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Cavalos selvagens existem na América desde o Século 16

Muitos programas nos Estados Unidos visam proteger e preservar o contingente de mustangs ainda existentes

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Você sabia que os mustangs são cavalos selvagens que circulam livres em terras públicas nos Estados Unidos? Marcam, sem dúvida, um lugar especial na história do oeste americano. Mas de onde se originou esse grupo? De acordo com a Mustang Heritage Foundation, há a herança como descendentes de cavalos que vieram pela primeira vez às Américas com exploradores e missionários espanhois no Século 16.

Oeste selvagem, inexplorado, com cavalos selvagens que vivem livres do contato humano. É por isso que os mustangs têm essa aura de mistério, mas não há risco de extinção. O contingente caiu, é verdade, mas ainda existem muitos exemplares bem cuidados e protegidos, inclusive, por entidades que se dedicam a preservar essa raça. A conta já foi de 2 milhões no Século 19, mas hoje está em cerca de 25 mil exemplares.

A culpa desse ‘desaparecimento’ dos cavalos selvagens foi o processo civilizatório do continente americano. A expansão da civilização também criou competição pela terra que fornece abrigo, comida e água aos mustangs. Por conseguinte, aumentou a necessidade de cavalos domesticados.

Muitos programas nos Estados Unidos visam proteger e preservar o contingente de cavalos selvagens mustangs ainda existentes no mundo

Lei de proteção

Na década de 1950, surgiu uma árdua defensora dos cavalos selvagens. Ativista do bem-estar animal, Velma B. Johnston liderou uma campanha para impedir a erradicação de mustangs e burros selvagens de terras públicas nos Estados Unidos. Conhecida como ‘Wild Horse Annie’, foi fundamental na aprovação de legislação para impedir o uso de aeronaves e veículos terrestres na captura desumana dessas espécies.

Entre outros projetos, ela lançou a ‘Guerra do Lápis’, em que convidou outras pessoas, incluindo muitas crianças em idade escolar, a se juntar a ela para escrever cartas ao Congresso. Queria mudanças e não ia desistir. Até que um projeto de lei (Lei Pública 86-234) proibindo o uso de veículos motorizados para caçar cavalos selvagens foi aprovado em 1959. Lutou mais até que o Congresso aprovou a ‘Lei de Cavalos e Burros Selvagens Livres’ (Lei Pública 92-195) em 1971.

E tudo porque um dia, dirigindo para o trabalho, viu um caminhão suspeito cheio de cavalos. Mudou seu caminho e o seguiu até um matadouro. Assim, Velma buscou a origem desses cavalos e descobriu que foram capturados em terras privadas e estaduais em Nevada. Então, a ativista tomou medidas para garantir um tratamento mais humano aos cavalos selvagens quando capturados e transportados.

Criada em um rancho, em Reno, Nevada, deixou um importante legado. Sua causa apareceu em todos os veículos mais importantes da época. Incluindo a presença em um filme western, Running Wild.

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Bureau of Land Management

Em 15 de dezembro de 1971, o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, sancionou o projeto de lei, encarregando o Bureau of Land Management da tarefa de preservar e proteger a população americana de cavalos selvagens e burros.

Hoje, o BLM continua a gerenciá-los em 26,9 milhões de acres de terras públicas. Além dessa responsabilidade, a instituição também tenta manter o equilíbrio ecológico saudável, diminuindo os danos à vegetação nativa e desencorajando o crescimento de ervas invasoras que reduzem o abastecimento natural de água e alimentos.

Isso requer monitoramento cuidadoso do tamanho do rebanho para garantir que a população de cavalos selvagens e burros não exceda a capacidade do habitat. Como resultado, há programas de adoção de mustangs

Fonte e Fotos: Mustang Heritage Foundation

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