Conheça um pouco da história de André Silva, que montou em touros quando jovem, mas agora é um dos fotógrafos oficiais da PBR nos Estados Unidos
O rodeio chegou à vida de André Silva antes da fotografia. Apaixonado pelo segmento e morando no interior de São Paulo, ele se aventurou nas arenas montando em touros. Mas foi por pouco tempo, nada que chegasse a ser perto de algo profissional. Logo, começou a pensar em outra atividade que pudesse unir uma profissão com sua paixão pelos rodeios.
Ele em uma das duas finais mundias da PBR. Foto: arquivo pessoalE ele começou a fotografar, de forma amadora. Em paralelo, fazia faculdade. Quando ganhou de presente uma câmera mais profissional do pai é que começou a levar mais a sério. Os primeiros rodeios que trabalhou foram na região de Sorocaba, onde morava, e em pouco tempo já estava se aventurando nos maiores e mais conceituados como Americana e Barretos.
“Considero que comecei minha carreira profissional em 2001, então já são 17 anos fotografando nos rodeios. Poucas pessoas sabem, mas não era fácil igual hoje. Nos primeiros eventos, não tinha onde me hospedar e sempre contei com a família do rodeio para me ajudar. Muitas histórias que serviram para amadurecer”, conta Andrézão, como é conhecido.
Ele sempre comenta que na fotografia 70% é estudo. Então, buscou formação em engenharia e jornalismo, mas mesmo assim sempre estudou. “Tive que me dedicar muito mesmo para entrar no mercado, para crescer e ser respeitado. Estudo quase que diariamente até hoje.”
Preparado, ele não perdeu uma grande oportunidade que surgiu no final de 2005 e que mudou o rumo da sua carreira. “Eu trabalhava na Confederação Nacional de Rodeio e na Revista Rodeo Country quando tive a oportunidade de ir para PBR (quando a Professional Bull Riders veio para o Brasil). Muitos me acharam louco, pois tinha uma grande estabilidade onde estava, mas quando soube que a PBR viria para o Brasil, não pensei duas vezes, deixei tudo para trás e agarrei com unhas e dentes a oportunidade, sou muito grato a PBR.”
Ele tem até uma tatuagem da logomarca da PBR antes mesmo de pensar em trabalhar para eles. “Eu já conhecia a PBR dos Estados Unidos e do mundial Toyota que teve no Brasil. É uma visão diferente, algo revolucionário, tratado como esporte como realmente é, sou fã de carteirinha.”
Para ele, sem dúvida, umas das grandes emoções da sua carreira é comemorar dez anos consecutivos que fotografa no maior evento do mundo de montarias em touros, a final mundial da PBR em Las Vegas. “A minha primeira final foi em 2007 e foi a realização de um sonho. Uma sensação indescritível, talvez o que eu imaginava que seria o auge da minha carreira. E, graças a Deus, esse ano vou para a minha décima final consecutiva.”
Hoje, ele e a esposa Patricia, trabalham nos Estados Unidos e ficam sediados em Paradise, TX. Talvez esse caminho tenha sido natural, já que com as oportunidades de trabalho que teve pela PBR, ele tenha conhecido muitas pessoas e visto que o mundo podia ser muito maior do que ele conhecia. Com muita garra, foi lá e abraçou. Ele vem dividindo sua vida há alguns anos, entre ficar períodos nos Estados Unidos e no Brasil, aproveita o calendário dos dois países, que permite algumas idas e vindas.
“Em 2017 decidi que ficaria um tempo maior por aqui. Além de aprender muito, pessoalmente, eu e minha esposa, queríamos viver experiências diferentes. Estou a trabalho nos Estados Unidos e com muita saudade do Brasil. Espero, em breve, estar de volta. A minha rotina aqui é parecida com a que eu tinha no Brasil. Todos finais de semana tenho rodeios, aqui é até um pouco mais corrido, pois o calendário praticamente não tem parada. Os eventos são de um ou dois dias e a grande maioria viajo de avião, pois são longe de onde moro”, encerra ele reafirmando que viver da fotografia em rodeios é a maior realização de sua vida.
Por Luciana Omena