ABCCC lança série ‘Grandes Cavalos, Grandes Histórias’

Na primeira reportagem desta série especial relembra a história de três exemplares da raça

Que tal relembrar as histórias dos garanhões e éguas mais importantes da raça Crioula? Saber quais exemplares marcaram seu nome e suas conquistas na história do Cavalo Crioulo? Entender quem continua replicando a sua genética de qualidade, presente na 5ª geração de tantos outros campeões?

Através da série ‘Grandes Cavalos, Grandes Histórias’, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) pretende resgatar a história de exemplares da raça. Nesta primeira reportagem, confira a genealogia e feitos de três cavalos crioulos.

La Invernada Hornero

Primeiro lembrado, o tordilho ícone da raça Crioula: La Invernada Hornero. Garanhão cuja história é conhecida por todo aficionado pelo Cavalo Crioulo, mas que sempre vale a pena ser lembrada.

Antes de mais nada vale ressaltar que o cavalo é nascido em 8 de novembro de 1971 e foi importado do Chile por Flávio Bastos Tellechea em parceria com Dirceu Pons. O cavalo foi o responsável por revolucionar a raça no Brasil, tornando-se o Crioulo número 1 no Registro de Mérito na ABCCC.

Filho de Tren Tren Arrebol e Aculeo Nutria II, o tordilho teve 436 filhos e 6.733 netos que, no total, somaram 11.197,5 pontos de acordo com a última atualização do Registro de Mérito. Dentre eles, Itaí Tupambaé, o 1º ganhador do Freio de Ouro em 1982, BT Delantero, Nobre Tupambaé, Chicão de Santa Odessa, e tantos outros animais que enriqueceram as pistas de competição.

Seu legado, no entanto, ainda permanece na linhagem de milhares de descendentes que se destacam até hoje nas pistas. Como, por exemplo, Santa Alice Nublado II e Campana Vicuña – vencedores do Freio de Ouro 2019.

Santa Elba Señuelo

Segundo personagem da série é Santa Elba Señuelo, cavalo que presenteou a raça em vida por exatos 33 anos. Nasceu no Chile em 30 de agosto de 1977 e recebeu sua nacionalização junto à ABCCC em 1982.

Já em 1983 foi adquirido por Paulino e Agenor Ávila Costa para o trabalho diário na Cabanha Santa Angélica. O que chamava a atenção, segundo o ex-presidente da ABCCC, Maneca Costa, era a sua docilidade, inteligência, mansidão e habilidade. Tais virtudes que marcavam fortemente na época.

A partir dele, a genética chilena foi perpetuada em diversos campos através de sua descendência reprodutiva. Assim, a funcionalidade se fez presente. Não é à toa que o garanhão produziu 220 filhos e 1.252 netos que o colocam hoje em 2º lugar no Registro de Mérito da ABCCC.

Dentre eles, Muchacho de Santa Angélica, Viragro Rio Tinto e LS Balaqueiro, além de tantos outros cavalos multipremiados.

Nobre Tupambaé

No terceiro conteúdo do “Grandes Cavalos, Grandes Histórias” um importante garanhão da raça Crioula é Nobre Tupambaé. Presente na terceira colocação do Registro de Mérito da ABCCC, Nobre Tupambaé é filho do grande reprodutor La Invernada Hornero e de Preciosa dos Cinco Salsos.

Dessa forma, ele tem como irmão inteiro o famoso Itaí Tupambaé, que foi o primeiro Crioulo a levar para casa o troféu do Freio de Ouro, com Vilson Souza. Mais tarde, em 1990, montado pelo mesmo ginete de seu irmão, Nobre Tupambaé também ganhou destaque ao conquistar o pódio.

Para o seu criador e proprietário, Oswaldo Dornelles Pons, o rosilho de Esteio/RS chamava atenção pela grande habilidade na pista. Além disso, pela sua imensa coragem e temperamento marcante.

Finalizando sua jornada em 30 de outubro de 2008, Nobre Tupambaé também foi inspiração para ícones da música tradicionalista e nativista do sul do país. Ao todo foram duas canções que levaram o nome do cavalo, uma composta por Jayme Caetano Braun, outra por Joca Martins, fã assíduo do Cavalo Crioulo.

Por fim, graças a sua forte genética, Nobre Tupambaé soma mais de 1800 pontos no Registro de Mérito e conta com mais de 1400 descendentes de sua linhagem premiada.

Fonte: ABCCC
Crédito das fotos: Divulgação/ABCCC

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