Semana passada apresentamos uma introdução ao trabalho de Comunicação Intuitiva realizado por Camila Morandini
De que maneira o seu cavalo pode falar com você? É uma técnica? Clique aqui para ler a primeira parte desse assunto. É importante para continuar acompanhando o desenrolar dele.
Camila e Michelle Samanta Ayres trabalham juntas. As duas são médicas veterinárias, contudo o trabalho de Michelle é abordar a Comunicação de uma perspectiva do todo, ou seja, entendendo que tudo está interligado. É uma abordagem integrativa, complementando o trabalho da Camila.
Michelle, o início
“Eu também sou veterinária e a comunicação surgiu quando eu estava na faculdade. Eu tinha um professor que olhava para o animal e sabia tudo que ele tinha. Isso foi algo que me deixou intrigada e com vontade de saber mais a respeito de como tudo isso funcionava. Depois, fiz especialização em ultrassonografia e radiologia.
Comecei a receber animais que pediam para fazer imagem em lugares específicos, pois não conseguiam descobrir o real problema. O detalhe é que os cavalos falavam que seus tutores também apresentavam o mesmo problema e no mesmo local.
Um dos animais que atendi apresentava problema de fecaloma já algum tempo. Com muita dor ao evacuar. E na comunicação eu descobri que era um estreitamento de pelve. Algo que ele tinha captado de seu tutor.
Conversando com as pessoas que tinham contato com esse cavalo, fechamos o diagnóstico. Tudo procedeu como ele tinha me falado. Então fui em busca de me especializar. Não só entender os animais bem como a menta humana. Uma forma de entender a mim também, pois é importante.
Quando você sabe escutar seu corpo, silenciar a mente, é possível escutar o que vem de fora. A humanidade sempre fez isso, desde os primórdios, mas se perdeu. Hoje em dia falamos mais do que escutamos. De tal forma que a técnica da Comunicação Intuitiva não tem nada mirabolante, é inato”.
Ligação com os órgãos do cavalo
“Inclusive”, acrescenta Camila, “um neurocientista brasileiro comprovou na USP, em São Paulo, a conexão da glândula pineal no cérebro com o mundo externo. Dessa forma, é como os animais se comunicam entre eles, através da pineal também. A do humano é pequena porque damos mais vazam para nossa fala.
A dos animais é grande, porque recebe mais informação. Desse modo, foi assim que eu comecei a fazer a comunicação. Acredito que é, até hoje, o contato com a pineal que permite.
Por exemplo, a ligação do celular com a internet via wi-fi. Não vemos fisicamente essa conexão, mas ela existe. Para colocar para funcionar, os cientistas da NASA estudaram a função da pineal.
Michelle reforça dizendo que “além disso, o intestino devido sua extensão é capaz de captar mais informações por suas sinapses do que o próprio cérebro. Então, temos a possibilidade muito mais do ambiente do que o cérebro. O intestino é muito inteligente”.
Potro x Égua
“A ligação do cavalo com a mãe chega ao campo mórfico, outro assunto. De qualquer forma, ela existe. E pode chegar, às vezes, até a outra geração, até sete gerações antecessoras. Só para exemplificar, conversei com os óvulos da égua que fez inseminações”.
“Isso”, reforça Camila, “todas as filhos dela se machucam, ela só tem fêmeas. Então fomos em busca para saber o motivo. Fomos atuando não só no físico, mas também na AK e com a comunicação. Descobrimos que essa égua tem um problema de útero que está passando para as filhas. E que envolve diversas situações, por isso precisa-se quebrar essa cadeia”.
O cavalo de Três Tambores e o chicote (reio)
Três Tambores é velocidade, prova rápida, de agilidade, em que se usa ainda o chicote. O animal tem compreensão do motivo?
Para Camila, o problema do reio é a intenção. “No momento em que você toca o chicote e colocou intenção de machucar o cavalo, ele vai ser machuca”.
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Por Verônica Formigoni e Luciana Omena
Fotos: Verônica Formigoni