Mormo volta a assustar o estado de Santa Catarina. Em 2021, foram registradas 18 propriedades com focos da doença localizadas no litoral norte do estado.
A região estava se preparando para conquistar, em 2020, o reconhecimento nacional de área livre da doença, quando os resultados positivos para o mormo surpreenderam a todos.
Os dados foram divulgados pela Coordenação Estadual de Sanidade dos Equídeos da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
De acordo com a coordenadora do programa, a médica veterinária Eleanora Schmitt Machado, os criadores devem redobrar os cuidados neste momento de retorno dos eventos agropecuários, além de colaborar com as ações para conter o aumento dos casos.
Ainda de acordo com a coordenadora é obrigatória a realização de exames no caso de transito de animais dentro e fora do estado, principalmente para a participação em eventos.
Estes exame, explica Eleonora, são realizados por um médico veterinário habilitado e a colheita do material deve ser enviada aos laboratórios credenciados junto ao Ministério da Agropecuária e Abastecimento (MAPA).
O que é mormo?
Causada pela bactéria Burkholderia mallei, a doença atinge principalmente os equídeos (cavalos, asnos, burros, etc.). A transmissão da doença ocorre pelo contato com secreções, pus, fezes ou urina de animais contaminados.
Os principais sintomas da doença são nódulos subcutâneos nas mucosas nasais, pulmões e gânglios linfáticos, além de catarro e pneumonia.
A taxa de mortalidade da doença é alta e gera graves consequências para os rebanhos. A partir da presença de um animal infectado na propriedade, o mormo pode ser transmitido para todos o rebanho pela água, ambiente onde a bactéria pode sobreviver por bastante tempo; utensílios e alimentos contaminados. Dessa forma, uma das principais medidas para evitar que a doença se espalhe é a desinfecção completa e rigorosa da propriedade.
O mormo é uma doença de interesse sanitário, econômico e social, que preocupa a todos, pois pode ser transmitida para humanos.
Não existe vacina ou tratamento para a doença, e os animais acometidos devem ser sacrificados para evitar a transmissão, por isso os cuidados com prevenção devem ser redobrados.
Presença de mormo
Ao notar algum sintoma suspeito de mormo ou anemia infecciosa equina é preciso notificar a suspeita às autoridades do município. Para manejar o animal com a suspeita é preciso utilizar máscara e luvas. É preciso isolar o animal infectado dos demais, mantendo-o afastado dos comedouros e bebedouros coletivos.
Por: Camila Pedroso
Fonte: Canal Rural
Fotos: Arquivo
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