Uma semana dedicada à modalidade com a presença de competidores daqui e de fora que contribuem para crescimento e reconhecimento do evento
Mais uma vez o Haras Raphaela recebeu a Super Semana do Tambor com competidores de diversas regiões do Brasil. Além de representantes de outros países, que marcam presença na prova. A Super Semana que é uma realização da Nacional Barrel Horse Association of Brazil (NBHA) com o patrocínio da Organnact, e aconteceu entre os dias 16 e 23 de junho.
Foram mais de R$ 230 mil em prêmios. Esta foi a 6ª edição e contou com mais de 750 cavalos, 344 competidores, 600 baias alugadas e 2574 inscrições, nas diversas categorias. Segundo o presidente da NBHA Brazil, Abelardo Peixoto, a Super Semana foi, mais uma vez, realizada dentro do planejamento, superando as expectativas de público e de inscrições.
“Recebemos uma grande quantidade de cavalos no recinto e o número de inscrições ultrapassou o esperado. A ideia é sempre crescer e para o ano que vem, acreditamos em mais um show de prova”, destacou.
Este ano, além de inovação em termos de estrutura e programação, o evento apresentou a segunda edição da categoria ‘Clube dos 16’, que desde o ano passado é um destaque a parte. Chama a atenção do público, com passadas diferenciadas de conjuntos que mostram um grande potencial em pista.
“Essa é uma categoria composta por um grupo seleto de animais e competidores de alto nível. A busca pelo tempo na casa dos 16 segundos é constante por profissionais da modalidade, e qualquer competidor. Todos almejam entrar para o ‘Clube’”, explicou Abelardo.
Resultados
O conjunto Sidnei Pereira Junior e Querida Fly FNSL marcou 16s522, o melhor tempo da prova. Cravado durante a categoria Aberta Júnior. Na categoria Feminino, Thaisa Matos Ribeiro, montando B2B Maximus Rolls, conquistou o topo do pódio com o tempo de 16s833. Foi o primeiro tempo na casa dos 16 segundos de um dos melhores conjuntos da atualidade.
Sidnei Junior também se destacou na categoria Tira Teima, que com 265 inscrições foi a mais disputada da prova. Ele foi campeão com o tempo de 16s653, com Dreamer Ta Fame. Um dos destaques da modalidade hoje no Brasil, só nessa categoria, esteve presente com outros quatro cavalos entre os conjuntos que maçaram os dez menores tempos.
No ‘Clube dos 16’, o tempo de 16s638 de Lindomar Alves Bonfim, montando Spook Seis RLS, foi o melhor, comprovando a eficiência e constância do conjunto em pista. Já entre as categorias para os jovens competidores, Ellen Sayury Yamauchi participou da Jovem B (competidores de 12 a 14 anos). Ficou em primeiro, com o animal Designer By Signed, marcando o tempo de 16s975. A Jovem B com 45 inscritos foi a categoria mais disputada dentre as exclusivas para crianças e jovens até 18 anos.
Pela ANTT, que fez etapa bônus, Ellen pontuou em primeiro na Feminina, com 16s874, montando Designer By Signed. E pela Mirim ANTT, que englobou todas as categorias de 12 a 14 anos do evento, quem pontuou em primeiro foi Livia Rodrigues Lopes, 18s146. Nas etapas bônus, a ANTT realiza parceria com uma grande prova, e as competidoras assinalam na hora da inscrição se desejam pontuar também para o campeonato nacional de três tambores.
Competidor mais pontuado do Brasil
Com os resultados homologados pela ABQM após o final do evento, Sidnei Junior agora tem 7.381,50 pontos no ranking geral de competidores pela Associação. Aos 25 anos, vem escrevendo uma bela história. Superou o mestre Vagner Simionato, que era o mais pontuado de todos os tempos até esse final de semana. Vaguinho, um dos maiores ídolos do esporte equestre, tem 7.340,50 pontos no momento.
Pan Americano
A ideia era criar um evento onde os jovens competidores de todas as Américas pudessem competir, trocar experiências. Além de contribuir para que o esporte seja ainda mais disseminado nos países participantes e em outros que ainda não tem na sua cultura a pratica dos três tambores. O Pan Americano Juvenil, nessa primeira edição, contou com a participação de sete países latinos.
Estiveram no Haras Raphaela as delegações de Panamá, México, Uruguai, Costa Rica, Bolívia, Paraguai e Brasil. Cada país teve autonomia para fazer sua seletiva, desde que respeitasse a idade de 14 a 18 anos.
“Nossa entidade, está buscando fundamentar o esporte três tambores como uma prática esportiva, que seja parte da cultura nacional, assim como o futebol. Para isso, precisamos investir nas categorias de base, além de despertar o interesse nos nossos jovens em praticar o esporte. Pensando nisso, criamos em parceria com os países filiados da World Barrel Horse Association, o I Pan-Americano Juvenil”, enfatizou também o presidente da NBHA Brazil.
Chefe da delegação do Paraguai, Marcio Simon, disse que leva a experiência e as ideias de inovação para o seu país. Segundo ele, em relação à modalidade, ainda está em um nível inferior ao Brasil.
“É importante levarmos para o Paraguai tudo que vimos aqui, animais muito bons, estrutura de ponta e muitas questões que favorecem o crescimento do esporte no nosso país”, contou, dizendo também que o Paraguai hoje tem um campeonato disputado anualmente. E que toda experiência é válida pensando em contribuir para o reconhecimento deste.
O grande campeão do Pan-Americano foi o Panamá representado por Thaydee e Elí, em segundo lugar ficaram Mário e Gastão que correram com a bandeira do Uruguai e Antony e Erick da Costa Rica ficaram com a terceira posição.
Resultados completos: SEQM
Por Camila Furtado
Fotos: Cedidas