Como minimizar o risco de cólicas em equídeos

Qual criador que nunca se viu desesperado ao ver um animal rolando no chão com sintomas desta grave patologia.

Esta doença gastrointestinal geralmente é acompanhada de sinais de dor, mais especificamente na região abdominal dos equídeos (suor excessivo, animal rola no chão, morde a barriga, fica inquieto, tem respiração ofegante etc.). Se não forem tomados os devidos cuidados, essa doença pode levar o animal à morte rapidamente.

Primeiramente, quando se observa os sinais de inquietação do animal, a medida mais sensata e que poderá salvar a vida dele é entrar em conato com o médico veterinário com urgência. Qualquer tentativa de socorro realizada por leigos ou pessoas não capacitadas pode colocar em risco a vida do animal, ou também mascarar problemas mais graves. Então, a dica é: Nunca faça a aplicação de medicamentos sem antes consultar um profissional capacitado. Em alguns casos as cólicas precisam ser tratadas em um hospital por conta da gravidade, pois, para salvar o cavalo, será necessário recorrer a um procedimento cirúrgico.

A própria domesticação dos equídeos é um dos fatores causadores de cólicas, porque retiramos os animais de seus habitats e o colocamos em cocheiras, e, em muitos casos, restringimos o uso do volumoso e utilizamos grandes quantidades de ração.

Os equídeos são herbívoros e grandes selecionadores de alimentos, que chegam a pastar até 20 horas por dia, sendo assim, necessitam de volumosos de excelente qualidade e que estejam disponíveis à vontade.

É importante também se atentar à qualidade da água, pois um cavalo adulto poderá ingerir até 70 litros por dia, principalmente se estiver em regime de trabalho intenso. A falta de água poderá ocasionar cólicas, então é importante se atentar à disponibilidade e qualidade da água fornecida e também ao manejo na limpeza dos bebedouros.

Quanto às rações, que são fundamentais, principalmente para os cavalos atletas, o ideal é que se divida em diversas refeições, no mínimo três, pois a capacidade volumétrica do estômago é pequena. Portanto, adotando este manejo, consequentemente conseguimos minimizar o risco de cólicas.

Mantenha sempre o suplemento mineral disponível no cocho saleiro, à vontade, inclusive nos dias de competição. Os minerais estão envolvidos em diversos processos no organismo do animal, por exemplo, auxiliando na digestão de ingredientes e sínteses hormonais, e sua demanda aumenta quando os animais estão sendo mais exigidos fisicamente.

Inclua na rotina, mediante a indicação de um médico veterinário, o manejo correto de desverminação do rebanho, pois os parasitas gastrointestinais também causam cólicas.

Por Ricardo Franzin de Moraes
Médico Veterinário – Tortuga
Foto: Tortuga

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