Saúde & Bem-estar

Instalações para equinos: piquetes

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Para projetar instalações para os equinos, deve-se contar com a orientação de dois especialistas: um técnico em construções rurais e outro em criação de cavalos

Se você acha que fazer um piquete para equinos basta cercar uma área qualquer da sua propriedade e pronto está enganado. As instalações podem ser simples, mas devem ser funcionais. Sobretudo, estrategicamente distribuídas nos piquetes ou nas áreas de pastagens, a fim de facilitar o manejo diário na propriedade.

Dessa forma, os piquetes ou áreas de pastejo são de fundamental importância para o bom desenvolvimento dos animais. Quer seja no âmbito alimentar, quer seja no melhor aproveitamento da matéria verde. Ou mesmo no benefício comportamental que a liberdade traz ao animal.

Recomenda-se que a topografia do terreno seja a mais plana possível. Acima de tudo, deve ter boa cobertura vegetal, disponibilidade de água, áreas de sombreamento. Assim como proteção contra ventos excessivos e chuva, além de uma dimensão condizente com a quantidade de animais.

Com a finalidade de ter o melhor período de utilização das pastagens, é indispensável dividi-la em piquetes. De acordo com o período de descanso ideal para cada forrageira. Essa divisão permite que determinado piquete fique em descanso até que o pasto atinja a altura adequada para ser pastejado.

Período de descanso x período de ocupação

O período de descanso (PD) é o intervalo de tempo entre o último e o próximo pastejo, quando o piquete fica sem ser utilizado. O período de ocupação (PO) é o intervalo de tempo em que o piquete é utilizado pelos equinos. Do ponto de vista do manejo das pastagens, o número de piquetes necessário vai depender do período de descanso (PD) e do período de ocupação (PO) da forrageira escolhida.

Para projetar instalações para os equinos, deve-se contar com a orientação de um técnico em construções rurais e outro em criação de cavalos

Durante o período de descanso (PD), é necessário realizar a roçada de modo a igualar a altura do pasto. Em seguida, o local recebe adubação. A ação da roçadora espalha os montes de fezes, contribuindo para repor a fertilidade que foi retirada da pastagem por meio do pastejo. O descanso costuma mascarar o cheiro do esterco para o próximo ciclo de pastejo. Ou seja, permite a recuperação da planta forrageira. Logo, a sequência de operações é: ocupação -> descanso -> roçada ->adubação -> descanso.

Vale reforçar que os equinos escolhem uma parte do piquete para defecar o maior número de vezes. A principio, em um local onde quase nunca pastejam, por isso a tendência é realizar o superpastejo na área restante. É importante também que o responsável pelo manejo do pasto conheça essa particularidade. E, acima de tudo, entenda até quando o equino terá pasto com matéria verde de qualidade.

Apesar de auxiliar na adubação, a roçada pode aumentar a infestação de parasitos. O período de descanso do pasto, com a ausência dos equinos, também proporciona um melhor controle deles nos piquetes. Bem como das ervas daninhas e pragas. Nesse período, ocorre a mineralização da matéria orgânica das fezes, tornando-a rica em nutrientes disponíveis.

Outras funções dos piquetes para equinos

A pastagem delimitada em piquetes também exerce outras funções. Em primeiro lugar, é uma área para relaxamento muscular e auxílio na síntese de vitamina D. Os piquetes devem ser semeados ou plantados com gramíneas e/ou leguminosas recomendadas para a região. E com características vegetativas que facilitem o hábito de pastoreio próprio dos equinos.

Quando o piquete não dispuser de pastagem, a alimentação deverá ser à base de feno ou capim cortado. O fornecimento de alimento nos piquetes deve ser de forma individual, visto que o cavalo prefere certa privacidade no momento de se alimentar.

Fonte: Equideocultura: manejo e alimentação/SENAR
Crédito das fotos: Divulgação/Pexels

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