Competidor está há três anos na modalidade, mas compete desde os seis anos de idade
Leandro Gustavo Guilhen Marquezi, 33 anos, é natural de Tupã e hoje mora em Valinhos, ambas cidades do interior de São Paulo. Treina e tem seus cavalos no Cowboys Company, em Campinas, cidade bem perto de onde mora.
Formado em Direito, advogado atuante, tem em sua rotina comandar seu negócio, o Escritório Marquezi e Abdian Sociedade de Advogados, em Valinhos. Fidelizado pela RSNC Brazil, foi a Fort Worth, Texas, em junho, participar do Campeonato Mundial de Ranch Sorting, e voltou para casa com o título de campeão mundial.
Conversamos com ele para conhecer melhor sua trajetória. Confira!
Como tudo começou:
Leandro: Em 1992, eu tinha seis anos de idade, comecei na escolinha do Carlos Turra, em Tupã, nas modalidades três tambores e seis balizas. Nessa época, conquistei mais de 350 títulos. Os principais: campeão do Congresso Brasileiro, tricampão Paulista e pentacampeão regional. Aos 20 anos, parei de competir a fim de me dedicar aos estudos e à minha profissão de advogado. Aos 30 anos, retornei ao cavalo, na modalidade ranch sorting, onde já fui campeão Nacional em 2017, campeão do Congresso Brasileiro em 2017 e campeão mundial agora em 2019.
Lembra da sua primeira prova?
Leandro: Foi em 1993, no Recinto de Exposição da Exapit, em Tupã. Participei da minha primeira prova de três tambores, com minha égua Algema MW e com meu cavalo Bainho RF. A primeira prova de ranch sorting foi em 2016, em Jaguariúna, no Horse Week.
Já praticou outras modalidades e como busca se aperfeiçoar?
Leandro: Além das modalidades já mencionadas, também já lacei cabeça, praticando team roping. Para me aperfeiçoar, trago técnicas dos americanos e muito treino.
Tem alguém que admira no esporte?
Leandro: No esporte de uma maneira geral, o Ayrton Senna, por sua dedicação, talento e patriotismo. No ranch sorting, Brian Buckner nos Estados Unidos e no Brasil Thiago Paiva Moreira.
Como é o seu dia a dia hoje, para dividir o trabalho com os treinos e provas?
Leandro: Programei minha vida para isso. Trabalho até às 17h30 e, após esse horário, vou para os treinos. É o momento onde também relaxo e desestresso.
Quais cavalos monta atualmente?
Leandro: Mascarada Winnin JEB, Smart Dark Blue e Playboy Gray RE.
Fale sobre sua experiência recente da conquista do título mundial:
Leandro: Foi um título mundial conquistado no Texas, Estados Unidos. Ou seja, juntos aos precursores da raça Quarto de Milha e entre os cowboys americanos. Portanto, um título muito almejado pelos brasileiros, mas que nunca tinha sido conquistado.
A prova em si é muito grandiosa. Foram quase seis mil duplas inscritas, estimando mais de oito mil passadas, contando com as classificatórias, sete pistas de ranch sorting funcionando simultaneamente.
Na categoria Grand Rookie, na qual fui campeão, competiram 480 duplas de todo o mundo. Me tornei campeão junto do meu parceiro venezuelano Carlos Eraso. Depois da classificação no Brasil, fiz quatro classificatórias em Fort Worth até chegar à grande final.
Surgiram algumas dificuldades que tive de superar. Primeiro, por não competir com os meus animais. Aluguei uma égua no Texas. Segundo, o gado e a pista têm características diferentes do Brasil.
Qual o sentimento de ganhar entre os melhores do mundo?
Leandro: Felicidade é o sentimento! Foi muito bom ter orgulhado minha família e todos os brasileiros com este título inédito para o Brasil. Além de realizar o sonho de conhecer, consegui algo que outro competidor daqui ainda nunca tinha conquistado.
Qual título no Brasil você almeja?
Leandro: Apesar de já conquistado anteriormente, o Campeonato Nacional da ABQM é o título que mais almejo ganhar novamente no Brasil.
Tem um cavalo especial da vida?
Leandro: Difícil falar de um só, mas vou tentar resumir: Bainho RF, Algema MW, Miss Bianca JA e Firsty Red.
Planos para o futuro?
Leandro: Na carreira equestre, meus planos são o de continuar me aprimorando na modalidade e continuar participando dos campeonatos no Brasil e nos Estados Unidos.
Por Luciana Omena
Fotos: Cedidas