Filha de Apache Blue Boy e Soft Smoken (por JD Playin Gin), Apache R Hali é a grande parceira do brasileiro Junior Nogueira nas pistas de Team Roping nos Estados Unidos. Em 2020, para coroar esse encontro, os dois foram campeões mundiais AQHA Open Senior Laço Cabeça e reservados AQHA Open Senior Laço Pé no mesmo dia.
Junior Nogueira obteve mais da metade de seus US$ 2 milhões em ganhos na PRCA com vitórias em rodeios no lombo de Apache R Hali. Uma égua de pelagem tordilho, nascida em 2007, que levou o ídolo brasileiro – e mundial – do laço a grandes êxitos. “Hali é ótima em tudo o que faz. Além disso, é o cavalo mais bonito que já montei e o melhor que já tive. Ela é sólida e inteligente”, descreve o treinador.
Segundo o brasileiro, com Hali ele pode laçar cabeça, pé e bezerro. “Consistente, posso viver a vida inteira com ela indo aos rodeios e em seguida termos êxito em uma prova tão importante e técnica como o Campeonato Mundial da AQHA. De fato, só um cavalo muito, muito especial e único para fazer isso”.
Junior Nogueira comprou Apache R Hali em 2016 do laçador bicampeão mundial Kollin VonAhn. Logo depois que VonAhn fez dupla com ela em 2015 na conquista do seu segundo título mundial da PRCA. Juninho estava em busca de um bom cavalo de laço para as competições e deu de cara com uma égua muito rápida e muito forte. Na primeira prova juntos, em San Angelo, os dois levaram o primeiro lugar.
O começo
Quando Hali tinha apenas seis anos, VonAhn a montou no ‘4 de julho’ depois que seu cavalo se machucou. Ela não só nunca tinha estado em um rodeio, como só tinha ido a um jackpot com Kaleb Driggers alguns dias antes. Antes de comprá-la, Juninho teve a chance de montá-la sem compromisso para experimentar a égua em um rodeio em Rapid City, South Dakota. Mas VonAhn sabia que os dois se acertariam.
Antes de mais nada, com Apache R Hali, Junior Nogueira conquistou importantes títulos. Um brasileiro talentoso em terras americanas no difícil circuito mundial precisava de uma parceira a altura. Com Hali e os outros dois cavalos treinados por ele, o brasileiro segue cada vez mais firme e forte. Know-how que adquiriu ainda no Brasil enquanto crescia no meio do laço e do cavalo tendo os pais como inspiração, assim como grandes ídolos americanos, alguns deles que tornaram-se amigos e mentores.
Por outro lado, Hali tem genética. Seu pai, Apache Blue Boy, é cinco vezes campeão mundial AQHA. São dois títulos no Pé e três na Cabeça na categoria Amador. E não para por ai. Ele sempre venceu em provas pela AQHA e outros eventos. Seu feito também foi ter produzido a melhor fêmea de Laço Pé da atualidade. “Apesar de ser tão nova, Hali tem os maiores ganhos para uma égua de Laço Pé”, reforça Juninho.
Trajetória de Junior Nogueira e o encontro com Apache R Hali
Junior Nogueira passou dois curtos períodos nos Estados Unidos, em 2007 e 2009, quando trabalhou para Robbie Schroeder. Até que em 2014 viajou novamente do Brasil levando seu talento e US$ 500,00 para ficar de vez. Encontrou apoio em Jake Barnes, seu parceiro na conquista do título de Rookie of the Year em sua estreia na PRCA.
De lá para cá são sete finais mundiais no currículo. E ainda um quarto lugar em 2015, quatro vice-campeonatos mundiais de Laço Pé e um título de All Around em 2016. Sem contar outras vitórias importantes, como no The American, RodeoHouston, USTRC, Hork Dog, Bob Feist International, entre outras.
Até hoje, participou da NFR com quatro parceiros diferentes. Jake Barnes em 2014; Jojo Lemond em 2015 (por conta de um acidente que Barnes sofreu às vésperas da competição); Kaleb Driggers e Cody Snow. Entre eles, Driggers é a parceria mais longa, desde 2016. Ou seja, Hali entrou na história do brasileiro em um momento muito especial. Ao lado do parceiro, Juninho conquistou tudo até agora.
Falta a tão sonhada fivela de campeão mundial Laço Pé. “Eu costumava ficar mais chateado por chegar tão perto e não ganhar a fivela de campeão mundial. Mas eu tenho paz agora, porque sei que trabalhei muito e fiz tudo ao meu alcance. Por exemplo, terminei em primeiro lugar na temporada regular (antes da NFR) quatro vezes, de 2016 a 2019, com Hali sob minha sela. E isso significa fomos a melhor equipe em todas as situações”, finaliza Juninho.
Por Luciana Omena
Crédito das fotos: Arquivo Pessoal
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