A Influenza equina é uma doença respiratória altamente contagiosa e que deixa em alerta muitos criadores e proprietários de cavalos. Além de possibilitar que bactérias oportunistas provoquem outras doenças do trato respiratório destes animais, os equinos acometidos pela influenza precisam ficar em repouso e demoram para retornar às atividades rotineiras.
O vírus que provoca a doença se espalha rapidamente entre os animais que tem contato próximo, com grande potencial para a ocorrência de surtos. “A influenza equina é considerada uma doença de rebanho, com alta capacidade de acometer todos os equinos de um haras, hípica ou da fazenda. Eventos como provas equestres, exposições e romarias podem potencializar a transmissão do vírus entre os animais e causar surtos em todo o território”, alerta Pollyana Braga, médica veterinária gerente de produtos da linha equestre da Ceva Saúde Animal.
Casos de Influenza equina podem ocorrer em qualquer época do ano, mas a maior incidência costuma ser observada durante o inverno e a primavera, épocas do ano em que a barreira natural de defesa do sistema respiratório é mais exigida. “No inverno, o tempo seco tende a fragilizar a mucosa que reveste todo o trato respiratório, já durante a primavera a alta incidência de agentes como o pólen pode irritar as vilosidades dos órgãos respiratórios e deixá-los menos protegidos”, Pollyana explica.
Sintomas da Influenza
Os sintomas manifestados pelo animal variam de acordo com a sua imunidade, condições ambientais em que ele se encontra e a virulência do agente, mas de forma geral o primeiro sinal da Influenza Equina é febre acima de 41ºC, de início abrupto. Os sinais mais específicos de infecção das vias respiratórias, como corrimento nasal aquoso, tosse seca, lacrimejamento e corrimento ocular, surgem em seguida. A somatória destes sintomas deixa o animal apático, sem apetite e, por consequência, ocorre a perda de peso e redução da performance.
Pollyana explica que, quando o animal contrai a doença, todos os trabalhos e atividades que ele exerce precisam ser pausados e o repouso é indicado. O tempo deste repouso é determinado pela quantidade de dias que o animal apresentou febre, sendo 1 dia de febre o equivalente a 1 semana de repouso. Ademais, o retorno às atividades precisa acontecer de maneira gradual, para evitar lesões e outros problemas.
“Apesar de ter um importante impacto na performance dos animais, principalmente dos equinos atletas, a influenza equina não é uma doença com altos índices de mortalidade. Mas, os potros que não possuem anticorpos maternos contra o vírus da influenza e os animais imunocomprometidos, quando contaminados pelo vírus, têm chances de desenvolver complicações e outras doenças pulmonares sérias. Estes são os principais motivos para investir na prevenção da doença, que atualmente é feita por meio da vacinação”, elucida.
Por Assessoria de Imprensa
Fotos: Reprodução / Pexels
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