Conversamos com a família Osti para entender como funciona o trabalho deles, voltado para o esporte equestre
A missão de muitas famílias, especialmente no esporte equestre, é construir seu negócio juntas. Não é raro vermos diversos membros de uma mesma família que tocam um centro de treinamento ou praticam a mesma modalidade.
Dores e sabores de se encontrar em um negócio familiar andam juntos. Não só dão de cara com os desafios individuais, metas e aspirações, como também precisam aprender a conciliar a vida profissional com a pessoal.
Fomos conversar com a família Osti, que hoje tem seu centro de treinamento no Haras Jamaica, em Arandu/SP. Seu Valdeci Osti nasceu na Fazenda Laranja Doce, em Taciba/SP. Foi ele que começou a ‘dinastia’ da família quando montou um cavalo pela primeira vez, na Fazenda Fortaleza. Dessa forma, decidiu que seria profissional do cavalo e viveria do esporte equestre em 1974, quando trabalhava na Fazenda Medeiros.
Bastante emocionado ao lembrar de tudo que passou até aqui, Seu Valdeci tem saudade dos companheiros do começo nos Três Tambores e Seis Balizas, entre eles o Testa (In Memorian). Iam juntos para as provas e ele não conseguiu segurar o choro ao pensar nesses momentos.
Para ele, trabalhar em família é algo muito especial. “Nada melhor que trabalhar junto do meu filho Roque e minha neta Isabella. A melhor coisa é estar junto da família”, relata. Mesmo sentimento, sem dúvida, que Roque Osti partilha. “Sou muito grato a Deus por ter sempre me dado a oportunidade de trabalhar com meu pai. Ele sempre foi e é o meu melhor professor. Além disso, ele é meu amigo e sempre tiramos todas as dúvidas que temos no meio do cavalo”.
Parceria forte
Roque Jesuino Osti é natural de Paranapanema/SP. Seu primeiro cavalo ele montou aos 10 anos de idade, na Fazenda Saltinho, em Rancharia/SP. Mesma idade em que competiu pela primeira vez, em Big Love, e já laçava em dupla com o pai.
“Comecei no Tambor também e aos 14 anos decidi treinar só Três Tambores. Me tornei profissional e fui trabalhar para o Seu Paulo Egídio Martins. Também trabalhei na Argentina com 17 anos, onde fiquei por dois anos”. Errando e aprendendo, Roque avalia bem a sua trajetória no esporte equestre até aqui. “No cavalo a gente nunca sabe tudo, a cada dia aprendemos coisas novas”, arremata.
Hoje, Seu Valdeci é o responsável pela doma dos potros do Haras Jamaica, enquanto fica para Roque a função de treinador e competidor para a modalidade Três Tambores. Eles trabalham com 24 cavalos, entre de prova e potros, e dois garanhões.
O apoio incondicional para que eles desempenhem suas funções com ainda mais sucesso tem nome e sobrenome: as esposas Dona Araci e Leslie. O ‘time’ fica completo com as filhas Roque e Leslie e netas de Seu Valdeci e Dona Araci que competem. Maria Eduarda, 10 anos, se apresenta na Kids, enquanto Isabella monta na Jovem C e Feminina.
Por Luciana Omena
Crédito das fotos: Arquivo Pessoal
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