Fabio Vieira da Silva encontrou aquele ‘algo mais’ nos Três Tambores

“Quando vi a prova de Três Tambores, imediatamente me veio a ideia de que era aquilo faltava para mim no meio do cavalo”.

O Dr. Fabio Vieira, 50 anos, Oftalmologista, quando montou um rancho em sua cidade natal, Santa Rita do Passa Quatro, perto de Ribeirão Preto/SP, o batizou de Rancho 20/20. Segundo ele, na Oftalmologia, é uma medida de acuidade visual e significa que quem tem 20/20 é uma pessoa saudável, com 100% de visão. Ou seja, a curiosidade das pessoas quanto ao nome tem uma explicação bem interessante.

“Sempre tive uma afinidade muito grande por animais, principalmente pelos cavalos. Me lembro quando pequeno de ir ao sítio do meu avô e fazer passeios a cavalo”, relembra ele que reside hoje em Ribeirão. O interesse em ser proprietário veio depois que ele terminou a faculdade e já estava com a vida mais estável. O início foi com a cavalgada, passeios com cavalos da raça Mangalarga, e romarias.

Mas sentia que falta algo mais, algo que só a modalidade Três Tambores pode proporcionar, que é a adrenalina e a velocidade inerente ao esporte. “Uma vez eu estava em uma romaria, em uma cidade próxima, e na programação do rodeio nessa mesma cidade, teve uma competição de Quarto de Milha, a prova dos Três Tambores. Quando vi, imediatamente me veio a ideia de que era aquilo faltava para mim no meio do cavalo”.

Além de gostar de passeio, para o doutor, o esporte que ele realmente se identificou foi os Três Tambores. “É algo ligado ao animal, ao cavalo, e é um esporte de velocidade, competição, Sempre fui muito competitivo e essa adrenalina que sentimos é algo que eu realmente procurava”.

No rancho, são em torno de 50 animais, entre potros, cavalos prontos, matrizes e cavalos mais velhos. São 20 matrizes no total, responsáveis por ter tornado Dr. Fabio um criador, além de competidor e proprietário. “Hoje já temos alguns filhos com as linhagens Castanho Red, Mr Ta Fame, Dash Ta Fame, Designer Red. Todo ano nascem de dez a doze potros. Fico com alguns e vendo os demais”.

Dr. Fabio pontua que criar é uma arte e aproveita para parabenizar todos os criadores de Quarto de Milha do Brasil. Em sua visão, é um cargo de alta responsabilidade, custos e investimentos. “Precisamos valorizar bastante os criadores. Parabenizo a todos, pois sei que não é uma atividade fácil, devido a todos os custos envolvidos”.

Alguns animais que ele faz questão de citar, que já foram seus e já estão com outros donos, mas que ele ainda é super fã: Shady More Leo, Bulgary Ta Fame, Dash Ta Fame Dash, Lider Jr, todos animais de muito destaque e vencedores por onde passaram. Mas entre suas paixões hoje, animais que são de sua propriedade, ele cita: Doc Jay Gamay HRI, Lady Pep Gallant, Tutuco Red, Miss Cook Creek, Mister Apolo Red, Red Roush. Verdadero Designer G, ST Mister Maker.

“Costumo dizer que comecei tarde, tinha mais de 30 anos quando fiz minha primeira prova como competidor. Muitas limitações que hoje, aos 50l pesam mais ainda. Para que eu continue competitivo, tenho alguns cuidados com a saúde e procurei também um treinador especializado no amador, Ditinho Marciano está a seis meses com a gente. Nesse período, houve crescimento grande dos cavalos e dos competidores. Ele é extremamente dedicado e comprometido. Tenno muito orgulho de tê-lo na nossa equipe”.

As competições que Dr Fabio mais gosta de ir são as oficiais da ABQM e os campeonatos regionais, como o Campeonato Barretos, do Rancho Mariana e do Núcleo de Bauru. São nessas provas também que ele já comemorou sus principais títulos. Seu sonho é chegar a bater 16 segundo no cronômetro. E para isso, ele acredita que não existe o fator sorte nos Três Tambores, é preciso investir em genética, treinamento, alimentação, cuidados veterinários e estrutura.

Para finalizar: “Agradecimento especial aos amigos que sempre me ajudaram; ao Adauto Pereira Lobo, o Lica, que já foi meu treinador e hoje é um grande amigo; ao Ditinho Marciano, que hoje está me ajudando muito a evoluir na modalid0ade; a toda equipe do Rancho 20/20; e a todos que nos rodeiam e ajudam nesse esporte.”

Por Luciana Omena
Foto: Beto Negrão

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