O atleta, que tomou a decisão de se aposentar em 2017, tem quatro das mais almejadas fivelas douradas da PRCA
Nascido no estado do Oregon, Bobby Mote foi treinado por Clint Corey, campeão mundial da modalidade Bareback Riding em 1991. Sua estreia na PRCA foi em 1996, aos 20 anos, mas os bons resultados só viriam quatro anos mais tarde. Em 2001, Mote se classificou pela primeira vez para a National Finals Rodeo e encerrou a temporada com o vice-campeonato.
Na época, o Bareback vivia uma renovação, pois a maioria dos competidores que haviam brilhado na década de 90, ou já haviam se aposentado ou estavam em fim de carreira. O quase desconhecido atleta de 25 anos ainda gerava desconfiança se um dia se tornaria um grande nome da modalidade.
Mas quem ainda duvidava teve que mudar de opinião já em 2002, quando Bobby Mote conquistou seu primeiro título mundial, após liderar quase toda a temporada e encerrar o ano com US$ 174 mil. No início da temporada seguinte (2003), ele quebrou a clavícula e deslocou o ombro durante o Houston Rodeo, ficando fora das arenas por mais de quatro meses, mas mesmo assim, encerrou a temporada na nona colocação.
Nos dois anos seguintes, apesar de se classificar para a NFR, Mote não brigou pelo título, fechando novamente em nono lugar na temporada 2004 e 12° em 2005. A partir de 2006, quando completou 30 anos de idade, o atleta só acumulou boas temporadas, conquistando os títulos em 2007, 2009 e 2010, além de outro vice-campeonato em 2006 e a terceira colocação em 2008, 2011 e 2012.
Com um total de US$ 2,7 milhões em prêmios, ele o competidor de Bareback que mais ganhou dinheiro na história da PRCA e um entre os maiores de todas as modalidades. Em 2010, também quebrou o recorde de maior número de rodadas vencidas durante a NFR, 21, estendendo depois para 23.
Na modalidade que o consagrou, Bobby Mote soma mais 110 títulos, entre eles o de importantes eventos como Cheyenne, Houston, Reno, Fort Worth, Pecos, Denver, Tucson e Ponoka. Casado e pai de três filhos, foram 15 qualificações para a NFR ao longo da carreira. Em 2017, tomou a decisão de parar. Passou dois anos pensando nisso, até que realmente saiu de cena. Desde criança ele queria ser um cowboy, e conseguiu. Muito mais do que sonhou, segundo ele.
Foi difícil no começo, já que estava habituado a voltar para casa de um rodeio sempre pensando na próxima etapa. Mas ele sabia que tinha chegado a hora. “Eu fui muito abençoado e os números me dão certeza disso. Ouvi muitas pessoas dizendo que eu era o competidor mais consistente que tinham visto montar. Quando olho para trás, avaliando as metas que fiz quando estava começando, vejo que realizei todas elas”.
Embalado pelas músicas de Chris Ledoux, ele deu sequência a uma nova carreira, algo que sempre amou: criação de cavalos. Ele atua junto ao Reliance Ranches, um dos líderes do segmento, provendo alta genética de cavalos Quarto de Milha para a indústria da corrida, que possam ser ótimos animais em laço e três tambores.
Ele é também o idealizador da World Champion Rodeo Alliance, parceira da Professional Bull Riders. O formato da WCRA tem quatro etapas majors por ano, com outras quatro semifinais, pagando mais de US$ 6 milhões. São eventos selecionados a dedo, que elevam o esporte rodeio a outra potência.
Fonte: Abner Henrique, PRCA e Website Official
Fotos: Matt Cohen e Website Official