O aparelho digestórios dos equinos é muito complexo e delicado, exigindo do criador a adoção de cuidados especiais para que o animal não sofra com as temidas cólicas. A hidratação adequada é primordial para garantir o bem-estar dos animais.
De acordo com o médico veterinário Fabio Camargo, responsável técnico de seguro de animais da FF Seguros, o período entre novembro e dezembro costuma registrar um pico de ocorrências de cólicas em equinos, principalmente entre aqueles que são criados em baias. “Neste período, sempre temos um aumento na demanda por reembolso cirúrgico em decorrência de complicações de cólicas nos cavalos segurados”, conta.
Sazonalmente, o tempo seco impacta na alimentação dos animais. O trato gastrointestinal do cavalo pode sofrer com um funcionamento mais lento e ter mais dificuldade para digerir as rações e feno oferecidos. Com isso, há o risco de maior incidência de cólicas e outras complicações que podem até levar ao óbito do animal. “Os animais mais velhos, principalmente a partir dos 15 anos de idade, possuem uma dentição diferente e costumam mastigar menos, então esses animais requerem mais cuidados com a alimentação”, alerta o veterinário.
Diferentemente dos bovinos, os equinos não são ruminantes, então o estômago do cavalo não apresenta diferentes compartimentos que facilitam a digestão. Além disso, o órgão é considerado pequeno para o porte dos equinos, com capacidade em distensão máxima de 20 a 25 litros. A ingestão de alimentos em excesso e formação de gases podem provocar dilatação abdominal e o cavalo não tem a habilidade de vomitar. Dessa forma, pode até mesmo ocorrer uma ruptura gástrica.
O intestino delgado e grosso podem somar cerca de 40 metros de comprimento e são também considerados órgãos delicados. Os alimentos podem “parar” em determinada região do intestino delgado ou grosso do cavalo, principalmente na transição entre eles, e o órgão pode torcer ou se deslocar. A torção intestinal é uma situação grave que provoca dor intensa e pode requerer rápida intervenção cirúrgica. Se não for atendido brevemente, o animal pode vir a óbito.
É fundamental buscar atendimento veterinário sempre que houver quaisquer sinais de cólica equina. “O cavalo é muito sensível à dor. Quando sente dor, o animal fica inquieto, olhando para a barriga ou pode até se jogar no chão e se machucar. A síndrome cólica pode provocar diferentes sinais de dor, o que requer a atenção do responsável por provocar sinais como inquietação, frequência cardíaca aumentada e sudorese”, alerta Camargo. A cólica pode ser diagnosticada rapidamente em exame clínico com um médico veterinário, por meio de auscultação, e ser controlada com a passagem de sonda nasogástrica e às vezes medicamentos.
Prevenção das cólicas
Para prevenir a cólica equina, é fundamental fracionar a alimentação, oferecendo porções menores de rações e feno por três a quatro vezes ao dia. Também é essencial priorizar a hidratação, realizando a limpeza do cocho e a troca de água com maior frequência durante o verão. “Os equinos são seletivos. Se a água estiver suja, o animal não bebe, então é importante sempre oferecer água bem fresca”, diz Camargo. Além disso, é recomendável disponibilizar sal mineral, cujo consumo geralmente estimula o animal a beber mais água.
Além de prejudicar a qualidade de vida e o rendimento do animal, as cólicas geralmente lideram os casos de emergência veterinária de equinos. Existem outras razões para as ocorrências de cólicas como a gastrite e as infecções causadas por microrganismos. No entanto, os cuidados com a alimentação e hidratação sempre são recomendados para prevenir problemas de saúde principalmente durante o verão.
Seguro para equinos
É importante que os criadores possam contar com um seguro para preservar a saúde dos cavalos, éguas e potros. O seguro de equinos da FF Seguros oferece indenização em caso de atendimento clínico e cirúrgico de emergência. A cobertura reembolsa as despesas com transporte, internação e medicações, respeitando o limite máximo contratado na apólice de até R$ 30 mil, e esse tipo de sinistro de emergência veterinária pode ser registrado até duas vezes ao ano.
Por Assessoria de imprensa
Fotos: Divulgação FF Seguros
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