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Julgamento na Expolondrina abre etapa do Campeonato Nacional de Mini Horse

ExpoLondrina começou no último dia 05 e segue até o dia 14 de abril no Parque Ney Braga, em Londrina (PR), reunindo shows e provas equestres

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Julgamento na Expolondrina abre etapa Nacional do Campeonato Nacional de Mini Horse

Começou na última sexta-feira (05), a 62ª Expolondrina, que será realizada até o dia 14 de abril no Parque Ney Braga, em Londrina (PR). Como virou tradição há mais de dez anos, a ExpoLondrina marca a abertura do Campeonato Nacional de Mini Horse.

Um total de 36 cavalos participou do julgamento que avalia as características morfológicas dos animais em 20 categorias de machos e fêmeas jovens (até 36 meses de idade) e adultos (acima de 36 meses) na pista central do Parque Ney Braga no sábado (6) e domingo (7).

Julgamento Mini Horse

A competição, promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Mini Horse, acumula pontos no ranking nacional para os animais melhores avaliados em cada etapa – são de oito a dez no ano. A graça dos pequenos cavalos costuma despertar a atenção dos visitantes da Expo, especialmente as crianças. São elas, afinal, o público-alvo na comercialização dos Mini Horses no país, mercado que envolve mais de 8 mil animais registrados na associação nacional.

“Esse evento é muito importante porque a gente consegue reunir equinos de pequeno porte para que as pessoas possam entender também que os cavalos têm diversas aptidões, e além disso fomenta famílias e crianças saberem também que o cavalo pode ser um pet”, destaca a diretora de atividades equestres da Sociedade Rural do Paraná, Roberta Garbelini Gomes.

São diversas aptidões avaliadas no julgamento. Conforme explica o criador e juiz da etapa de Londrina, Paulo de Andrade Carvalho Neto, o princípio é que os animais obedeçam a um padrão racial estabelecido pela associação dos criadores. “Avaliamos se o animal tem uma boa saída de pescoço, que é o ângulo de 45 graus, que tamanho e angulação da garupa sejam proporcionais, que tenha uma garupa um pouco mais reta, por exemplo, além de uma cernelha bem destacada, que é a região entre o final do pescoço e começo do dorso”, detalha.

Outros critérios avaliados no julgamento são passagem de dorso, lombo e garupa, além de um trote ou marcha que permita um bom andamento do mini horse. “Nas fêmeas procuramos uma cabeça mais delicada, mas também bem desenhada, e no macho uma cabeça um pouco mais expressiva, mas não pesada, bem lapidada. Nos dois gêneros, também é considerada uma ganacha [bochecha] bem definida, sendo que no macho um pouco mais ampla e que traga um pouco mais de masculinidade para o animal”, pontua o julgador.

Ainda segundo Carvalho Neto, são desclassificados para o julgamento os cavalos com uma enfermidade de dentição conhecida como prognatismo, que é a mandíbula avantajada em relação à pré-maxila do animal. “No bragnatismo, que é o processo inverso, culminando no encurtamento da mandíbula, aceitamos até meio dente”, explica.

Gerente de eventos da Associação Brasileira de Criadores de Mini Horse, José Bastos Cruz Sobrinho, o Zezé, afirma que a etapa de julgamento é importante para agregar valor de mercado ao animal ao estimular seu processo evolutivo, além de ter um caráter “educativo”. “O julgamento é educativo, se for visto de forma bem neutra pelo criador vai orientá-lo para saber se está no caminho certo, se o animal está adequado para estar na evolução da genética do seu criatório ”, considera.

Destinado ao público infanto-juvenil, mercado tem boa liquidez

Criador e gerente de eventos da Associação Brasileira de Mini Horse, José Bastos Cruz Sobrinho explica que o mini horse é uma raça de pônei que tem as mesmas características morfológicas e reprodutivas dos cavalos de porte. “O mini horse é um equino igualzinho a qualquer outra raça, não muda absolutamente nada, inclusive a parte reprodutiva”.

Ele pontua que um dos padrões raciais determinados por entidades reguladoras da equinocultura está relacionado à altura dos animais. “Todo equino com menos de 1,38m é considerado do agrupamento do pônei. Existem várias raças de pônei, e o mini horse é a menor raça de pônei criada no Brasil”. Na fase adulta, os animais têm altura média de 89 a 98 centímetros.

Por ser considerado um cavalo de estimação, o mini horse tem o comércio destinado majoritariamente ao público infanto-juvenil. “É um mercado muito forte destinado geralmente ao público mais jovem e crianças. Temos tido um mercado com boa liquidez na criação dos animais. Os Mini Horses são muito rústicos, dificilmente ficam doentes, são fáceis de serem criados e manejados, com a vantagem de que ocupam menos espaço e comem menos”, afirma o criador.

Só que a graça da aparência dos minis cavalos costuma levar as pessoas a considerá-los mansos, uma falsa impressão, conforme alerta o membro da associação dos criadores. “A gente sempre orienta as pessoas, porque como ele é pequenininho, acham que é manso por natureza. O animal tem que ter todos os cuidados de um cavalo normal”, aconselha.

São cerca de 8 mil minis pôneis registrados na Associação Brasileira de Criadores de Mini Horse, que também faz o controle de registro genealógico dos animais. A maioria dos criatórios está no estado de São Paulo. A alimentação deles é similar a dos cavalos de grande porte, à base de farelo de soja, farelo de trigo e milho. A diferença é que o equino tradicional consome cinco vezes mais de ração por dia.

Os resultados do julgamento de Mini Horses podem ser conferidos através do site da Expolondrina.

Por Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação/Expolondrina

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