A fim de zelar pelo bem-estar do seu cavalo, é importante falar a respeito dos principais métodos de diagnóstico parasitológico. São, acima de tudo, fundamentais para tratamento, controle e prevenção de problemas com parasitas nos animais.
Como se sabe, todos os animais criados a campo estão sujeitos a verminoses intestinais. Além de causar sérios problemas, essas verminoses colocam coloca em risco a vida deles. Por isso, não só o tratamento, mas também o controle e prevenção se tornam as principais formas de proteção à tropa.
Um dos métodos de diagnóstico parasitológico em equinos é a técnica de contagem de ovos por grama de fezes, mais conhecida como OPG. Primeiramente, coleta-se as fezes diretamente do reto do animal. Em seguida, as amostras coletadas são identificadas e acondicionadas em uma caixa térmica com gelo reciclável até que sejam encaminhadas ao laboratório.
No laboratório, o responsável pesa duas gramas de fezes e dissolve 400 gramas de sal em um litro de água. Obtém, dessa forma, uma solução saturada – observa-se precipitação de sal no fundo do recipiente.
Depois, mistura-se 28 mL dessa solução saturada de cloreto de sódio em duas gramas de fezes. Em seguida, filtra-se o conteúdo de um copo para o outro. O próximo passo é homogeneizar bem o conteúdo filtrado do copo.
Com uma pipeta, retira-se uma alíquota e preenche-se a Câmara de McMaster (ferramenta de análise laboratorial) com o cuidado de não deixar bolhas. O profissional, então, faz a leitura em microscópio óptico no aumento de 100x (objetiva de 10).
Soma-se a quantidade de ovos contada nos dois lados da câmara e esse resultado multiplicado por 50 para determinação do número de ovos por grama de fezes (OPG).
Outra forma de diagnóstico parasitológico
Os estrongilídeos, geralmente, são os nematódeos mais encontrados durante os exames laboratoriais. Compõe-se por diferentes espécies, porém seus ovos assemelham-se muito entre si, tornando difícil sua identificação apenas pelo exame de OPG.
Portanto, indica-se outro tipo de exame, que é mais específico, também realizado em laboratório a fim de determinar qual parasita intestinal se encontra no animal: a coprocultura.
Existem várias técnicas de coprocultura para obtenção de larvas de nematódeos gastrintestinais, mais a mais utilizada é a Técnica de Roberts e O’Sullivan.
Nela, coleta-se de 20 a 30g de fezes frescas, retiradas diretamente da ampola retal do animal. Em seguida, mistura-se com um pouco de água a uma serragem – de preferência a serragem esterilizada de pinho para evitar o crescimento de fungos – na proporção de mais ou menos duas partes de serragem para uma de fezes.
Depois de homogeneizar as fezes e a serragem, deve-se preencher um pote com essa mistura e levá-la a estufa ou deixar no meio ambiente por um período de sete a dez dias. É ideal fazer um furo no meio da mistura e cobrir o pote para evitar o crescimento de fungos. É possível que interfiram no desenvolvimento das larvas de nematódeos.
Decorrido esse período, coletam-se as larvas, preenchendo o frasco de cultivo com água morna até a borda. Tampa-se o frasco com uma placa de Petri, invertendo-o e colocando de cinco a dez ml de água na placa de Petri . Após três a quatro horas, coleta-se o conteúdo com uma pipeta e analisa-o em lâmina ao microscópio.
Exame simples
Entretanto, esses métodos não são tão eficazes para todas as espécies de parasitas internos de equinos. Como é o caso do Oxyurisequi, uma espécie de nematoide facilmente identificado através do Exame da Fita Gomada. Trata-se de um exame rápido, simples e eficaz.
Consiste basicamente em fixar sobre a região anal e perianal do equino – local onde as fêmeas do Oxyurisequi fazem a ovipostura – uma tira de fita durex transparente. A análise dessa fita sobre uma lâmina levada ao microscópio confirmará a presença de ovos.
Colaboração: Departamento Técnico da Ourofino Saúde Animal
Crédito das fotos: Divulgação/Thehorse
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