Os esportes equestres vivem um momento difícil no Brasil. Basicamente todo tipo de atividade que envolve animais em competição e atividade de produção, está proibida e sendo diariamente perseguida por ONGs e pelo Ministério Público em todo o território nacional.
A atividade é considerada como criminosa, quase uma briga de galo, e a sociedade urbana cada dia mais influenciada pela mídia forma a maioria da opinião pública a favor das proibições de toda atividade que envolva animais.
Um longo caminho de luta para desmistificar essa visão de maus tratos tem sido uma constante na vida de alguns companheiros, onde me incluo. Em 2002 conseguimos, com muita luta, aprovar a Lei Federal 10.519 que deu segurança jurídica aos rodeios de todo país até hoje.
Nesta mesma lei, foi incluído na época o laço e os esportes equestres juntamente com o rodeio de montaria. Paragrafo da Lei: Fica estabelecido em todo o território nacional as práticas de Rodeio de Montaria, Rodeio Cronometrado, Laço e esportes equestres.
Esta Lei 10.519 esteve para ser regulamentada algumas vezes e em uma delas foi oferecida à diretoria da ABQM, durante a gestão de Fabio Pinto da Costa, a possibilidade de regulamentação em conjunto ABQM e CNAR (Confederação Nacional de Rodeios).
O que teria dado à ABQM a condição de resolver a segurança jurídica e não ter passado por sequentes embargos e prejuízos eminentes, conhecidos por todos. A ABQM não aproveitou a condição favorável e não onerosa proposta na época pela comunidade do rodeio como ‘solução do problema’.
O rodeio e o cavalo Quarto de Milha têm afinidades intrínsecas e complementares. Durante o período de atuação da FNRC – Federação Nacional do Rodeio Completo, a ABQM foi extraordinariamente envolvida pontuando cavalos, premiando competidores e configurando sua marca em todas as arenas dos rodeios brasileiros.
Época de ouro dos Três Tambores, do Bulldog, do Laço em Dupla e do Laço Individual, onde competidores e seus cavalos Quarto de Milha eram aplaudidos por públicos de 30, 40, 50 mil pessoas nas arquibancadas e camarotes dos rodeios. Houve um grande impulso destas modalidades durante este período.
Hoje estamos tendo a oportunidade de, através de um grupo homogêneo, capacitado e que compartilha dos mesmos propósitos, participar da eleição para a direção da Associação Brasileira do Cavalo Quarto de Milha para o próximo biênio.
Nosso presidente da chapa ‘ABQM Renovar & Inovar’ Caco Auricchio é extremamente capacitado e com conhecimentos administrativos e de gestão moderna adquiridos em grandes corporações, além de ser fazendeiro, criador de Quarto de Milha e competidor de Laço Individual, categoria que se sagrou Campeão Nacional Master 2019.
Caco foi presidente da Associação Nacional de Laço Individual e fez um excelente trabalho de evolução das premiações e transformação do esporte, saindo de um campeonato com uma média de 800 inscrições por ano, para mais de 5000 em apenas dois anos de gestão. Com certeza teremos a pessoa ideal no cargo de presidente.
O time de vice-presidentes é 100% composto por criadores de Quarto de Milha e todos empenhados em fazer as transformações positivas que a ABQM necessita e que são conhecidas por todos os associados o conselho fiscal e técnico, preenchidos por pessoas com alta capacidade e envolvimento com o setor.
Acreditamos que neste momento tão delicado que a ABQM e o cavalo Quarto de Milha estão vivendo, uma chapa desta envergadura para trabalhar gratuitamente para a entidade vem em bom momento. Momento inclusive que não haveria de ter disputas internas, pois o momento não é para isto.
E sim de união para mudar o jogo, vencer as leis proibitivas do esporte, articular politicamente para dar garantia jurídica a cada modalidade, buscar recursos e transforma-los em mais premiações possibilitando a autossuficiência dos desportistas e terminar com os prejuízos constantes em cada evento realizado pela entidade.
O momento é de reflexão e apoio para a melhor chapa, o melhor grupo, o mais capacitado e envolvido com o Cavalo Quarto de Milha e todas as suas modalidades.