Saúde & Bem-estar

Massai: o capim que pode matar cavalos

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Embora seja uma excelente gramínea para o gado, a tropa não deve ter acesso ao capim.

O assunto foi destaque esse ano com o alerta para o correto manejo do capim Massai (Panicum) em piquetes para a tropa de cavalos. Segundo o professor da Esalq-USP, Cláudio Haddad, há muitos casos de mortalidade de equinos em piquetes cobertos pela forrageira.

“O capim Massai foi desenvolvido para ser uma forrageira de bastante folha e pouco talo, e o animal deve comer bastante folha com o mínimo de talo. Quando o cavalo tem acesso e há a ingestão do capim já com muitos talos, ocorre a constipação do sistema digestivo, lembrando que cavalos não vomitam, então só há uma via para sair. Isto gera cólica e a morte dos animais”, resumiu.

Mas o professor ofereceu uma saída para o problema. “A solução básica é dividir o piquete em duas, três, até quatro unidades e manejá-las para que haja sempre pastejo em cima de folhas, não de talos. Como ele consegue isso? Quando vai se perdendo o momento ideal de pastejo do cavalo, com o crescimento rápido do capim e pela formação de talos, pode-se fazer o uso da roçadeira. Isto vai estimular novo crescimento de folhas, que são inócuas à saúde do animal e possuem alto valor nutritivo”, indicou. ” Jamais deixe formar talo de massai em piquete com cavalo em cima.”

O cultivo Massai foi liberado em 2001. Massai é um híbrido espontâneo entre Panicum maximum e P. infestum, e foi coletado na Tanzânia, África, pelo Institut de Recherche pour le Développement (IRD). A planta tem como característica o crescimento formando touceiras com altura média de 60 cm. Possui excelente produção de forragem com grande velocidade de estabelecimento e de rebrota, com média tolerância ao frio e boa resistência ao fogo. Quando comparada a outras cultivares de P. maximum, o capim-massai apresenta-se mais adaptado às condições de baixa fertilidade do solo, com boa resistência ao ataque da cigarrinha-das-pastagens. Avaliado em pastejo rotacionado por quatro anos, suportou 3,1 e 1,2 UA/ha durante o período das águas e da seca, respectivamente, apresentando ganho médio de 620 kg de peso vivo por hectare ao ano.

É importante, especialmente os pecuaristas, ficarem alertas.

Fonte: Canal Rural

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