Campbell, Dena Kircpatrick, Stevi Hillman, Joyce Looms. Mas um brasileiro que eu admiro e tiro o chapéu é o André Coelho. Sua história é inspiradora e acho muito boa sua linha de treinamento e jeito de tocar.
Como se vê no futuro?
Essa é uma pergunta que me pegou de calças curtas nesse momento. Atualmente tive que me afastar dos treinos e das pistas por conta de uma lesão e da gravidez. Não sei como será quando o bebê estiver entre nós. Sei que quando ganhamos um filho (a) acabamos fazendo tudo por eles. Eu espero compartilhar o amor com os cavalos com minha filha e trilharmos esse caminho juntas.
Recado para geração futura
O que eu gostaria de falar para todas as crianças e jovens que gostam de cavalo é que sempre busquem conhecimento, observem seus cavalos, sejam pacientes e persistentes, e nunca desistam dos seus sonhos! Ser um bom atleta vai muito além de ser um bom tocador. Você precisa entender de cavalo, treinar sua sensibilidade e aprimorar suas técnicas! Saber desde a alimentação e o manejo do cavalo, até como fazer para ele estar bem treinado.
Por fim, se você, conhece algum competidor de Três Tambores e Seis Balizas e acha que ele tem um história bacana, que todos devem conhecer, entre em contato através do nosso perfil no Instagram @revistatamborebaliza
Por: Heloísa Alves
Crédito das fotos: Bianca Zechinato (The Horse Heart fotografia)
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