Pan: Estreia do Brasil no Salto deixou equipe em segundo lugar

Além da qualificação olímpica, o Time Brasil de Salto pode conquistar o hexa por equipes

Todos os quatro integrantes da equipe zeraram a prova de velocidade e vêm com menos de uma falta (4 pontos perdidos) na competição no Club Militar La Molina, em Lima. A largada dos brasileiros nos Jogos Pan-americanos 2019, nessa terça-feira, 6 de agosto, foi perfeita.

O primeiro a largar foi Eduardo Menezes com H5 Chaganus que cruzou a linha de chegada em 70s95. O segundo, pelo time brasileiro, foi Pedro Veniss com Quabri de L Isle (foto), 70s93. Depois entrou Rodrigo Lambre com Chacciama, 71s33. E, finalmente, Marlon Zanotelli montando Sirene de La Motte, que fechou a rodada brasileira em 71s02.

Foram tempos que também deixaram os brasileiros entre os dez melhores dessa primeira passada. Pedro em quarto, Eduardo em quinto, Rodrigo em sétimo e Marlon em 11°. A armação dos percursos está a cargo do brasileiro Guilherme Jorge, armador na Rio 2016 e no Pan 2007.

Com esse resultado, o Brasil virou em segundo lugar na disputa por equipes com apenas 3,39 pontos perdidos. Atrás dos Estados Unidos, que vem 2,09 pp, uma diferença de apenas 1,3 pp. Hoje, 7 de agosto, com dois percursos a 1,60m, será definido o pódio por equipe. As duas passadas valem ainda com qualificativas para a disputa individual. As três primeiras equipes garantem vaga de seus países para as Olimpíadas de Tóquio.

Como os americanos já estão qualificados, por terem garantido ouro nos Mundial 2018, abre-se uma vaga caso eles confirmem uma boa posição. Todos integrantes da equipe brasileira não pouparam elogios ao técnico o suíço Philipp Guerdat, que liderou a França na conquista do ouro na Rio 2016 e Pedro Paulo Lacerda, chefe de equipe.

“Saiu tudo com eu planejei. Tive que adaptar alguma coisa ou outra no meio do caminho, mas o meu cavalo está saltando muito bem e estou confiante”, disse Eduardo, 39 anos, há 20 morando no exterior, com experiência em Pan e Olimpíada. “Realmente, o Phillip Guerdat só nos surpreende tecnicamente e no trabalho de união e moral da equipe”.

Pedro, 36 anos, radicado na Europa há 15 e mais experiente da equipe em participações internacionais, falou sobre seu grande cavalo Quabri. Um garanhão sela francês de 15 anos, com o qual desde 2014 vem garantindo os títulos mais importantes.

“O Quabri mais uma vez esteve fantástico hoje. Acho que tivemos um bom começo, mas ainda temos muitos percursos pela frente. Ele grita um pouco no aquecimento, mexe com as éguas, gosta de ser o chefe. Como tem um caráter muito bom, deixo ele brincar”, destacou ele em seu terceiro Pan.

Outro que entrou confiante foi Rodrigo. “Entrei confiante porque os dois primeiros já haviam zerado e foram rápidos. Estou muito contente com a atuação da Chacciama e o técnico falou para eu ir um pouco mais conservador. Acho que com esses cavaleiros e equipe técnico podemos chegar longe”.

É outro cavaleiro que mora fora o Brasil mas tem orgulho em defender sempre as cores verde e amarela. Para Marlon, 31 anos, que mora na Europa, o resultado desse primeiro dia foi excelente. “Tivemos a estratégia de hoje começar com Eduardo, com um cavalo que ele conhece bem e dar tempo paro Pedro assistir um pouco”.

Ele conta que na sequencia, “entrou o Rodrigo e eu. Nosso planejamento deu certo, estamos a menos de uma falta dos Estados Unidos. Amanhã vou abrir a rodada da equipe e o Pedro fecha”, adiantou Marlon, que fez um agradecimento a sua égua, Sirene, que é de propriedade de um francês, grande apoiador do esporte.

Portanto, para hoje, a ordem de entrada da final por equipe do Brasil fica: Marlon, 13º, Eduardo, 25º, Rodrigo, 37º, e Pedro, 49º. Após essa decisão por equipe em duas voltas, a 1.60 metro, horário local 9h às 12h e 13h às 17h. Os conjuntos terão um dia de intervalo. Voltam na sexta, 9 de agosto, os 35 melhores conjuntos para a disputa da final individual.

Colaboração: Assessoria de Imprensa CBH
Fotos: Luis Ruas/CBH