Uma das festas mais cobiçadas por público e atletas, comemorou 33 anos com a presença de 250 mil pessoas em 2019
Foram sete dias de muita emoção durante a Festa do Peão de Americana. Com uma estrutura gigantesca, o Parque de Eventos CCA, onde ocorre o evento, possui um milhão de metros quadrados, sendo 40 mil cobertos. São dez mil vagas de estacionamento e mais de 50 pontos de venda de comidas e bebidas. Tudo para receber milhares de apaixonados pela música sertaneja e rodeio.
Na arena, com certeza, é onde o maior espetáculo da Festa acontece. Entre as competições mais aguardadas, as de montaria em touros ela PBR Brasil levaram ídolos para Americana. Filiada da maior associação da modalidade no mundo, a PBR apresentou além de duas etapas, o formato do PBR Iron Cowboy, exclusivo no Brasil para o evento. Sucesso, permite que o público acompanhe os duelos de forma clara e torça pelo seu favorito.
Na modalidade touros pela PBR Brasil nessa segunda semana de Americana, os atletas somaram notas na sexta e no sábado. No domingo, encerramento do evento, os 12 melhores tiveram a chance de voltar à arena. Sorteados em chaves, competiram entre si no sistema mata-mata. A cada duelo, um dos competidores é eliminado, seja por tempo de permanência ou nota. Foram quatro rodadas para definir o ‘cowboy de aço’ de 2019.
Ao final das duas primeiras rodadas, um título. E foi para o tricampeão mundial Silvano Alves. Com 175 pontos pelas duas notas somadas, ele subiu ao lugar mais alto do pódio em Americana pela quarta vez. “Vencer aqui é muito importante. Fiquei feliz de mais por estar montando bem, ter pego bons touros e saído daqui com mais uma fivela de campeão”. Desde a semana passada, vem fazendo boas montarias em solo brasileiro.
Para chegar ao título, Silvano passou pelo touro Promotor (Cia Paulo Emílio), no primeiro round , 88,50 pontos (a melhor da noite);e por Despacito (Cia Tércio Miranda), com 86,50 pontos. Ano passado, o ídolo mundial não esteve nesse rodeio, pois resolveu ficar nos Estados Unidos durante as férias de verão e a parada das etapas da categoria principal por lá. Na oportunidade, participou de etapas da PRCA.
Adriano Salgado ficou com o título de PBR Iron Cowboy 2018 no Brasil. Na semifinal, após montar direto nas quarta de final, Adriano enfrentou ninguém menos que Silvano Alves. Foi um dos embates mais esperados e emocionantes da disputa. Adriano foi o primeiro a montar nessa chave e encarou o touro Carcamano (Guto Paglioine).Marcou a maior nota da noite até então, 90,50 pontos.
As chances de Silvano estavam em uma nota maior sobre Careta (André de Mogi). No entanto, a apresentação dos dois resultou também em 90,50 pontos, para delírio da torcida. Tiveram que montar novamente para definir o classificado. Adriano montou em Fera (Rancho 3 Irmãos), caindo em 3s98. Enquanto Silvano, que também caiu, suportou menos tempo, 1s49 sobre Trem Fantasma (Paulo Emílio).
Na final, Adriano enfrentou Fábio Eleutério, que superou o duelo contra João Lucas na semifinal. Dois jovens competidores em suas melhores fases. Eleutério retornando de uma lesão que o tirou das arenas por um ano. E Adriano encarando os desafios de montar nos Estados Unidos. Ambos tinham pela frente dois dos melhores touros da PBR Brasil.
Mesmo eles não conseguindo nota na final,a torcida vibrou com as montarias. Eleutério permaneceu em cima de Mexicano (Paulo Emílio) por 3s99, enquanto Adriano suportou por 5s50 sore Impressionante (Tércio Miranda), conquistando o título do Iron Cowboy.
“Estou muito feliz”, disse emocionando, não controlando as lágrimas. “Era meu sonho estar na PBR Brasil, disputar um título assim, e vencer. Estive do lado de grandes competidores e consegui vencer. Isso é um marco na minha carreira como atletas”, desabafou.
Outras competições
A modalidade Cutiano esteve representada pela Copa Panther da Ekip Rozeta. Americana foi o primeiro rodeio a receber anos atrás essa competição e são 17 anos de parceria entre o rodeio e Enrique Moraes, diretor da Ekip Rozeta. A vitória foi de Kaio Henrique Barros, de apenas 19 anos. Montado no animal Cheiro de Malícia, fez 90 pontos, a maior nota da semana.
“Foi muito gratificante, porque estou nesta luta desde 2014 e este é o primeiro título da minha carreira. E olha só, ganhei em Americana. É muito especial”, comemorou.
Na prova dos três tambores, os tempos baixos eram superados a cada apresentação, o que tornou a competição imprevisível e disputadíssima. Mas foi Nívea Reina, de 40 anos, de Mairinque/SP, que fez o menor tempo da final. Com 17s765, montando Lider of Star Wars, consagrou-se campeã ao ter a menor somatória dos três dias de competição: 53s446.
“Foi muito acirrado. Eu estava em terceiro lugar antes da noite começar. Lógico que almejava a fivela, mas também achava muito difícil. E ganhar, pela primeira vez aqui, foi sensacional”. No pódio também, Larissa Xavier Ribeiro e Wolverine King EK, 53s479; e Kelly Caroline Pereira da Silva e Elvis Ta Fame, 53s816. Segundo Graziella Agnes, uma das organizadores junto com Camila Frizzo, 65 meninas se inscreveram.
Sob a locução eletrizante de Alessandro Mendes, no laço em dupla a vitória ficou para a experiente dupla Jorge Cury e Everton Chiozzini. Eles marcaram o menor tempo da final, 5s47, para ficar com a menor média 5s87. O segundo lugar ficou para Teco e Rogerinho Mendes, média final 6s09. Com Tu dos Santos e Nikinho Barone em terceiro, 6s26. Segundo a MZ Eventos Equestres, que organizou a prova, 132 duplas se inscreveram. Resultados completos, clique aqui.
“Foram sete dias de festa e nós só podemos agradecer a Deus, ao público, as famílias que compareceram em peso e aos patrocinadores por acreditarem e estarem conosco há 33 anos. São exatos 365 dias de trabalho duro para deixar tudo pronto. Com isso, reafirmamos o nosso compromisso em nos manter como um rodeio raiz, que preserva a cultura sertaneja na sua essência. Nos encontramos de 10 a 21 de junho de 2020”, encerrou o presidente do Clube dos Cavaleiros de Americana, Beto Lahr.
Por Luciana Omena
Colaboração: Assessoria de Imprensa e PBR Brasil
Fotos: Adilson Silva