A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) realizou no dia 23 uma Assembleia Geral Ordinária para a eleição da gestão 2021/2024.
A votação aconteceu no Rio de Janeiro e contou com participação presencial e remota. Ao todo, o Colégio Eleitoral contou com 19 das 21 Federações estaduais e sete representantes de atletas. As Federações do Rio Grande do Norte e Maranhão não participaram da eleição.
A chapa vencedora, com 1.175,43 pontos, foi a chapa 2 “Hipismo Forte e Ativo”, composta por Fernando Sperb como presidente e Bárbara Laffranchi como vice.
A chapa 1, “Hipismo pelo Brasil”, composta por Cláudio Gastão da Rosa Filho como presidente e Josenilton Neves como vice, obteve 1.014,572 pontos na votação.
Tiveram participação com direito ao voto representantes de 19 Federações estaduais e sete representantes de atletas
Eleição marcada por contestações na Justiça
Após quase dois anos da determinação da Justiça da anulação do pleito realizado em 29 de janeiro que destituiu a diretoria da época, a nova eleição finalmente foi marcada, com a formação de uma Comissão Eleitoral formada por nomes indicados pelos dois concorrentes ao cargo.
Eleição cercada de polêmicas
Desde o início, este processo eleitoral da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) foi marcado por confusões e polêmicas.
No dia da votação, as divergências entre as duas chapas que estavam na disputa estavam longe de acabar. Afinal, a assembleia para eleger o novo presidente da entidade, realizada no dia 29 de janeiro de 2021, terminou com os dois candidatos “eleitos”. Contudo, oficialmente, a CBH só reconhece um.
Mas por quê duas votações? De acordo com o que foi divulgado, o grupo formado pelos apoiadores da candidata Bárbara Laffranchi saiu da sala onde estava sendo realizada a assembleia originalmente por não concordarem com o fato de algumas federações terem sido impedidas de votar.
Dessa forma, ocorreram duas votações simultâneas: uma, dentro da sala elegendo Francisco José Mari, mais conhecido como Kiko, como novo presidente; e a outra no corredor em frente da sala do hotel, elegendo, do mesmo modo, Bárbara para o cargo.
Apesar das duas votações, posteriormente a assembleia a CBH confirmou por meio de nota oficial apenas a eleição de Kiko Mari e João Loyo de Meira Lins como os novos presidente e vice-presidente.
Entenda a polêmica da eleição da CBH
Originalmente, a eleição da CBH era para ter ocorrido em novembro de 2020. No entanto, as divergências entre as duas chapas concorrentes ficaram evidentes quando uma conseguiu impugnar a outra para a continuidade do processo eleitoral. Houve acusação de apresentação de documentos errados, fora do prazo e até de ata com assinaturas falsificadas.
Mesmo assim, tanto Kiko quanto Bárbara voltaram a se candidatar e a data da eleição da CBH foi remarcada para o dia 29 de janeiro de 2021. Contudo, as confusões e polêmicas permaneceram. A Federação Paulista de Hipismo (FPH) – que desde o início anunciou apoio à candidatura de Bárbara – foi acusada de inadimplência junto à CBH e, portanto, não estaria apta a votar.
Como resultado, a entidade paulista recorreu à Justiça e representantes estiveram na data eleição para registrarem o seu voto. Ademais, outras entidades também foram barradas de votar, como a de Alagoas e do Rio de Janeiro, esta última porque a presidente, apesar de morar há 40 anos no Brasil, é nascida em Portugal e o estatuto da CBH só admite no cargo brasileiros natos.
Diante da situação, o grupo de apoiadores da candidatura de Bárbara que foram impedidos de votar se retiraram do local da assembleia e, do corredor do hotel, fizeram a sua própria votação diante de um cartorário. Assim, elegeram Bárbara ao cargo de presidente da CBH com 2.052 pontos.
Enquanto isso, dentro da sala do hotel, foi realizada a votação com o grupo de apoiadores da chapa de Kiko Mari. Elegendo-o, portanto, com 1.620 pontos, menos do que a pontuação computada para a Bárbara.
Por Equipe Cavalus
Crédito das fotos: Divulgação