Na última semana a Agência de Defesa da Agropecuária do Paraná – ADAPAR, emitiu uma nota técnica confirmando um diagnóstico positivo de Febre do Nilo Ocidental (FNO) em uma mula. O caso foi detectado no município de Porecatu, no Paraná.
Segundo a nota técnica, a mula, fêmea de seis anos, faleceu em abril deste ano. O animal após atividade de trabalho, apresentou tremores e ataxia nos quatro membros, entrou em decúbito seguido de óbito.
“No dia seguinte foi encontrado mais um animal morto. A necropsia realizada por médico veterinário autônomo revelou lesões no Sistema Nervoso Central, porém a sorologia para encefalomielite equina resultou negativa. Em 15/07/2021 o Centro Diagnóstico Marcos Enriette (CDME) emitiu laudo resultando em sorologia negativa para encefalomielite equina e FNO, porém resultou “detectável” para o gênero Flavivirus. Então as amostras seguiram para o LFDA-MG para diagnóstico de Febre do Nilo Ocidental”, destaca a nota.
Febre do Nilo Ocidental
O vírus do Nilo Ocidental (VNO) é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex. Os hospedeiros naturais são algumas espécies de aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus (viremia alta e prolongada) e como fonte de infecção para os mosquitos.
Também pode infectar humanos, equinos, primatas e outros mamíferos. Dessa forma, o homem e os equídeos são considerados hospedeiros acidentais e terminais, uma vez que a viremia se dá por curto período de tempo e em níveis insuficientes para infectar mosquitos, encerrando o ciclo de transmissão.
Em humanos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% das pessoas infectadas não apresentam sintomas. Entre os sintomáticos, a FNO geralmente se manifesta com febre, dor de cabeça, cansaço e vômito, meningite e encefalite. Nos animais pode-se observar sinais decorrentes de encefalite e encefalomielite, anorexia, depressão, ataxia, fasciculação muscular, incoordenação entre outros sinais nervosos.
Por fim, a Febre do Nilo Ocidental pode ser confundida com a raiva dos herbívoros. O período de encubação da doença é de aproximadamente 15 dias e não tem vacina ou tratamento antiviral específico.
Por Heloísa Alves
Fonte: ADAPAR
Crédito da foto: Mario Hagen/Pixabay
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