Claudinei Oliveira, proprietário da Hípica Cenaem, doma e treina cavalos desde muito novo, são mais de 35 anos de experiência nessa profissão
Os maiores prêmios sempre estão nas categorias abertas e por isso acaba sendo um desafio treinar os animais para amadores. Claudinei Oliveira, proprietário da Hípica Cenaem, antes de formar seu próprio CT em 1998, trabalhou em outros centros de treinamentos e em alguns haras.
Ademais, conquistou muitos títulos e subiu inúmeras vezes no lugar mais alto do pódio em mais de 35 anos de profissão. Aos poucos, sua satisfação passou a ser assistir os animais realizando um bom trabalho na mão dos proprietários.
Portanto, optou por preparar os cavalos para que seus alunos competissem. Uma tarefa, sobretudo, bastante desafiadora. Para ‘empistar’ e correr cavalos de clientes que não montam, Claudinei se lançou no desafio e preparou uma equipe de competidores. Assim sendo, somente monta os cavalos nas competições se for necessário realizar alguma correção específica.
Conforme sua filosofia, o treinador está sempre em busca de conhecimento e aperfeiçoamento de sua técnica. Claudinei fez inúmeros cursos com grandes nomes da modalidade como André Coelho, Marcos Monzinho, Décio Talon, Dito Monzinho, Sidney Junior, Talmadge Green, Troy Crumrine.
“A modalidade Três Tambores é muito dinâmica. Acima de tudo, a todo momento surgem coisas novas e quem não se atualiza fica pra trás!”, observa.
Danyelle Campbell
Em 2013, Claudinei participou da clínica no Brasil da treinadora e competidora americana Danyelle Campbell. Eventualmente, entre outros temas, abordou de forma enfática a obrigação do treinador de preparar animais fáceis para o competidor.
Desse modo, a partir dai o profissional entendeu que para atingir seus objetivos precisaria adotar comandos simplificados desde a doma. “Naquele tempo, por exemplo, era comum a gente girar os tambores com as duas mãos nas rédeas e exigir que os alunos tocassem assim”, lembra.
“Após os cursos, passei a ensinar os cavalos se movimentarem de maneira equilibrada usando só uma das rédeas. Uma grande evolução, portanto, que proporcionou passadas mais fáceis para os competidores e permitiu aos animais giros mais livres e rápido”.
Dessa forma, desde essa época Claudinei foi adequando seu treinamento às novas técnicas, sempre pensando na melhor maneira para facilitar a passada.
Metodologia
A metodologia adotada pela equipe da Hípica Cenaem hoje é baseada em dois pontos fundamentais: treinamento simplificado do animal e equitação bem desenvolvida do competidor.
Dessa maneira, qualquer aluno consegue, se quiser, ir sozinho para as provas e rodeios. Podem reconhecer a pista, aquecer e passar os cavalos tendo como base os treinos prévios. E, em grande parte das provas, eles têm voltado para casa com prêmios e boas classificações.
Deixar de competir e direcionar seu treinamento exclusivamente para o desempenho de seus clientes amadores e sua equipe pode não ser considerada a melhor escolha, pois vai na contramão do padrão atual.
A maioria dos treinadores preparam, ‘empistam’ e competem visando explorar o potencial máximo de cada animal. Precisam correr atrás de baixar tempo, ganhar pontos e quebrar recordes. Ainda que, muitas vezes, os proprietários nem montem em suas ‘máquinas’.
Entretanto, ainda que seja um trabalho mais difícil de ser reconhecido, o foco de Claudinei continuará sendo preparar conjuntos amadores para provas e rodeios. “É um trabalho gratificante! A meta é continuar levando o nome da Hípica Cenaem, evoluir, aprender, ensinar e conquistar, através de cada conjunto que eu coloco na pista!”
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Colaboração: Paula Camargo
Fotos: Cedidas